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quarta-feira, dezembro 22, 2010

Aniversário

(ATIBAIA-2010)

No próximo dia 26 soprarei velinhas virtuais em comemoração aos cinco anos de existência do meu blog, e apesar de nunca ter comemorado essa data, este ano faço questão, pois fui tomada por um sentimento de orgulho das minhas próprias letras.
Em pensar que eu era só mais uma menina que escrevia e escondida dentro de caixas e gavetas, ao construir esse Blog lutei contra muita coisa dentro de mim, em especial contra minha insegurança. Cinco anos depois sinto orgulho de voltar lá atrás e perceber como evolui, como em apenas cinco anos já consegui publicar textos em duas antologias, receber tantos convites especiais e carinhosos, ser admirada por tantas pessoas que eu admirava e ter visto meu trabalho ser analisado por pessoas realmente importantes para mim.
Tudo parece agora tão perfeito que creio que só tenho a agradecer, primeiro a uma pessoa que fez parte da minha vida e me fez dar a cara a tapa, mostrando a todos o que eu guardava, depois a todos que , por algum motivo, visitam esse meu espaço, pois se continuo a escrever não é pelo simples ato de vomitar belas palavras, antes escrevo para se lida para ser vista e assim continuar fazendo sentido a mim mesma.

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Ao Entrar no meu UNIVERSO PARALELO, sinta-se a vontade pare na minha frente e deixe eu te beijar, ou mesmo, de algum modo, te tocar, como se você fosse uma das minhas adoradas flroes amarelas, dessas que eu encontro em qualquer canto sempre que ando, mas que se tornam raras pelo simples momento de contemplação e descoberta do meu olhar.
A todos um pedaço de mim, por imagem e palavras me entrego nas entrelinhas desejando que a cada dia possa evoluir dando verdadeiro sentido ao meu ofício: ESCREVER FORA DO ESCURO.

terça-feira, dezembro 21, 2010

Intensidade



Caminhar na rua, ouvir uma musica ou comer juntos, conversar até tarde na sala, poder dar risada, sair para cantar, dançar de forma constrangedora. Sáo ações que me fazem lembrar de pessoas importantes que preenchem minha vida, fazendo com que eu nunca me sinta sozinha: meus amados irmãos. Esse post é dedicado a eles, pessoas adoradas que tanto admiro.

EDER BRITO - Crescer juntos trilhando caminhos diferentes, cada um a sua forma evoluindo sem nunca esquecermos nossos principios e motivações. Nada que eu possa falar sobre o meu irmão nunca daria conta de expressar minha admiração e orgulho de saber que sempre lhe terei ao meu lado pronto para colocar meus pés nos chão quando tento voar sem direção. Você para mim sempre será carinho, daquele que a gente sente mesmo de longe a nos proteger em um abraço terno, quase paterno e certo.

ÉRICA BRITO - Meu sonho que se tornou realidade, um alguém para brincar e dividir o quarto e, mais tarde, dividir bijuterias e roupas. Te ver crescer e evoluir nas tuas escolhas só perde em beleza para minha experiência de ser mãe, porque ver alguém crescer como voce é gostoso como comer chocolate que fica escondido no quarto para as noites de insônia. Em mim o orgulho de saber que na vida ainda vou te ver crescer muito até alcançar a altura dos teus sonhos. Porque para você meus braços estarão sempre abertos para te apertar em um abraço terno de quem sempre estará disposta a te ajudar.

DANIEL (HAYASHI) BRITO - Porque irmãos não são apenas aqueles que compartilha o mesmo sangue, mas também aqueles que conseguem se tornar parte indispensável da nossa vida. Uma das pessoas mais iluminadas que minha família já teve o prazer de conhecer e conviver, alguém para se levar para sempre no coração desejando sempre e a cada dia mais felicidade e sucesso, pois quem consegue amar que eu amo é digno do meu eterno carinho. Porque para mim você sempre será o brilho que faltava no olhar mais bonito que eu já conheci.


Porque intensidade é isso, saber reconhecer que na vida existem pessoas capazes de lhe fazer o bem através de pequenos momentos e demostrações de carinho, mostrando que na vida o que interessa é não se deixar ser sozinho. AMO TODOS VOCÊS

quarta-feira, dezembro 15, 2010

Interrompida

Foto: Eder Brito

Porque parar no meio da estrada dá uma sensação gelada de que a morte de mais um sonho se aproximou de nós.
Lembro que certa vez tive um sonho bonito, que se transformou em objetivo e alguns anos depois desapareceu. Penso agora o que aconteceu com o meu desejo? Será que sonhei em vão?
Não, sonhar sempre é preciso, por mais que se sonhe com o impossivel ainda precisamos de um pouco de fantasia para sobreviver. Eu apenas cresci com a velocidade de quem caiu muito rápido no chão.
No momento da minha queda tive duas escolhas parar e aceitar ou esperar uma nova estação para se levantar e seguir.Por muito tempo senti o gelo da duvida me paralisando,fechando meus olhos para o mundo, tornando minha existência passiva e calada. Contudo um simples fato, o bater de asas da minha borboleta desencadeou o renascimento da primaveira em meu olhar, foi nesse dia que me levantei, caminhei até a beira da estrada e ao notar que se tratava de um abismo, fechei os olhos e me atirei com a força de Icaro que mesmo sem asas tentava voar.
Durante minha queda tudo aconteceu tão rápido, vivi meus minutos com intensidade e finalmente quando cheguei ao chão curiosamente não morri, antes resnasci. Abri meus olhos, olhei para cima e observei.

