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segunda-feira, dezembro 01, 2008

No Parque

Sozinha como a muito tempo não me declarava, uma sensação estranha no estomâgo, seria a falta de comida? Provavelmente, quando o espirito se cansa o corpo responde e o meu no momento grita.

Mas o fato é que sentada ali, sozinha adimirando as pessoas, as águas das fontes que sempre são as mesmas mais se renovam, buscava encontrar forças para seguir.

O que me espera em casa?

Coisas novas, pois eu já não sou a mesma de ontem e amanhã não serei a mesma de hoje, essa é a vida a prosseguir.

Comendo uma açai (coisa banal), senti o gosto da sua saliva. Seria saudade?

Talvez, o costume unido ao desejo de não guardar rancor. Sou melhor que você? Não, apenas diferente, assim como a menina que faz pose para foto é um outro ser totalmente oposto a mim.

O que ficou de mim nesse final absurdo, se bem que tudo foi estranhamente absurdo, como poderia esperar um fim relativamente normal?

A luz do sol me deixa tonta, sinto meu corpo numa fraqueza impar. Naquela tarde me entregei a morte e vou seguir com a minha vida.

Caminho em direção ao ponto de ônibus para que possa conseguir chegar ao trabalho, na lata de lixo, junto com o pote jogo meu coração, já não precisarei dele para seguir.

Naquele parque morri dentro de mim.

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