Convido todos para adentrar neste meu UNIVERSO PARALELO, repleto de fantasias reais e realidades encantadas.
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segunda-feira, dezembro 29, 2008
O Ano das Viagens e Mudanças
Esse, foi também o ano das metas a serem alcançadas, o ano em que eu mais lutei para evoluir em meus objetivos, mas tãmbém foi o ano em que eu, pela primeira vez na vida, fiquei de DP na faculdade, tudo bem, nem tudo são flores na vida.
Foi também o ano onde eu realizei um antigo sonho, o de publicar algum de meus escritos, no dia 31/05 chorei de alegria a noite em meu quarto, folheando as páginas da antologia ENTRELINHAS, onde podia ver meu nome até mesmo na capa. Também foi o ano em que fui convidada pelo Professor Sergio Simka para participar de mais um livro o CONTOS PARA SE LER NA UNIVERSIDADE, esse me causou uma emoção maior, pois foi a primeira vez onde eu decidi não deixar minhas homenagens somente nas entrelinhas e dediquei minhas letras a alguém.
Também foi o ano onde meu filho conheceu seus bisavós da Bahia, essa viagem foi extremamente importante, pois se a que fui até Curitiba me fez sentir-me parte de uma familia que estava começando, esta teve um gosto de certeza de que família era o que eu queria para mim e para o meu filho. Eu precisei viajar para outro estado para descobrir que eu já não era a mesma menina de antes, nem a que roubava goiabas e muito menos a que ficava na praça paquerando os moços bonitos. Agora eu me sentia mais segura comigo mesmo, não chorava por perder festas, pois estava com o meu filho e é isso o que me importava.
Voltando para casa decidi passar um tempo com o meu querido companheiro, pena que fui estendendo esse tempo demais, mesmo tendo ficado desanimada com o que minha ausência tinha despertado nele. Creio que errei feio por pensar que poderia arrastar uma situação somente porque eu me sentia preparada. É, também fui muito egoista, principalmente com o meu filho e com a minha família.
Na faculdade fortaleci minhas amizades antigas e fiz novas, consegui enxergar em pessoas que me pareciam distantes anteriormente algo magnifico: Novas amigas com que poderia contar nas horas mais dificeis.
No campo profissional não poderia ter sido mais feliz, vivênciei experiências fabulosas que me fizeram crescer, compartilhei momentos magnificos com pessoas adoráveis. Vi meu trabalho fazendo a diferença de um jeito magnifico em crianças que todos julgavam sem chance.
Entrei num grupo de estudos que tenho certeza que me ajudará muito no futuro, comecei meu curso de inglês, mas creio que terei que retoma-lo com mais determinação depois.
Por fim, perdi algo muito impotante, meu amor, tudo ocorreu de um jeito tão egoista e frio que não tinha outro remédio senão cair em profunda tristeza e dor no espirito.
Começei o ano em outro estado e terminarei ele em outro, dessa vez novamente na Bahia, procurando sossego para o que me aguarda, calma e serenidade para enfrentar esse ultimo sonho perdido: o de ter um família com duas pessoas e um filho.
Nem sempre as coisas saem do jeito que queremos, mesmo assim não posso dizer que esse ano foi ruim, afinal, no meu lado particular fiz muitas conquistas, só espero ter a mesma força para conseguir aceitar a vida com suas mudanças inevitavéis.Mesmo assim, cada passo, sentimento, ação valeram a pena, nunca pensarei o contrário.
Desse ano guardo meu crescimento pessoal e a subida em mais um degrau rumo ao topo dessa escada sem fim chamada vida.
terça-feira, dezembro 16, 2008
Tempos
OS CORTEI
Houve um tempo onde eu achava que meus olhos eram puros
CHOREI
Houve um tempo onde meu sorriso era o gesto mais marcante do meu rosto
PAREI
Houve um tempo onde eu tive medo
CRESCI
Houve um tempo em que eu adimirava a Lua
AMANHECEU
Houve um tempo em que eu amei sem limites
PASSOU....
Hoje os tempos são outros, não há mais espaço para cabelos compridos, olhos puros, sorrisos, medos, adimirações ou falta de limites.
Estamos vivendo no tempo do crescimento, no tempo onde pessoas são sozinhas por não conseguirem se entregar a outros, mostrando a todos não somente seus defeitos, como suas qualidades.
Vivemos no tempo das paredes sexuais, onde só nos enconstamos por um unico objetivo: cumprir com as necessidades corporais, nada além. Sentimentalismo mata qualquer tesão, por isso todos fecham bem os olhos e cumprem seu sagrado dever.