- Valeu a pena?( pergunta minha consciência)

Sempre vale escolher se mover do que permanecer parado com sonhos que nunca amadurecem e, portanto, nunca alcançam seu principal objetivo: A realização.

Agora é chegada a hora de interromper a caminhada por um instante de reflexão-preparação. Tenho certeza que a neve gelada que cairá sobre meu corpo pela madrugada não vai me matar, ao contrário vai me dar forças para andar cada vez mais rápido em busca a realização dos meus sonhos.

Sabem aquele sonho bobo que desapareceu? Depois dessa queda ele renasceu e agora me preparo para continuar a espera de um gentil rapaz com uma flor amarela dessas que nascem em qualquer lugar, mas são capazes de transformar os sonhos em realidade.

domingo, dezembro 12, 2010

O Poço


ATIBAIA - 2010

..Nem quero ser estanque
Como quem constrói estradas
E não anda
Quero no escuro
Como um cego tatear
Estrelas distraídas...
Minha Casa- Zeca Baleiro

Não, eu não quero acordar e enxergar a escuridão interior do poço, eu quero olhar para cima e sentir o vento batendo em meu rosto, quero escalar suas paredes para que a cada passo eu possa perceber que as estrelas começam a se aproximar de mim.
Por maior que seja minha dor, nunca vou me entregar, quero descobrir a beleza que existe além do que eu posso perceber, além de tudo o que já vivi. Quero saber agradecer por cada flor que eu conhecer no mundo real, e mesmo que eu me fure em alguns espinhos, quero ter a sabedoria de não destruir suas delicadas petálas acabando com sua existência de alguma flor, antes sou capaz de rega-las com minhas lágrimas para que elas se tornem eternas em mim.
Quero viver num jardim real, aceitando os aromas e texturas, quero sentir a terra debaixo dos meus pés marcando meu caminho rumo a uma direção desconhecida que eu escolhi trilhar. Porque sempre fazemos planos para nossas necessidades básicas, mas nunca seguimos um caminho reto em busca de conquistas pessoais, sempre existira o imprevisto e a necessidade de replanejar, recomeçar e caminhar.
Por mais que a vida me faça senitr dor, eu não vou voltar para o poço e viver imaginando como seria o mundo real. Mesmo que me digam que é mais fácil acreditar na morte de tudo em que eu agora acredito, nunca desistirei de seguir acreditando que se aceito o real tudo sempre vai valer a pena, por ser verdade, intensidade, realidade.
O unico escuro que quero aceitar é o que fecha meus olhos todas as noites para me fazer sonhar, agradecendo por tudo o que já passei e por tudo o que ainda vou passar. Porque a vida é isso, um caminhar nostalgico entre flores com espinhos.

sábado, dezembro 04, 2010

Acidente Literário - Boa Ação

(Fonte: Acervo Próprio)
Título: Boa Ação
Local: Residência dos Britos
Data:03/12/2010
Protagonistas: Uma criança de quatro anos e sua avó
Tipo: Análise de Símbolos

Descrição do Acidente Literário:

Criança: Vou dar uma das moedinhas que minha bisá me deu para dar para o papai do céu.
Avó: Que bonito, você quer ajudar a casa do papai do céu?
Criança: Não, quero ajudar o papai do céu. Acho que com uma moedinha dá pra comprar pelo menos uma touquinha para ele parar de ficar pelado na igreja.

Recolhido por: Leticia Brito

sexta-feira, novembro 26, 2010

Estrada

Foto:acervo próprio

A vida e suas mudanças... Como gosto de pensar na metáfora da estrada que segue sempre em frente, independente da direção que escolhemos andar.
Quando eu era pequena pensava apenas em crescer e me casar, mais tarde, ao me decepcionar com meu primeiro amor, vi que tinha que pensar em um novo objetivo para alcançar. Foi assim, que aos 16 anos resolvi que sempre tentaria chegar o mais longe que pudesse.
Mas aquela estrada que a gente segue, por vezes se enche de obstáculos, e como um dia no meio do caminho o poeta encontrou uma pedra, aos 22 anos eu encontrei uma criança que faria com que minha vida nunca mais fosse a mesma.
Pensar por dois, viver por dois, pode ser extremamente doloroso por vezes, contudo, se no fundo do ser guardamos um sonho bonito, desses que te mantem com os pés no chão e com os olhos abertos, toda dor se transforma em força para que continuemos a seguir em frente.
Hoje quando a porta para uma nova realidade se abriu para mim não pude deixar de chorar. Chorei por tudo que passei, por tanto que me entreguei para mostrar o melhor de mim.
No meio da minha estrada muita coisa eu perdi, por vezes quase desisti,mas como meus sonhos sempre foram plantados no chão, agora posso colher os frutos do meu trabalho e mais uma vez posso ter em mim a certeza de que é possível sonhar e mais do que tudo realizar.

