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segunda-feira, setembro 30, 2013

Re-vivendo


Foto; acervo próprio
Novamente era um belo dia, a mesma sensação, o mesmo medo, a mesma dor, o mesmo hospital. Contudo algo agora era diferente: Eu já não era a mesma pessoa.
Assim como tudo na vida muda, eu passava por uma nova  transformação, já não era a menina medrosa que um dia fui, muito menos vestia a armadura de pedra de outrora que me fazia forte por fora e incompleta por dentro. Sete anos depois me sentia forte sim, só que agora terna como nunca antes tinha conseguido ser, novamente enchia o ar do Ipiranga com um novo e belo grito que anunciava a doce presença de um novo e belo ser humano.
Cinco meses depois do ocorrido consigo parar e pensar no significado dessa nova e também inesperada gravidez, assim como consigo entender com mais clareza a importância dos meus filhos na minha vida. Analisando o passado e olhando meu filho a crescer agradeço a vida por ter colocado ele no meu caminho, pois se não fosse por ele não teria feito a metade das conquistas que fiz. Afinal, ser mãe é sempre querer crescer para dar o melhor de si para um pequeno ser. Vejo também o quanto agora minha filha trás a tona novamente a melhor parte de mim, pois com ela não vem só a força, mas também a leveza de poder curtir o momento por saber que agora não estou mais sozinha nessa missão de fazer um ser crescer. Sei que são muitas as mães que criam seus filhos sozinhas, mas por experiência própria digo que ninguém deveria passar por isso, afinal, por mais natural que pareça uma mãe criar seus filhos, em momentos de desespero, quando as crianças dormem e o desespero toca a nossa alma, chorar sozinha e escondida é sempre mais dolorido, não poder contar com um "Vai dar tudo certo", por vezes é terrível e faz a gente ficar um tanto mais amarga em relação a vida e as pessoas.
Realmente posso dizer que estou revivendo, mas ao mesmo tempo fazendo diferente, por me sentir diferente, estar com alguém diferente visualizando um futuro simples com o qual sempre sonhei, mas que nunca antes tivera a capacidade de alcançar.
E se alguém hoje perguntar por mim, só posso dizer que sou feliz, pois tenho ao meu lado três pessoas que me completam, me apoiam, me amam e me fazem perceber que o bom da vida é simplesmente se dar ao luxo de ser crescer não de maneira egoísta, antes por mim, por você, pelos meus filhos que serão eternamente a melhor parte de mim.

domingo, abril 07, 2013

Maternidade X Profissional


As vésperas do nascimento de meu segundo filho, não poderia reiniciar os posts deste blog (que está meio abandonado pela conclusão de projetos pessoais) falando sobre outro tema que não o da maternidade.
Não são raras as mulheres que acham que somos obrigadas a escolher entre a maternidade ou o sucesso profissional. Questionada sobre o que farei profissionalmente com o meu futuro respondi entre risos: Por que não posso ter os dois?
Essa ideia de que precisamos ter nossos filhos cada vez mais tarde, pois assim já conseguimos garantir sucesso profissional antes de perder nosso precioso tempo cuidando de uma criança, faz com que deixemos de lado uma das experiências mais humanas e naturais que pode acontecer na vida de uma mulher que é se aventurar nos caminhos da maternidade.
Longe de mim defender a ordem da família tradicional, onde a mulher é dada somente a função de criar sua prole, antes quero aqui defender uma visão diferente sobre o que é ser mulher na sociedade atual.
Por esses tempos fiquei indignada ao ver um programa onde se defendia a gravidez na maturidade (dos 38 anos pra cima), pois esse é um fator pra sabermos se realmente gostaríamos de viver essa experiência, além dessa faixa etária apresentar mulheres profissionalmente realizadas.
Concordo com o fato de que planejar ter um filho (ao contrário das minhas experiências) é fundamental para que as crianças se sintam queridas e acolhidas nesse mundo. Contudo o fato que omitem nesse planejamento a longo prazo é o de que a maioria das mulheres que tem filhos nessa faixa etária optam por fazer parto cesariano, que não é um dos melhores para mulher, além dessa faixa ser encarrada como uma gravidez de auto risco, visto que quanto mais o tempo passa ficamos biologicamente mais frágeis para vivenciar como se deve essa experiência. Além, é claro da frustação de muitas mulheres que acabam por não conseguir realizar esse "sonho".
Em contra partilha, procurando uma analise sobre a maternidade e carreira profissional com outro ponto de vista, encontrei essa postagem num blog de educação corporativa que fala sobre como a maternidade pode impulsionar o nosso sucesso profissional. E imediatamente me identifiquei muito com o texto.
Antes de ter meu primeiro filho sonhava apenas em terminar a faculdade, prestar um concurso publico e me aposentar trabalhando com educação infantil. Depois que meu filho nasceu adquiri uma força que não sabia que tinha, terminei sim a faculdade como planejava outrora, com alguma dificuldade, visto que no ano em que iniciei meus estudos meu filho tinha apenas 6 meses de vida, contudo com sucesso nos meus planos. 
Ao contrário dos planos anteriores, não prestei concurso publico, antes continuei a estudar, pensando na chance de abrir mais portas profissionalmente e aumentar minha renda, visto que meu filho estava crescendo e com isso suas necessidades de lazer e educacionais aumentavam. Por isso decidi fazer meu mestrado que conclui alguns dias antes de completar 9 meses da minha segunda gravidez. 
O que vou fazer futuramente com meu lado profissional? Daqui a um ano voltar a trabalhar agora na área acadêmica, enquanto isso após o nascimento da minha filha Larissa, vou fazendo publicações cientificas para não perder o rumo, enquanto cuido dela, do meu filho e do meu marido.
Sou a prova de que sim, a maternidade pode te impulsionar, uma vez que você não se entregue ao desespero de ser uma jovem mãe com os planos fracassados. Afinal, ser mãe é algo natural e não deve ser encarrado em meio a frustrações e demandas de um mercado de trabalho que cada vez mais tenta anular nossos direitos mais do que naturais e que nos fazem ser mais do que humanos.