È, os tempos são modernos, insanos, e eu vou me adaptando a este mundo como posso e apesar de tudo nunca vou deixar de viver a intensidade das coisas, pois o mundo pode ser desumano, mais eu não abro mão da minha essência.
quarta-feira, dezembro 10, 2008
Loucura Particular
Nunca acreditei na completa liberdade, pois somos presos por natureza, nem que seja a nossos próprios ideais estamos presos e não podemos fugir.
Fico observando as pessoas que passam por mim e fico feliz de saber que alguma marca deixo nelas. Bondade em excesso? Creio que seja coragem o suficiente de ser o que sou idependente do espaço onde eu me encontre.
Esses livros todos que nos cercam são tão belos,pois não nos pertencem, são pensamentos alheios, sonhos de outros, por isso parecem tão mais bonitos. Já lemos tantos livros e continuamos a ser a pior espécie de ignorantes, aqueles que julgam que sabem mais que os outros.
Sempre conversei com as pessoas mais simples, não por me ver maior ao lado delas, apenas por estas conservarem uma beleza tão pura que eu jamais voltarei a ter em mim. A gente sempre evolui, mas as vezes em direção oposta aos nossos desejos.
Quanto a morte... não gosto de falar no fenomeno em si, sei que é algo que acontecerá um dia e não preciso ficar criando metáforas para lhe propriciar beleza, ela vem, ela vai, assim como muitas coisas na nossa vida.
Quando digo que estou morta é porque uma parte da minha vida foi encerrada e outra há de vir. O que me aguarda no futuro? Não sei, se soubesse não seria futuro.
quinta-feira, dezembro 04, 2008
SÓ - Oswaldo Montenegro
Sem grilo do que passou
taça do mesmo vinho
Sem brinde mas por favor
Não é que eu não tenha amigos, não
Não é que eu não dê valor
Mas hoje é preciso a solidão
Em nome do que acabou
Vontade de ser sozinho
Mas por uma causa sã
Trocar o calor do ninho
Pelo frio da manhã
Valeu a orquestra se valeu
Agora é flauta de Pã
Hojé é preciso a solidão
Com a benção do Deus Tupã, ô menina
E a quem perguntar quando o vento sopra
Responda que já soprou
Mas o vento não traz resposta Acabou
DA flecha que passa rente
Cantor implorando um bis
cara que sempre mente
A feia que quer ser miss
Gaivota voando sob o céu
A letra que eu nunca fiz
Tudo é a mesma solidão
Mas dá pra se ser feliz, ô menina
E a quem perguntar quando o vento sopra
Responda que já soprou
Mas o vento não traz resposta
Acabou
E todo mundo é sozinho
ai de quem pensar que não
A moça com seu vizinho
Soldado com capitão
E resta a quem tá sem seu amor
Amar sua solidão
Hoje é preciso um uivo
De lobo na escuridão, ô menina
E a quem perguntar quando o vento sopra
Responda que já soprou
O vento não traz resposta
AcabouA
a quem perguntar quando o vento sopra
Responda que já soprou
quarta-feira, dezembro 03, 2008
LOST CAUSE
Sonhei que teria um final onde pudessemos rir ao invez de chorar,
Sonhei com dificuldades que nos fariam perceber o quanto somos importantes um para o outro,
Acreditei na possibilidade de me transformar em um unico ser unindo-me a você.
De fato pensei que minhas letras poderiam ter sentindo, fazer sentido a mais alguém além de mim.
Queria envelhecer com dignidade ao lado de alguém que pudesse olhar cada marca do meu rosto e saber que em cada uma delas existia uma história de esforço compartilhado.
Mesmo em tempos de maior crise, acreditei nos pequenos momentos de futilidade, onde a gente se sente tonto, até mesmo imbecil por fazer tal coisa, sem saber de como essas coisas são profundamente importantes e significtivas.
Acreditei em milhares de letras desconexas, em tantos fundos de poços com a esperança de que eles nos levassem para cima, além da nossa compreensão.
Mas de fato, você não pertence a esse mundo e eu sou uma flor amarela e simples demais para se arrastar por ai.
Meu erro foi entregar-me de um modo tão completo e verdadeiro, agora sinto-me extremamente cansada, perdida, morta...
Lembro-me de um canção antiga, de fato, sinto que perdi as causas pelas quais lutei, sinto que esta doendo de uma forma que eu jamais esperei, mesmo tendo sido feita pra sentir dor.
http://www.youtube.com/watch?v=0GNcpuQePPA
segunda-feira, dezembro 01, 2008
No Parque
Mas o fato é que sentada ali, sozinha adimirando as pessoas, as águas das fontes que sempre são as mesmas mais se renovam, buscava encontrar forças para seguir.
O que me espera em casa?
Coisas novas, pois eu já não sou a mesma de ontem e amanhã não serei a mesma de hoje, essa é a vida a prosseguir.