Tipos



ESCOLHA O SEU







Quando falam em violência contra a mulher, logo nos remetemos a agressões que marcam o corpo e destroem a auto estima do ser feminino. Contudo para mim não existe agressão pior do que a mania de catalogarem as mulheres dividindo elas em tipos distintos, como se uma mulher só pudesse desempenhar um papel ao longo de toda sua vida.
Quem já não ouviu falar sobre as ditas mulheres feitas para casar e as mulheres feitas para transar? Por acaso nunca lhes passou pela cabeça que não existe relação amorosa onde não se faça sexo e que a mulher feita para gozar pode amar com sinceridade e verdade?
O que, raios, seria as mulheres de família? Acaso vivemos em meio ao Admirável mundo novo e nascemos de profetas e não de relações sexuais? Familia como se entende, pai, mãe, todo ser humano possui, esse é o principio básico para se existir.
Outro mito referente ao universo femino é o de que existem as mulheres feitas para cuidar de casa e as que nasceram para trabalhar. Outro ledo engano, ou vocês acham que as mulheres que ficam em casa, só porque não ganham nenhum salário, nunca vno trabalham duro ao longo de sua vida,?
Por outro lado, quem disse que a mulher que trabalha não sabe cuidar de um lar? Quantas não são as mães de família que saem cedo de casa para o emprego, e quando voltam ainda encontram disposição para cuidar de seus filhos, demonstrar carinho ao seu parceiro e organizar sua morada como todo ser humano?

Ser mulher é ser tudo o que se quer, não comprar o rótulo que atribuem a você. E quando alguém tentar te decifrar, defore-o, pois somos o que escolhemos ser, vivemos as experiências que escolhemos viver. Não somos bonecas, nem putas, somos o que devemos ser: MULHERES PELA VIDA A VIVER.

Ao longo dessa semana, feministas blogueiras-tuiteiras-interneteiras uniram-se para promover cinci dias de ativismo digital pelo fim da violência contra a mulher. Infelizmente não pude participar ativamente como desejava. Contudo não poderia deixar de contribuir, emprestando minhas palavras, sentimetos e desejos. Que essa ação possa ser passada adiante para que o ativismo não vire modismo, mais sim medida de conscientização.

http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=108463617

FOTOS DESTA POSTAGEM: ACERVO PRÓPRIO
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domingo, novembro 21, 2010

Apenas




Porque hoje acordei com essa musica na cabeça e queria compartilhar. Aceitem, então, minha canção e vamos continuar a sonhar.



sábado, novembro 20, 2010

Pertencimento

Durante a semana, quando levo meu filho para escola, ele gosta de passar pela pequena praça que fica perto da minha casa. Quando chegamos nela, meu filho sobe nos contornos de concreto que protegem a grama e as árvores, abre os braços e começa a andar como um equilibrista. Neste pequeno instante, aquele pequeno mundo lhe pertence, e eu fico de fora a observar os doces prazeres que encontramos na infância que não me pertence, mas que me faz feliz.

segunda-feira, novembro 15, 2010

Cega Demasiadamente Cega

(Fonte: www.acessa.com)

Sempre que pensamos no futuro, seja no meio politico ou em caracter pessoal, a primeira preocupação que nos vem a cabeça é a luta por uma educação de qualidade para nossas crianças que faça nossos filhos crescerem sábios e nação avançar rumo um explendido desenvolvimento. A educação é tão importante que é um das unicas áreas de estudo que aceita a intervenção e opinião de tantas outras áreas, afinal, a educação é para todos, democrática e por isso deve ser discutida por todos os envolvidos no processo.
Dentro desses debates sobre a educação, sempre costumam dizer que a educação esta falida, pauta que eu, como Pedagoga, não costumo levantar como bandeira. Contudo, com base nas ultimas noticias sobre atos homofóbicos publicados na midia, tenho que concordar que a educação realmente esta falida, mas ao contrário do que possam imaginar esse fato não esta acontecendo dentro das escolas publicas, como também em várias instituições renomadas que são responsáveis por formar os filhos da elite do nosso país.
Como levar a sério uma mãe que tenta explicar a grotesca atitude de seu filho "menor de idade" que agrediu três pessoas friamente, justificando que foi apenas uma atitude infantil tomada pelo filho? Como se apenas a visita a um especialista ou um bom castigo, diminuissem a gravidade do ato. Ainda tentando mostrar como seu filho era um bom rapaz, ainda nos declara que ele sempre tirou boas notas. Por fim, o que são notas boas diante de atitudes baixas como essa? Parece que a formação nas escolas dos grandes bairros esta tão voltada para as "boas notas" que esqueceram de ensinar valores indispensáveis a uma vida em sociedade.
Como se não bastasse esse incidente, na ultima quinta (11/11) postaram no blog da folha o Manifesto Presbiteriano sobre a Lei da Homofobia, onde a Universidade Mackenzie utilizando várias citações biblicas e argumentos retirados da nossa constituição, mostrava sua posição contraria a aprovação da lei que torna crime posturas homofóbicas, alegando que eles possuem o direito de instruir seus alunos a não praticarem o homossexualismo. Argumento fraco, uma fez que homossexualismo não é nenhuma doutrina que possa ser pratica e sim uma opção sexual adotada por algumas pessoas.
Uma instituição respeitada, que vende camisetas, mochilas, entre outros objetos com a marca "Mackenzie Solidário" não consegue ser laica a ponto de respeitar as opções adotadas por algumas pessoas para sua vida.
Diante dessas noticias, me afasto da minha literatura e olho para o mundo com os olhos de quem ainda quer enxergar um belo futuro para a educação do meu país, mas tudo que sinto é que como a justiça a educação esta cega, pois não quer ver o quanto de contéudo estão ensinado e o quanto de valores estão deixando de pregar. Sinto como se as grandes instituições que sempre foram tão adimiradas por muitos jovens de classe média formacem pessoas demasiadamente cegas para tudo o que possa lhes parecer diferente e terrivelmente oposto.
Uma pequena pausa, sinto como se minhas mãos se aproximassem do mastro da bandeira da desmotivação, contudo, espero me manter confiante a ponto de esperar por melhores noticias nos dias que viram.




