Levantou da cama como se fosse outra pessoa, correu para o banheiro, pois andar naquela manhã seria impróprio. Tomou seu café com a alegria de quem faz a primeira refeição após um longo jejuar. Caminhou pela rua de chinelas para sentir o vento batendo em seus pés,soltou os cabelos para sentir-se bela como a muito tempo não se sentia.
Sua felicidade era brilhante e tinha o sabor de seu chocolate preferido, aquele que a tempos não comia. Andou de volta até sua casa e ao chegar lá ficou olhando-a como se aquele imóvel não lhe fosse familiar, caminhou até a porta e quando entrou em casa deu um grito, não foi um grito de espanto, mas um desses sons que a gente solta quando está explodindo de alegria. Naquele momento, sentiu a mesma sensação que a criança sente ao nascer: a alegria do desconhecido familiar.
Desde aquele dia, Natália passou a ser feliz, pois depois de anos lutando contra a anorexia, finalmente nascera para a vida, descobrindo que a real beleza se esconde nas pequenas coisas que conseguimos sentir.
Quanto ao espelho....
Esse passou a ter menos importância diante da vida e de suas possibilidades.
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