Comendo uma açai (coisa banal), senti o gosto da sua saliva. Seria saudade?
Talvez, o costume unido ao desejo de não guardar rancor. Sou melhor que você? Não, apenas diferente, assim como a menina que faz pose para foto é um outro ser totalmente oposto a mim.
O que ficou de mim nesse final absurdo, se bem que tudo foi estranhamente absurdo, como poderia esperar um fim relativamente normal?
A luz do sol me deixa tonta, sinto meu corpo numa fraqueza impar. Naquela tarde me entregei a morte e vou seguir com a minha vida.
Caminho em direção ao ponto de ônibus para que possa conseguir chegar ao trabalho, na lata de lixo, junto com o pote jogo meu coração, já não precisarei dele para seguir.
Naquele parque morri dentro de mim.
sexta-feira, novembro 28, 2008
quinta-feira, novembro 27, 2008
Compreendendo Kafka
COVARDE
quarta-feira, novembro 12, 2008
Retrato Sujo
segunda-feira, novembro 10, 2008
O Toque
terça-feira, novembro 04, 2008
Iconoclasta
quarta-feira, outubro 08, 2008
É O QUE ME INTERESSA
É O QUE ME INTERESSA
Lenine
Daqui desse momento
Do meu olhar pra fora
O mundo é só miragem
A sombra do futuro
A sobra do passado
A sombra é uma paisagem
Quem vai virar o jogo e transformar a perda
Em nossa recompensa
Quando eu olhar pro lado
Eu quero estar cercado só de quem me interessa
Às vezes é um instante
A tarde faz silêncio
O vento sopra a meu favor
Às vezes eu pressinto e é como uma saudade
De um tempo que ainda não passou
Por trás do seu sossego, atraso o meu relógio
Acalmo a minha pressa
Me dá sua palavra
Sussure em meu ouvido
Só o que me interessa
A lógica do vento
O caos do pensamento
A paz na solidão
A órbita do tempo
A pausa do retrato
A voz da intuição
A curva do universo
A fórmula do acaso
O alcance da promessa
O salto do desejo
O agora e o infinito
Só o que me interessa
Daqui desse momento
Do meu olhar pra fora
O mundo é só miragem
A sombra do futuro
A sobra do passado
A sombra é uma paisagem
Quem vai virar o jogo e transformar a perda
Em nossa recompensa
Quando eu olhar pro lado
Eu quero estar cercado só de quem me interessa
Às vezes é um instante
A tarde faz silêncio
O vento sopra a meu favor
Às vezes eu pressinto e é como uma saudade
De um tempo que ainda não passou
Por trás do seu sossego, atraso o meu relógio
Acalmo a minha pressa
Me dá sua palavra
Sussure em meu ouvido
Só o que me interessa
A lógica do vento
O caos do pensamento
A paz na solidão
A órbita do tempo
A pausa do retrato
A voz da intuição
A curva do universo
A fórmula do acaso
O alcance da promessa
O salto do desejo
O agora e o infinito
Só o que me interessa
sábado, outubro 04, 2008
Miscigenação
Sou filha de um casal que se ama,
Neta de casais que lutaram pelo seu amor,
Descendente de um abuso sexual secular
Meus traços denunciam a maldade de antepassados
Minha pele carrega a dor de um povo,que apagado
Vive no grosso do meu sangue,
E na cor dos olhos da minha consciência.
Sensibilidade
Queria ter o brilho da arte para aposentar o brilho do batom.
Queira uma vida menos futil e mais repleta de momentos clamos, onde poderiamos ficar abraçados e transformar o tempo num balanço leve de rede.
Sigo, pois, querendo, sem transfomar esse sentimento em pecado, sem subcerter minha vida de cidadã consciente e útil ao mercado de trabalho.
Mas a reflexão é necessária, os momentos em frente a folha em branco também. São neles que eu lavo a lama e saio enfrentado a manhã gelada, sabendo qye a grandeza das cousas sumples me espera no topo da vida.
terça-feira, setembro 23, 2008
Indagações
Um livro rasgado,
versos desmotivados,
Perdi o bonde e a esperança...
Pergunto-me agora:
- Onde foram parar os meus sonhos?
Estão todos guardados em um anel
esquecido no tempo e no vento
Ser mulher por vezes me cansa
Ser mãe as vezes me cansa
Ser humano por vezes me cansa
Queria tanto um coração digital...
Toma tua arrogância,
eu já não preciso dela
Tenho meus próprios defeitos
e com eles vou vivendo
Por vezes tudo que eu queria era um cigarro
desses baratos cheios de esquecimento
Faria com sua fumaça voar meus pensamentos
e sonhos desfeitos com o amargo tempo
terça-feira, agosto 26, 2008
Olhos Azuis
Desculpa te fazer sofrer, queria tanto que um dia você me olhasse com alegria, mas tudo que pude observar foram olhos azuis rodeados de vermelho sangue que pareciam estar a um passo da morte naquele instante.