domingo, novembro 07, 2010

Sobre o Orgulho

Ituaçu- BAHIA
(Acervo Próprio)

Presa em meio a escrita de um projeto de pesquisa nem pude opinar sobre a lamentável estudante de direito que falou tão mau do povo nordestino após o nordeste eleger Dilma como a nossa próxima presidente.
Mesmo não podendo opinar, enquanto lia, fazia fichamentos e escrevia pensava no por que eu faço tudo isso?
Simples, minha vida não é só minha, me entrego ao trabalho assim como meu pai um dia se entregou fazendo seu melhor dentro de uma fábrica para garantir que seus filhos nunca vivessem as mesmas terríveis experiências dentro de uma mesma indústria metalurgica. Escrevo por minha mãe, que na quinta série abandonou os estudos porque uma professora gostava de lhe falar o quanto ela era incapaz. Mesmo assim, foi ela que sempre ensino seus filhos a acreditarem em si e nos seus sonhos, mas sempre com os pés no chão.
Estudo pela minha avó materna que se alfabetizou porque invadia as aulas que seu pai ministrava aos meninos filhos da elite, e também o faço por minha avó paterna que morreu sabendo apenas assinar o nome, mas que era dona de uma sabedoria magnifica, que só o povo que sofre e luta sabe ter na vida.
Quero avançar na vida pelo meu avô materno, que pagava pessoas para escrever cartas para minha avó demonstrando o seu amor e luta para lhe dar um futuro bom, também o faço pelo meu avô paterno, homem forte e sofrido que mesmo sabendo apenas poucas letras e operações simples soube criar seus filhos com valores que faltam a muitos ditos intelectuais.
Agora tento avançar também pelo meu filho, pedaço mais caro e bonito de mim, para que ele possa um dia sentir o mesmo orgulho e respeito que aprendi a ter por minha família nessa minha vida.

Acho que esqueci de mencionar, tirando minha mãe e meu filho, todos que fizeram com que eu me transforma-se no que sou hoje são nordestino, todos tão diferentes mais com algo em comum: a força de quem dá valor as pequenas coisas.
Em meu sangue levo uma herança de lutas , não um conjunto de bens materiais, afinal, viver do que eu não conquistei é fácil demais, tanto que até me sobra tempo para gastar com ofensas desnecessárias que não nos levam a nada, além de um minuto de fama e uma vida de exclusão.
Tenho orgulho de ser um pouco desse povo que não é uma raça, mas deve ser respeitada por toda sua força e por tudo que durante anos criou. Afinal, existiria um Paulista de sangue puro, sendo que na região sudeste não há cidade mais nordestina? E mesmo antes deles migrarem o que havia aqui eram tantos descendentes de europeus, na maior parte italianos, todos imigrantes com um pé em outro continente e outro nas fazendas e chãos de fábricas.
O ruim dessa história toda é ver que as pessoas continuam achando que não possuem uma história própria, e que se querem fazer parte da história, primeiro devem aparecer nas pesquisas do Google.



PS: Foto da Casa onde meu Pai nasceu e onde por longos anos, foi feliz com seus irmãos

sábado, outubro 30, 2010

Aos Meus Amigos

Por Nicholas G. Brito

Na maior parte do tempo, sou uma garota solitária com os meus livros, mas é bom saber que quando preciso posso sempre contar com seres abençoados que a vida resolveu me dar de presente.
São poucos, mas são caros e raros essas pessoas que resolvi chamar de amigos , alguns de longa data, outros nem tanto, mas todos com o mesmo ponto em comum: sabem me enxergar como eu realmente sou.
É bom saber que na vida sempre posso contar com eles, mesmo que o tempo nos distancie um pouco, ou que a vida siga rumos diferentes, mesmo que os compromissos nos leve para longe, essa certeza de que alguma coisa sempre vai nos unir, faz com que minha vida tenha um sentido bem mais amplo e bonito.
Sou grata a cada pessoa que passou na minha vida ampliando o sentido da minha existência, e mesmo que, por veze, me sinta só, sei que sempre que necessário posso contar com o consolo dessas grandes pessoas que sempre vão me iluminar.
A eles sempre desejo o melhor da vida: os amores mais doces, os filhos mais abençoados, a vida mais sossegada e intensa possível.
Pois em cada um de meus amigos vejo um motivo para continuar acreditando que a vida é bela e que ainda podemos acreditar, naquele vestigio de beleza que se esconde no fundo do ser humano.