Para os que ainda carregam duvidas sobre essa opinião a respeito da maternidade, lhe respeito, afinal, não é porque toda mulher pode ser mãe que todas realmente merecem ou tem paciência para tanto. Mas para você que quer ter filhos, mas tem medo de estragar a carreira, assista o inicio desse filme e pense um pouco mais sobre o assunto.

quarta-feira, janeiro 16, 2013

Ser ou não ser Feliz?


A minha amiga Priscila Zanetti  

Caminhava apresadamente pela rua com ar de quem estava atrasada demais para tentar admirar qualquer paisagem pelo caminho. Naquela manhã sentia como se estivesse com a vida vazia de sentindo, lembrando-se da hora em que se olhou no espelho e viu apenas a imagem vaga de um ser perdido em meio a uma antiga fotografia de tempos atrás. Sabia que não era mais a mesma, mas ao mesmo tempo sentia-se mau por não saber quem realmente agora era.
- Será que não sou mais que uma recordação?
Pensou cismando consigo mesma em busca de uma resposta pertinente, afinal, como todo ser humano desejava ser feliz, mas não sabia onde poderia ir para começar a buscar sua felicidade. 
-Vou me dar ao luxo de ser infeliz, talvez isso me traga mais felicidade.
De fato, naquela manhã caminhando sozinha sentia que poderia se dar ao luxo de ser infeliz, afinal, felicidade é um conceito vendido em comerciais de margarina e ela era uma pessoa real demais para se distrair com tudo aquilo. 
Esse louco pensamento fez com que uma paz surpreendentemente grande tomasse conta de todo o seu ser, e quando estava se aproximando do parque Trianon-Masp  e começou a chover, ao contrário dos outros visitantes não correu, deixou que os pingos molhassem seu corpo, revelando aos poucos os contornos de se corpo que, molhado, parecia mais seu do que nunca. A sensualidade do momento não dividido, a liberdade de poder se sentir infeliz, fez com que num piscar de olhos borboletas voassem em seu estômago e a fizessem sentir um sentimento tão puro, tão intenso que podia se aproximar do que parecia ser a tão procurada felicidade.
- Então estar feliz é isso, apenas se permitir não buscar pela felicidade?
Sorriu para si mesma e continuou a caminhar por entre as árvores do parque, desde aquele momento com uma unica certeza em si : Para se conhecer, primeiro precisamos nos perder para num gesto simples podermos encontrar, os fragmentos dessa tal felicidade pela qual todos aprendemos a lutar.

Ser feliz é uma consequência, não uma solução.
Crescer é um caminho longo demais que pode ser percorrido ao longo de toda uma vida, com grandes chances de morrermos ainda criancinhas.

quinta-feira, janeiro 10, 2013

Pra Sorrir


Ao meu companheiro Vlademir Dorigon da Silva. 
Um amor pra toda vida.


Uma mensagem... A espera que pareceu eterna... A resposta... A promessa... Um encontro...
Foi assim que no momento em que finalmente te conheci só pude sorrir e me entregar a um primeiro beijo seguido de uma grande felicidade no caminho de volta para casa. E foi assim que finalmente eu te conheci. Contista de histórias mórbidas, dei inicio a uma bela e longa história que ao invés de lágrimas sempre trazia sorrisos no final.
De que me adiantaria tantas conquistas solitárias sem ter ninguém com quem compartilhar minhas pequenas vitórias?
Que sentido teriam os dias sem ter alguém com quem conversar nos finais de noite?
O que esperar do futuro se não tivesse ninguém para estar no final ao meu lado para aproveitar as maravilhas de uma vida tranquila?
Hoje  sinto orgulho da bela história que conseguimos escrever nos últimos 730 dias que estivemos juntos, uma história que me permite visualizar um longo futuro ao seu lado, pois a medida que o tempo passa meu amor por ti só aumenta fazendo com que o meu desejo de ficar ao seu lado só aumente e me faça todos os dias quando lhe vejo, quando acordo pela madrugada e posso te ver ao meu lado, ou mesmo quando você vem ao meu pensamento , eu nunca deixe de relembrar aquele instante de nervosismo depois do primeiro beijo quando finalmente ao te olhar eu pude sorrir francamente, um sorriso que estava preso no fundo da minha alma e que queria dizer que a partir daquele momento eu seria apenas, e somente de você.
Que o nosso amor não tenha data, nem tempo para durar, pois sentimentos podem se estender ao longo de toda uma vida, por isso empresto ao nosso amor a eternidade das minhas palavras que vão durar mesmo quando eu não estiver mais nesta terra. Te empresto meu ventre que vai fazer nascer o fruto de um amor que um dia vai se multiplicar levando para sempre, nas feições de um pequeno ser tudo o que de mais bonito há em nós.
TE AMO como tenho que te amar: EM TODOS OS DIAS DA MINHA VIDA.