Cristina nunca tinha sentido algo tão confuso, sabia que era por natureza confusa, mas não sabia que podia sentir um aspecto fisico com tanta intensidade. Em sua memória, perguntava a si mesma:
- O que será que eu estou fazendo com você.
Ela não consiguia entender porque tocava tão profundamente uma alma que até então parecia inatilgivel. Foi como se num instante o principe encantado ao encontrar-se com o dragão reconhecesse que nada poderia fazer contra ele, pois era apenas um homem.
As figuras imaginárias naquela noite se diluiram, nada mais seria como antes, pois da simbologia infantil, Cristina passou a enxergar com olhos que realmente enxergam a verdade através das coisas.
A única coisa na qual pode pensar, foi em abraçar seu principe sem coroa demostrando seu afeto, pois quando as palavras não bastam nos apegamos aos atos que falam mais do que supõem nossa vã filosofia.
terça-feira, agosto 12, 2008
Herdeiro das Palavras
quarta-feira, agosto 06, 2008
A Espera
Por anos esperou um sinal de que as coisas iriam mudar e por fim aquela existência teria um sentido positivo, mas nada mudava, tudo continuava absurdamente igual.
Para ela, amor implicava em aceitação e por anos aceitou as qualidade e defeitos alheios com a esperança de reciprocidade. mas tudo o que via era uma pessoa absurdamente egoista que sentia, sim, algo por ela, mais não forte de maneira que fosse capaz suportar todas as crise.
Naquele dia resolveu não pensar no passado e nem no futuro, apenas atravessou a rua de olhos fechados e se foi.
quarta-feira, julho 30, 2008
Revivendo
Sua felicidade era brilhante e tinha o sabor de seu chocolate preferido, aquele que a tempos não comia. Andou de volta até sua casa e ao chegar lá ficou olhando-a como se aquele imóvel não lhe fosse familiar, caminhou até a porta e quando entrou em casa deu um grito, não foi um grito de espanto, mas um desses sons que a gente solta quando está explodindo de alegria. Naquele momento, sentiu a mesma sensação que a criança sente ao nascer: a alegria do desconhecido familiar.
Desde aquele dia, Natália passou a ser feliz, pois depois de anos lutando contra a anorexia, finalmente nascera para a vida, descobrindo que a real beleza se esconde nas pequenas coisas que conseguimos sentir.
Quanto ao espelho....
Esse passou a ter menos importância diante da vida e de suas possibilidades.
sexta-feira, julho 25, 2008
O Caso das Pipas
quinta-feira, julho 24, 2008
Três ao Luar
Paciênica
Minhas pernas não me sustentam mais
O desespero tomou conta de meu corpo
E tudo que eu preciso é descansar
Será que você vai entender
Se numa noite dessas eu gritar:
- Paciência, eu já cansei de esperar?
sexta-feira, julho 18, 2008
O Furto
Não que eu tenha problemas de caráter, é sempre bom ressaltar que minha integridade continua a mesma, sou um respeitado cidadão, cumpridor dos seus direitos e deveres. Alias, pra que tanta justificativa para um ato tão pequeno, era só um objeto qualquer, era só uma colher, que mal poderia haver?
Num rápido movimento, peguei a colher, coloquei em meu bolso e continuei a caminhar despreocupado pelos corredores do supermercado. Entre prateleiras e promoções, caminhei, como se o ato que eu acabara de cometer nunca tivesse ocorrido. Estava me sentindo diferente, estava me sentindo poderoso, como um criminoso de filme que nunca é pego no final.
O medo só foi tomar conta do meu ser novamente, quando avistei aquele sorriso amarelo e falso da caixa do supermercado.
Será que ela iria perceber? Será que eu sentiria o dedo gelado da acusação de furto na minha cara?
Esses pensamentos me fizeram estremecer, não poderia manchar a reputação de bom moço que cultivei por anos. Uma gota de suor escorreu pela minha face, mas foi um medo passageiro, que acabou quando a moça me deu a conta e com seu sorriso amarelo me desejou uma boa noite.
Naquele dia o sorvete teve outro sabor, um gosto de aventura misturado ao prazer de por um dia, por um simples dia, ser livre para possuir o que eu não podia ter,
Creio que a vida é assim, quando menos se espera você consegue possuir aquilo que sempre desejou, neste instante o sentimento que te invade é o de confusão, mas aos poucos a adrenalina vai cedendo espaço a razão, você então consegue sorrir e finalmente pode sentir outro sabor no simples exercício do viver.
quinta-feira, junho 19, 2008
Escadas
O problema é que essa escada tem degraus tão grandes e largos, que é necessário grande esforço a cada novo passo.