Obrigada a todos, não vou nomea-los aqui, pois tenho a plena certeza que já sabem quem são. A vocês meu Eterno AMOR e CARINHO, sempre.

domingo, outubro 24, 2010

O Que Eu Aprendo na Escola?

Acervo Próprio

-Mãe, é sério eu não presciso mais ir para escola.
- Por que, Nicholas.
- Porque eu já aprendi tudo o que tinha para aprender lá.
- Nick, a gente sempre tem alguma coisa nova para aprender, sabia?
- E o que eu aprendo na escola que você não pode me ensinar?
- ...

Essa conversa com o meu pequeno me fez lembrar das minha aulas no curso de Pedagogia, onde se falava o tempo inteiro em reencantar a educação. Era um belo discurso para as manhãs, mas me pergunto o que estão fazendo, de fato, fora do espaço acadêmico para cumprir com essa tarefa?
De longe querer criticar o sistema ou mesmo o trabalho desse ou daquele profissional, o problema é perceber que crianças tão novas não estão encontrando na educaçãoaquele ponto atrativo e gostoso que liga ela a vida cotidiana. E eu fico preocupada por uma criança de 4 anos achar que do jeito que as coisas vão na escola o melhor era ficar em casa. Ainda mais porque a educação infantil é extremamente importante para o desenvolvimento das crianças, pois pressupóem um trabalho e avaliação de maneira ampla, que leva em consideração todas as etapas do desenvolvimento, seja ele cognitivo ou não.
Infelizmente, por mais que meu pequeno pareça ser maduro, não posso sentar e explicar para ele que, por lei, sou obrigada a matricular e manter ele numa escola, pois caso o contrário eu posso ser punida por negligência até mesmo com prisão, isso só iria assustar a criança. Contudo, como educadora fico incomodada por não saber responder o que ele aprende na escola que não pode aprender em casa. Não poso deixar de pensar que a escola, ainda mais a infantil, deveria causar um impacto positivo nele e não fazer com que o meu pequeno para e reflita sobre o porque de passar algumas horas de sua pequena vida afastado da família num espaço que, aparentemente, não esta sendo tão atrativo para os seus pequenos olhos.
È preciso reencantar a educação? Certamente sim, mas que esse reencantamento aconteça fora dos livros e da acadêmia, que eles possam se tornar vida e tornar a vida de tantas crianças um tanto mais interessante e repleta de significados positivo.

quarta-feira, outubro 20, 2010

BLOGAGEM COLETIVA: Dia de Amar o Seu Corpo

Por Érica Brito
DILEMA

Ser inteligente? Ser bonita? Por que sempre temos que escolher?
Ser mulher ,as vezes, cansa...
Esse dilema já esta virando drama de um mundo que só pensa nas nossas curvas e imperfeições. Por que a inteligência não pode ser bela? Acaso o conhecimento é feio? Não consigo entender, juro que não consigo entender.
Não posso ser considerada negra, apesar da minha cor, pois meus olhos são claros e meu cabelo liso demais. Não tenho o padrão de beleza midiática, mas sou facilmente aceita por cumprir alguns de seus requisitos, e como eu odeio isso.

A cada novo dia é mais duro olhar para o espelho, é mais dificil se admirar, pois a cada novo dia temos que lidar com novas exigências, e a mulher moderna vai ficando cada vez mais feia, afinal, como pode um ser humano suportar cuidar, de filhos, casa, carreira e ainda manter-se bela?
E quem disse que não há beleza nas olheiras e nem no sono da garota que dorme no ônibus? Ou mesmo no ato de engordar, envelhecer? Tudo isso é vida e eu adoro viver.

Eu tento ser tudo o que eu quero ser, mantendo sempre na alma a leveza de quem não teme a dureza da vida e não deixa a beleza dos pequenos detalhes escorrer pelos dedos. Sou vaidosa por guardar em meu corpo belezas simples. Num corpo simples uma mulher complexa, que espera ser tocada, não em suas curvas, antes em sua alma, que guarda o perfume da mais simples das flores.
Um dia volto a olhar o espelho de frente, mais só quando você conseguir, tirar os olhos do vermelho que existe em mim para enxergar o que se esconde em meu olhar.

sábado, outubro 16, 2010

Sobre as Paisagens

Ituaçu- Bahia

Em Memória de Helena Àvila de Jesus Brito

Porque quando as palavras ficam presas na garganta e mesmo a caneta não te diz mais nada mesmo junto as folhas em branco, eu paro e olho ao meu redor, tento rever as mesmas paisagens que os olhos de quem amo um dia avistaram, para me aproximar, mesmo que de longe, da simplicidade que me criou, que me fez surgir. Pois sempre que sinto que perdi, tenho necessidade de encontrar, no mais simples dos sinais uma razão para caminhar.
As paisagens podem mudar, as casas podem ser pintadas de outra cor, ou até mesmo o sol pode bater de forma nova, mas nas lembranças, tudo vai ser como da primeira vez, e quando eu sentir em meu peito um esboço de saudades, olho para todas as fotos e tenho a sabedoria de saber: Ninguém nesse mundo parte, sem nos marcar, e tuas marcas comigo sempre vou levar.

