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quinta-feira, setembro 04, 2014

O Dia em que Beijei Outra Mulher

Não me envergonho, admito, beijei mesmo ela e não tinha como ser diferente, ela me encantava de tal maneira que só dizer o quanto gostava dela não seria o suficiente.
Ela me encanta de tantas formas, que eu não podia deixar de demonstrar o quanto a queria sempre perto de mim. Seus olhos sempre encantadoramente claros e sinceros, sua boca delicada, dona do sorriso mais lindo que já vi na minha vida, cabelos negros como a noite mais bonita de luar. Como eu poderia ao menos, não pensar, na hipótese de lhe beijar?
Além de toda sua beleza, havia também a louca admiração que eu sentia por aquela mulher que era tão guerreira e tão simples em seus atos, meu encanto por ela, ao longo dos anos em que a conheci foram gradualmente aumentando como sempre acontece nos grandes casos de amor a primeira vista. Por ela eu era platônica, romântica, exageradamente apaixonada. Como não encontrar em seus braços a calma e paz que eu precisava em horas de aflição. Como não desejar beija-la quando tudo o que ela fazia era me encantar, dia após dia, me levando a admira-la e seguir como exemplo de força e vida. Aquela encantadora mulher-menina não podia ter nada além do meu amor. foi por isso que no dia do seu aniversário, fui ao seu encontro, bati em sua porta, ela me sorrio tão lindamente que não pude me conter e foi nesse momento, tão docemente que a beijei...
Um beijo de amor no rosto de minha mãe, a mulher mais encantadora que já fez parte da minha vida, desde os meus tempos de menina, até os dias de hoje como mulher, tudo o que posso fazer é aplaudi-la de pé, por ser tão simplesmente a pessoa que ela é: MINHA MÂE.


quarta-feira, setembro 03, 2014

Bagunça Encantada


Foto:acervo próprio

E de repente, a casa fica de pernas para o ar, brinquedos jogados pelo canto, papel espalhado no chão, jogos de vídeo game no sofá, cama sempre por arrumar... 
A mãe vem logo dizendo: - Hoje o dia vai ser longo, vou colocar tudo em ordem, mais depois de cinco minutos a desordem acompanhada de muitos risos e o som de crianças felizes pela casa.
A mamadeira que caiu no chão, o resto de leite com chocolate na pia juntando formiga, a mesa da cozinha como deposito de tranqueira, pois lá se escondem todos os objetos deixados ou afastados dos olhos curiosos de um bebê.
 A mãe já não sabe o que fazer para manter a ordem em meio essa imensa desordem. Enquanto isso, vamos pular no sofá enquanto rola o jogo na televisão,espalhar sapatos pela casa, para na hora do passeio nunca encontrar um par inteiro e é sempre aquela confusão: - Jurava que estava aqui? 
Mas não está, as coisas nunca estão onde deveriam, nem na sala, nem no quarto, nem na cozinha, nem o banheiro escapa de meias e cuecas jogadas pelos cantos e eu sempre afirmando: - Um dia vou enlouquecer.
Contudo, se alguém me perguntar como anda minha vida, vou responder sem muito pensar: -Mais ajeitada do que nunca, em ordem como eu sempre quis.
Afinal, todo esse caos é temporário, toda necessidade por uma boa brincadeira não passa de um momento necessário na vida das crianças. Sei que um dia velha, sozinha ao lado do meu companheiro, vamos olhar nossa casa sempre em ordem e perfumada e vamos nos lembrar, do tempo em que a bagunça tomava conta da casa, quando em cada canto podiamos ver rastros da alegria da infância. A tinta na parede desbotada, saudades da parede rabiscada, do berço cheio de brinquedos, dos carrinhos espalhados pela cozinha e sala.
E tudo isso vai nos fazer sorrir e lembrar, como fomos felizes e fizemos com que os nossos filhos aproveitassem uma infância onde puderam, integralmente, lembrarem o que era ser criança.