O amor me dá forças e atormenta, planos futuros me deixam temerosa, traumas passados deixam minha vista nublada.Tudo isso atrapalha a caminhada, mas a desistência deve ser algo desconhecido neste percurso.
Voltar atrás, jamais, seria como se jogar num abismo sem fim, onde a unica saída é deixar-se cair sem nada esperar.
É com lágrimas nos olhos e a esperança de um sorriso futuro que escalo mais um degrau, iniciando assim, novo ciclo de tormentos e mudanças necessárias.
Mesmo com tantos desafios, acreditem: VIVER É BOM, e eu vou fazer da minha vida obra e não rascunho de dias tão perfeitamente iguais.
quinta-feira, junho 12, 2008
Entre as Mãos
quarta-feira, maio 28, 2008
CIRANDA
quarta-feira, maio 14, 2008
CONVITE
Décima sexta antologia da Andross Editora, a terceira só este ano, chega às livrarias no final do mês.
A crônica surgiu no início da era cristã, não como um gênero literário, mas sim como uma forma de ordenar os acontecimentos, sem aprofundá-los ou tentar interpretá-los.
Com o passar dos séculos, autores foram acrescentando, a esta visão impessoal dos fatos, elementos que, hoje, se tornaram uma espécie de marca registrada da crônica literária: o humor irônico, a linguagem ágil, a perspectiva em primeira pessoa, a visão pessoal das cenas do cotidiano.
Retratos Urbanos (Andross Editora, 160 páginas, R$ 25,00) reúne 47 crônicas escritas por 46 autores em início de carreira e organizadas por Edson Rossatto, editor da Andross.
As histórias relatam fatos que supostamente aconteceram com os autores e, num processo de identificação típico deste gênero, encontram eco nas memórias dos leitores, que já se depararam com situações pelo menos semelhantes: a indignação que antecede um exame de toque retal, as divagações do motorista parado no trânsito congestionado, a saudade do tempo dos bondes elétricos.
Retratos Urbanos é mais uma antologia da Andross Editora com textos inéditos de novos autores, que encontram neste formato uma oportunidade de publicar suas histórias. Foram analisadas 250 obras de autores de vários estados brasileiros, durante quase um ano, até se chegar aos 47 selecionados.
Esta é a 16ª antologia que a Andross lança em seus mais de três anos de mercado, a terceira somente neste ano. Por este sistema, a editora já publicou mais de 600 autores, de 14 a 68 anos, do ensino médio ao doutorado, amadores e profissionais. Alguns dos que estrearam nas antologias da Andross hoje já têm obras publicadas individualmente por outras editoras.
TRECHO:
Aqui estou, em um pub inglês de Ipanema, tomando uma maldita cerveja de treze reais e espreitando a ruiva que – eu julgava – estaria dando mole para mim. A frase acima contém uma série de incongruências que convém serem analisadas separadamente. Um pub irlandês em Ipanema, no quarteirão da praia. Em vez de as pessoas irem à praia, a um quiosque ou que o valha, vão a um recinto abafado, onde a fumaça de cigarro estaciona preguiçosamente sob o teto baixo, as cadeiras desconfortáveis estão sempre tumultuando a passagem e uma estante de livros tem edições antigas de Joyce, como se alguém no mundo afora, meia dúzia de freaks lesse Joyce. Outra incongruência era a cerveja de treze reais. Cerveja! Treze reais! Não vou perder tempo desenvolvendo.
“Coadjuvante”, de Pedro Vieira
Sobre a Andross Editora
Com mais três anos de mercado e 25 títulos publicados, a Andross Editora nasceu no campus da Universidade Cruzeiro do Sul, em São Paulo, para abrir espaço aos alunos que não tinham condições de publicar seus primeiros textos. Iniciou as atividades com obras acadêmicas, cresceu e se manteve graças a um modelo de negócio diferenciado: a publicação de antologias. Até hoje, a editora já lançou 16 livros deste tipo, e está com inscrições abertas para mais 4 até o final do ano.
LANÇAMENTO
RETRATOS URBANOS - CRÔNICAS
Vários autores – Organização: Edson Rossatto
DATA: 17 de maio
LOCAL: Casa das Rosas – Avenida Paulista, 37 – São Paulo – SP
HORÁRIO: das 16h às 19h
Informações: www.andross.com.br
Mais informações para a imprensa:
ANDROSS EDITORA
Edson Rossatto
Contato pelo telefone: (11) 2943-7687
edson@andross.com.br
terça-feira, abril 29, 2008
Desafio
Uma folha em branco pode render-me um conto, um poema, uma crônica que o falha.