Vai encontrar teus anjos perdidos, admiras por mim novas paisagens, enquanto eu daqui fico revendo as mesmas sentindo, sim, saudade, mas sabendo que só de ter vivido um dia ao teu lado, posso continuar trilhando meu caminho de passos, hora certos em outras errados, mas todos sempre meus.


terça-feira, outubro 12, 2010

O Vampiro


Por Nicholas Gomes Brito

Era uma vez um dia das bruxas , era uma festa de terror onde o Corpo Seco, o Lobisomem, o Vampiro, a vampira e o medo foram. E ai aconteceu uma coisa horrorosa, um vampiro e um vampira de verdade beberam o sangue de um gatinho bonito que estava na janela da casa, depois eles beberam o sangue de uma cachorra que também passou perto da janela.

Depois um monte de vampiro e vampiras vieram e beberam o sangue de todos os animais da cidade, e todos os animais ficaram com muito medo e acabaram virando vampiros. Daí o cachorro disse:

- Eu não queria isso, meu Deus.

Foi quando veio um dinossauro enorme que comia vampiros e vampiras e comeu todos eles, daí os animais deixaram de ser vampiros e todos ficaram bem.

E Fim.


PS: Para celebrar o dia das crianças um texto escrito pelo meu filho. E viva as crianças e sua incrivel capacidade de mostrar que não existe definição exata ou romântica para definir uma criança.

sábado, outubro 09, 2010

Sem Bandeiras

Manhã de sábado de um pré feriado, 185 jovens militantes de esquerda e representantes de vários sindicatos se reunem em um espaço para discutir as teorias de Marx. Em que ano estamos? 2010.
Sim, em pleno século vinte e um, marcados pela intensa globalização e crises ideológicas, jovens se reunem para discutir teorias socialistas, o que não deixa de ser irônico visto que estamos tão mergulhados e presos aos modelos capitalistas que qualquer discussão fora desse modelo de pensamento parece ser ultrapassado ou mesmo ilusório.
A sala onde acotneceu a reunião estava enfeitada com muitas bandeiras, entre o seleto grupo militantes do MST, representantes do Sindicato dos Bancários, Engenheiros, Funcionários Publicos, Representantes Educafro, movimentos negros, ONGS e até mesmo a ilustre presença de alguns representantes da torcida organizada Gaviões da Fiel. Todos em perfeita harmonia e silencio a procura de conhecimento e respeito entre si e suas diferenças ideológicas.
Porque um encontro desse teve tanta importância? Simples, a esquerda do nosso país tem sido um tanto mal interpretada desde tempos mais antigos, pois em seu meio existem tantas interpretações e ideologias diferentes que acabam fazendo com que pessoas que lutam pelos mesmo principios não vivam em harmonia entre si.
O dia do encontro foi um dia mágico, e apesar do frio e cansaço pude sentir em mim o orgulho de quem acredita que através da educação possamos encontrar o verdadeiro caminho para a construção de uma sociedade mais justa e verdadeiramente democrática.

Entre essas bandeiras qual é a que eu defendo? Sinceramente, nenhuma. Sou apenas uma jovem educadora que acredita que através da educação é possivel mudar o mundo. Simpatizo com os ideais de esquerda justamente por eles estarem mais proximos da minha realidade e a de tantos outros brasileiros e creio que no meio de tantas bandeiras, prefiro levantar nas mãos uma rosa vermelha e pedir a todos dialógo para que possamos caminhar rumo a paz.

quarta-feira, outubro 06, 2010

SOBRE (não) TER




Porque não importa o tempo que passe, quando caminhar em meio a chuva sei que vai lembrar de mim. Nos momentos em que a solidão for o teu caminho, sei que vai caminhar sozinho pela rua mais movimentada que achar e no meio do seu passeio sei que vai me encontrar nem que seja no sorriso de outro alguém. Tudo isso porque eu fui tua verdade e vida, fiz você renascer e pisar num mundo de possibilidades que teus sonhos entre nuvens desconhecia, eu te criei e presentei o mundo com a melhor pessoa que pude criar: VOCÊ.