As pessoas que me fitam com seus olhos de águia a espera do meu próximo erro são o ponto fraco de minha existência.
Por que as pessoas não podiam ser todas assim como um poema, todas profundas e cheias de sentimento? Mas elas preferem ser conto, daqueles com começo, meio e fim. Ninguém ousa viver mais do que a própria humanidade lhes permite. Todos querem fazer parte do meu grande juri popular.
Entre problemas com o escuro, olhos inquisidores, sinto-me desolado, terrivel, horrivel...
Pudera alguém, em meio a essa gente me fitar com o coração?
A resposta vem da menina que eu não vejo, mas me fita, com sua saia cor de palha, natural como uma brisa, com sorriso ela me aprova e com os olhos vem me dizer.
- Meu caro poeta, pegue a pena e vá escrever. Seu maior palco é seu coração, e nele você sempre irá brilhar.
A Edson Bueno de Camargo poeta que não conheço, mas adimiro.
terça-feira, abril 22, 2008
Paredes
Pelo visor conhecia as cidades que desejava visitar, as garotas que desejava amar, a vida que desejava ter e não tinha.
Quando saia da sua proteção, utilizava uma quantidade enorme de disfarces, sempre com a mascara mais conveniente para a ocasião.
Mais seus olhos, que olhos eram aqueles, tão belos e tão tristes, escondiam uma tal melancolia de alma jogada dentro de um poço.
Será que não precisava de ajuda?
Não, é tolo tentar, ele não reclama, não reage, apenas foge, nada além.
Sentia tudo a flor da pele, mas nada era verdadeiro, todas as sensações que experimentava, eram disfarces de um frieza de coração e de vida.
Como ninguém nunca teve a coragem de dizer-lhe: EU TE AMO?
-Me dá sua mão, se você está dentro de um poço, eu te seguro até você subir.
- Não, não se aproxime de mim.
- Tarde demais, já me apaixonei por ti.
Garoto triste, sei que vais conseguir um dia enxergar além do que pode se ver, o teu caminho é de subida, só temo por saber que quando estiveres no topo, não mais estarei com você. Sou apenas a escada que se posicionada na tua janela lhe oferta outros caminhos e mundos a conhecer.
E ele já não é mais pequeno, és todo homem e frio, frio como um homem deve ser. Calcula, planeja, se ocupa, descansa e foge. A única coisa de menino que lhe restou foram as fugas, desaparece da vida que tem, pra fingir que nada de ruim lhe ocorreu. Some sempre quando eu desejo deitar-lhe em minhas pernas e dizer-lhe:
- Não tenha medo, sempre estarei contigo.
Mesmo sendo uam grande mentira é sempre tão bom se enganar, quando o assunto é o amor.
O homem saiu de sua caverna e tornou-se grande, a escuridão de seus olhos agora fere a minha alma, pois atraves deles vejo paredes que dizem o tempo inteiro que devo manter distância.
Obedientemente, volto para o meu posto de espera, quando o menino precisar eu estarei aqui, eu sempre estarei no mesmo lugar de braços abertos.
Mentira...
Hoje a muralha ergueu-se entre nós e entre mortos e feridos caminho para um lado, enquanto você sabiamente foge de mim em outra direção.
ADEUS MEU GRANDE AMOR, FOI BOM ENQUANTO DUROU.
Será que você alguma vez existiu?
Pro dia Nascer Feliz
- Eu queria dormir até tarde.
- Café da manhã na cama.
- Telefone pela madrugada.
- Eu preciso trabalhar.
- Eu preciso correr.
- Tenho uma vital necessidade de viver.....
Para amanhecer para um mundo de impossibilidades e desejos, só precisava ter asas, para que com elas eu pudesse voar sobre o céu das coisas possíveis e pousar no teu colo num abraço.
sábado, abril 05, 2008
Invisivel
- Normalmente olho pra frente e continuo a andar.
- Pois você deveria gritar com elas, não há nesse mundo pesadelo maior do que o de ser e não existir.
- Filosofia de boteco.
- Não diria isso, apenas creio na importância de se importar.
- Nem todos valem a pena.
- Mas como saber se não valem a pena se desconhecemos o que está a nossa frente?
- Bobagem, eu vou embora.
Em seu coração a enfermeira pensava: Morra sozinho, velho miserável e senil.
Foi até o vestiário, tirou seu uniforme, colocou uma bela roupa e caminhou em direção a saída, não via a hora de voltar ao mundo que vale a pena.
Quando estava indo em direção ao ponto notou que o ônibus que deveria pegar vinha vindo, começou a correr, chegou a tempo de dar o sinal, porém o ônibus continuo seu trajeto sem se importar.
- Motorista cretino, agora tenho que esperar.