Catarina pensava no bilhete de despedida que tinha deixado em casa no dia em que deixou Pedro para sempre. Apesar de sentir constantemente a falta do ex parceiro não reclamava da vida, sabia que tudo tinha o tempo exato de durar para ser inesquecivel. Sentia apenas por saber que mesmo tendo sido a pessoa mais verdadeira que podia, ele nunca iria conhecer ela, seriam para sempre desconhecidos caminhando por cidades de países diferentes.
O trem parou, finalmente Catarina havia chegado a sua estação e pelas ruas da Itália iria se perder até o dia em que pudesse encontrar um outro estranho a quem amar. Contudo sabia que alguma coisa de Pedro sempre iria morar dentro de si e em todas as noites escuras iria dormir sabendo que seus olhos a observavam, pois eles sempre foram capazes de enxergarar no escuro.


terça-feira, outubro 05, 2010

Blogagem Coletiva: Dia de Amar o Seu Corpo


Dia de Amar Seu Corpo

Chamo a todos: mulheres e homens, leitores e curiosos,para participarem, no próximo dia 20/10, da Blogagem coletiva do Dia de Amar o Seu Corpo. Uma campanha contra a mídia e a favor da auto estima, mostrando que a beleza é algo mais profundo do que imagens pré fabricadas em programas de computador.
Ano passado participei da primeira blogagem coletiva e recomendo, pois as reflexões foram profundas e os textos intensos, pois cada um mostrava um corpo diferente e magnificamente belo.
Venha você também participar dessa blogagem. Vou deixar o link do blog da organizadora exposto no meu blog até o dia da postagem de todos os textos. Não deixe de ler todos. Afinal, que não gosta de adimirar um belo corpo?

domingo, outubro 03, 2010

A Vida Que Eu Quero Ter




A juventude é de fato atraente, tanto que as pessoas sempre a utilizam como argumento para justificar os seus erros. Contudo, por mais que o nosso desejo seja a juventude eterna o tempo sempre vem nos lembrar que não importa o quanto tentamos lutar contra ele sempre vence e quando a gente menos espera a vida passa sem deixar marca alguma.

Agora sou nova, contudo desejo envelhecer com a mesma força de quem aceita cada novo dia que chega, para que assim eu possa aproveitar todos os sinais do meu corpo e um dia, já bem velha, no meu leito de morte eu possa contar, entre minhas rugas as histórias das conquistas que alcancei, de tudo que perdi e de tanto que ganhei por aceitar que o bom da vida é VIVER.


sábado, setembro 25, 2010

Primavera Despedaçada

Acervo Próprio

Olhando para frente, pensado para trás...
Toda poesia sobre flores me fez recordar de todas as primaveras que perdi e de tantas flores que nunca recebi.
Meus olhos claros de lágrimas atrapalham minha visão. Nunca gostei mesmo de olhos claros, eles são previsiveis e sensiveis demais. Amava teus olhos cor de lama, contudo eles me refletiam de um modo tão sujo que nunca consegui enxergar no fundo deles amor por mim.
Tive todos os seus invernos, senti todo seu desejo que cumpria o dever de me aquecer por dentro, mas nunca consegui sentir o doce e singelo sol que trás vida as flores escondidas...

No fim chorastes lama por mim enquanto eu caminhava carregando o feto de um amor recem nascido.

Em meio a madrugada, ouvindo David Bowie, sentia o dia amanhecendo, enquanto eu mal conseguia fechar os olhos. Foi quando uma luz fraca entrou pelas frestas da minha janela, era a primavera que, em fim, chegava a minha vida, mostrando que aquela flor amarela e simples que sonhei ganhar por anos estava mais perto de mim. Depois disso eu finalmente consegui dormir, enquanto ouvia a musica Five Years, antes de fechar os olhos até me atrevi a pensar.

Será que um dia você vai saber que esses escritos foram para você?

Não importa, ao menos agora minha primavera não sera despedaçada por terríveis olhos de lama que jamais saberam que eu sou.

sexta-feira, setembro 24, 2010

Envelhecer


- Quando você foi embora deixando a porta aberta, senti como se o teto caisse sobre mim. naquele dia nossa casa se transformou em ruínas e o espaço antes pequeno se tornou imensidão.
Mas como tudo na vida passa, você passou e eu, sem escolhas, segui.

Depois de vinte anos, Eliza voltou a antiga casa onde vivera cm Danilo só para poder ver que o lugar que antes era um lar agora tinha se transformado em ruinas.

- Como nossas vidas, tudo o que sobrou foram tijolos e saudades.

Entrou e saiu da casa como quem fazia uma inspeção, queria passear por cada detalhe na tentativa de se lembrar de tudo o que havia esquecido. Depois de anos sentia a necessidade de recuperar um pouco daquela beleza terna que só o primeiro amor era capaz de proporcionar a alma. Sentia que agora, velha, precisava recuperar a ternura antes que acabasse morrendo só.
Se os anos fizeram aquilo com a casa o que eles não teriam feito com ela? Era nisso que pensava enquanto se preparava para sair da casa. Contudo, uma aparição,no que antes fora a sala ,lhe chamou a atenção. Uma simples planta brotava do chão, suas folhas verdes claras e simples refletiam o sol que naquela manhã visitava a cidade, sua luz fazia com que algumas flores ganhassem um tom amarelo magnificamente belo como a cor das flores pequenas e simples das quais ela tanto gostava.
Ficou paralizada observando o magnìfico show que a natureza lhe mostrava. Percebeu naqueles segundos que vivia com sua beleza possível e que por mais atraente que fosse recordar, envelhecer também lhe traria doces experiências e dias. Descobriu no meio daquele cenário uma bela verdade:

- Sou como essas ruínas e mesmo que o tempo me derrube sempre guardarei em meus olhos a beleza de ser quem eu sou:SIMPLESMENTE, ELIZA.