Esperou o segundo, o terceiro, o quarto, vários ônibus fizeram a mesma coisa com ela, tanto que não mais suportando a situação, começou a caminhar, decidiu que iria andando até certo ponto, depois pegaria um outro ônibus com sorte.
Fazia uma tarde bonita aquele dia, não seria dificil a caminhada. Admirou por um instante um passaro que cantava livre em um árvore, passou por um rapaz bonito que lia sentado num banco de praça tento sorrir ao moço, mas distraido ele não percebeu sua presença.
- Realmente, não estou com sorte hoje
Coisa mais estranha, de repente, ela notou que andava no meio de uma multidão imensa que parecia ultrapassar seu corpo, pois eles passavam por ela com quem atravessa uma barreira de poeira. Neste momento ela começou a entrar em desespero, pulava, cantava, tentava esbarrar nas pessoas que não a viam.
Um desespero imenso tomou conta do seu ser, a mulher,lembando-se do velho, olhou para o céu e deu um grito, neste momento não notara que estava no meio da rua e que um carro se aproximava. Só deu tempo de fechar os olhos e entregar-se ao destino.
Acordou dois meses depois, completamente sozinha, na UTI de um hospital, com raras visitas de uma enfermeira impaciente.
quarta-feira, março 19, 2008
IS IT WICKED NOT TO CARE
É pecado não se importar quando dizem que você está errado
Pensando em esperança e vários sonhos que não estão lá?
É pecado não se importar quando você desperdiçou muitas horas
Conversando infindavelmente com qualquer um que esteja lá?
Eu sei que a verdade me aguarda
Mas ainda sim hesito por causa do medo
Fugir de multas fazendo rimas
É só nisso que você acredita?
Vestindo trapos para deixá-lo bonito pelo design
Enferrujando armaduras pelo efeito
Não é divertido ver a ferrugem aumentar
Porque ela estará por todos os lados quando você estiver morto
Contando ações e se agarrando a pensamentos
Às margens do rio onde o musgo cresce
Por cima das pedras, a água correndo o tempo todo
É pecado quando você sorri mesmo querendo chorar
Mesmo podendo ficar doente a qualquer hora?
Mas se houvesse alguma seqüela
Você me amaria como um igual?
Você me amaria até eu morrer?
Se houvesse alguma seqüela
Você me amaria como um igual?
Você me amaria até eu morrer?
E se houvesse alguma seqüela
Você me amaria como um igual?
Você me amaria até eu morrer?
Ou existe outra pessoa que não eu?
Ando com um tanto de receio de escrever, por isso pego palavras emprestadas para tentar gritar ao mundo algo que eu estou sentindo, a necessidade de um complemento que não seja falso e nem passageiro. Uma das minhas grandes utopias, que espero um dia desses alcançar.
segunda-feira, março 03, 2008
domingo, fevereiro 24, 2008
A Outra
- Por quê?
- Não tenho que explicar, eu só quero fugir. Será que você não pode me compreender?
- Por quê
- Horas, não lhe devo satisfações, eu só quero ficar no escuro.
- Mas os teus olhos... Você está chorando?
- Claro que estou, deveria ser diferente, tenho motivos para pensar que tudo vai acabar bem. Por Deus, olhe para mim e diga, você ainda vê alguma coisa aqui.
- Uma sombra... Onde está você?
- Eu fui com o vento em direção a incerteza, eu acreditei tanto que a decepção foi enorme, gigante.
- Mas a vida não está perdida.
- Minha causa está, já não me importo com possibilidades, não tenho mais a visão otimista de antes.
- Você envelheceu.
- Não, eu só morri.
- Transformece em uma Fenix.
- Não quero mais a vida, basta olhar em meus olhos que você perceberá, o que eu quero é desaparecer.
- Mas você tem talento.
- Um talento de merda que não me leva a lugar algum. Sou tão parecida com milhares de pessoas que possuem o mesmo sonho.
- Venha para os meus braços, eu te ajudo.
- Tarde demais, tua palavra já me destruiu....
Caminhou em direção ao quarto escuro e trancou-se, apenas com sua máquina de escrever e alguns poucos mantimentos. Não queria um computador, pois com ele podia tocar o mundo e nem ao menos queria se tocar.
Sabia da sua aparência pouco agradável, mas tudo o que desejava era morrer, sempre fora alguém de sonhos fáceis, o problema é que nunca conseguiu realizar um mero desejo sequer.
Refletindo sobre a vida, chegou a conclusão de que todo o sonho que tivera fora mutilado, ela era a criação final de uma retalhação iniciada a tempos atrás.
Não conseguira ter aquele amor encantado, aquele primeiro beijo, tornara-se mulher de um modo tão amargo, que até hoje julga que o melhor era ter morrido após aquela noite. Tudo ao seu redor era tão falso, que quando saiu de sua redoma, descobriu que o que via lá fora era mera ilusão.
Meus olhos foram sempre cegos, nem eles permaneceram belos com o tempo.
"A dor é inevitável, o sofrimento é opicional"
Tinha plena consciência de seus atos e de sua auto mutilação, sabia que optará pelo mais dificil, pelo que destrói. Mas já não via possibilidade de voltar atrás, não via mão alguma estendida em sua direção, somente responsabilidades e vontade de sumir.
Do escuro surgiu a luz, e da luz um sorriso que implorava por uma brisa leve que a animasse a mudar. Um sentimento forte lhe fazia chorar , eram tão quente suas lágrimas que dormiu como uma criança por cima delas.
O espelho não a recolhecia, nem ela mesmo conseguiu se suportar, de imediato levantou-se, foi até a janela e a abriu, a paisagem não a confortará, era tudo tão cinza e escuro... Tudo tão artificial a sua volta.
Quis gritar, não tinha forças, apenas permaneceu com olhar parado em direção ao infinito de sua alma. Olhava pra dentro de si, como quem adimira uma obra de arte complexa.
Decidiu naquela noite que ela morreria, não importa a maneira, se lento ou rápido, se com veneno ou cortes. Só queria encontrar a paz dos que tem medo de continuar.
Um chamado em sua direção fez com que aqueles sentimentos fossem deixados de lado, fechou a janela, caminhou até o berço e pós a criança em seus braços.
De manhã se levantou, tomou banho, deu um beijo na criança sonolenta e saiu, sabendo que continuaria um rotina estupidamente chata, por uma vida melhor e mais digna, sempre a flertar com o seu interior suicida.
quarta-feira, fevereiro 13, 2008
A Mulher que eu não Sou
Falaria várias linguas e seria compreendida por todos que a cercam.
Seria tão sensivel e bela que pareceria uma flor rara e forte que vive, teimosa, no deserto. Conversaria com o vento e sentiria o brilho das estrelas em seus olhos, bem como o luar dentro do peito.
Conheceria mil países, diversas pessoas e sentiria-se fazendo parte de um plano maior.
Seria espiritual, mortal, sentiria a paz que só o sono traz a mentes atormentadas e doentes pela falta de um minuto de contemplação
Não ligaria para o corpo, semtiria=se bela, e descreveria suas imperfeições como verdadeiros traços de uma mulher original.
Usaria maquiagem para disfarçar as olheiras causadas pela insônia de noites que preferia viver e não dormir.
Teria seu próprio espaço, seu mundo particular, onde só entrariam convidados, bem amados. somente aqueles que valem a pena.
Não se preocuparia tanto com dinheiro, pois conseguiria encontrar no meio do caminho, alternativas para sempre fazer o que gosta.
Seria livre para amar sem medo, para amar em paz...
A mulher que eu não sou SERIA, enquanto a mulher que eu sou só É.
Queria uma nova utopia, ou quem sabe relembrar como faço para sonhar.
sábado, janeiro 26, 2008
Raridade
Encontrei em meu caminho uma flor unica, tão bela e rara que tinha medo de possui-la. Porque quando os sonhos se aproximam, nos sentimos aterrorizados com o desafio de inventar novas utopias. Mais estranho do que acordar e notar que nos transformamos em um inseto, é adimitir o fato de que seguir em frente é a unica solução para se viver. Não há estrada de volta, nem caminho mais seguro, somente vida, seguida de vida e mais vida.
Numa fração de segundos, o desespero toma nosso coração e tudo que queremos é chorar, voltar atrás, talvez uma infância ou um platonismo para sossegar nossa alma sofredora. Mas a vida tem que doer pra ser verdadeira, assim os momentos de sossego serão mais belos, os toques serão mais intensos, o silêncio terá mais sentido, e a gente vai aprendendo a viver.
O problema das flores raras é que por serem especiais demais,nós fugimos delas e nunca chegamos a descobrir se elas valeriam a pena, nos resignamos a um instante de beleza para uma eternidade de sonhos. Em resumo: temos medo
Não julgo a atitude de fugir de flores errada, por vezes é mais fácil, a gente sofre menos quando decidi ignorar... Eu não ignorei minha flor, mas ela ficou tão entediada com a minha adimiração que murchou. Acabou-se o encanto, eu virei mulher, mãe, e deixei de lado a possibilidade de sonhos concretos.
Queria voltar no tempo, para conseguir (quem sabe) ser rara, e não essa sombra opaca de um flor amarela e sem vida que brotou em meio ao asfalto. Mas a vida é uma estrada reta, não a possibilidade de fuga, temos que seguir, tenho que seguir. Só peço encarecidamente, não tenham pena de mim..