Foi embora naquela tarde em paz com seus cabelos brancos e com todas as recordações guardadas na caixinha de música da sua memória.


quarta-feira, setembro 22, 2010

Comprimido


O que te compóem
não sei dizer...

Mas quando me aproximo de você,
sinto que vou morrer

Tua composição é a minha solidão.

sábado, setembro 18, 2010

Me Encontrar


"Eu vou mesmo sem isso, pois posso estar embaixo da terra ou sobre ela, mas sem ele eu não posso viver."

Alguns anos atrás, eu encerrava um post com essa frase dita pela atriz Debora Falabella, enquanto interpretava Lisbela no filme Lisbela e o Prisioneiro. Na época gravei essa frase e fiz dela o meu lema para que mesmo diante as circustancias mais dificeis eu fosse capaz de me lembrar que os meus passos eram guiados pelo amor puro e belo por ser o primeiro e verdadeiro sentimento.
Anos depois me vejo aqui novamente sozinha e com esses ideais românticos todos mortos. Mesmo assim não sinto vergonha por nenhuma atitude que tomei e nenhuma escolha que decidi fazer e se para crescer tive que perder algo que me era caro, enxugo as lágrimas e caminho, pois na vida não podemos perder tempo parando no meio da estrada.
Fica em mim a certeza de que eu vivi com a intesidade merecida e de que se tudo passou agora e tempo de caminhar para que um dia eu possa me esquecer, perdoar, me encontrar...

"Agora o filme acaba e começa a minha vida real..."

terça-feira, setembro 14, 2010

Maldita

Foto:acervo próprio

Quando eu era mais nova um amante especial me deu o carinhoso apelido de Maldita, confesso que não gostei no inicio, mas após explicações tive que concordar com ele, realmente era o nome perfeito para mim. Ah, claro, porque concordei? Segredo entre amantes, não posso revelar...
O fato é que por mais que eu tente viver minha vida me importando somente com quem me importa, sempre encontro pessoas a me perseguir como se eu fosse uma espécie de bruxa ou uma doce prostituta. Confesso que me irrito muito com essas pessoas de mente insegura em corpos vazios,afinal, quando me deparo com esses seres é como se eu observasse um inseto preso dentro de um vidro pequeno tentando escapar, afinal, é sempre como se eles não conseguissem guardar a própria essência dentro do corpo que lhes foi dado. Triste...
Tenho fama de maldita, também, pelas discussões que inicio, mas em verdade sou uma pessoa tranquila, nunca gosto de entrar em uma briga, contudo não adimito sair de uma com lágrimas nos olhos e sem respostas. Mesmo tendo essa fama no campo das discussões só chego ao extremo de pensar em respostas para pessoas que acho que valem a pena, se te olho e não vejo nada, certamente nunca lhe direi uma só palavra, por isso viva feliz, nunca vou te incomodar
Quando o apelido me foi dado no passado não me incomodava, até gostava dele, contudo, passados oito anos, ele agora me incomoda justamente pelo sentido inverso, o que antes era elogio se tornou ofensa e isso me magoa profundamente.
Dou tanta importância ao passado que não ouso falar dele, justamente para no momento de relembrar não subverter as recordações transformando elas de acordo com os novos sentimentos adquiridos com o tempo.
Declaro abertamente que estou cansada desse titulo, dou ele a quem possa interessar. Se acaso é mulher é tem algum tipo de sentimento ruim por mim saiba que levei muitos anos para me tornar o que hoje sou e que você assim também pode ser no dia em que acordar, se olhar no espelho com a grande certeza de que uma mulher não se torna mulher por fazer sexo, uma mulher nasce das escolhas que faz, do olhar que resolve lançar para a vida e da importância que passa a dar para as pessoas que realmente lhe são preciosas.
Se acaso fores homens e possuis algum sentimento ruim por mim, saiba que eu não sou assim tão má, basta perguntar para todos os homens que já me conheceram bem em vida, nenhum deles (amigos ou amantes) vão falar mal de mim, pois deles guardo boas lembranças acima dos dias dificeis ou brigas de gênero.
MALDITA MULHER...
Estou acostumada com o titulo e se acaso quiseres ele lhe oferto de presente, mas lhe deixo o aviso: Se tu fores fraco cresça por você e aprenda a viver um dia de cada vez.

sexta-feira, setembro 10, 2010

Problemas?

Não, Dorothy, ninguém pode fugir dos problemas, mas a vida sempre nós dá a possibilidade de crescermos com eles. Portanto, cresça sem nunca desistir de sonhar.

quinta-feira, setembro 09, 2010

Fragilidade



Engraçado como o dia pode lhe começar suave e acabar lhe pesando quando a noticia da morte de um conhecido te chega. Creio que nestes momentos nem o melhor dos escritores encontrar boas palavras para dizer, por vezes um abraço cala mais forte na alma e tem a força de mil palavras de consolo.
Nesses momentos em que meu talento se anula, paro e reflito sobre nossa dura condição humana, somos abençoadamente amaldiçoados pela nossa liberdade. Contudo, esse tal livre arbítrio que tanto nos encanta também tornasse o nosso pior inimigo quando percebemos que por mais que lutemos para conquistar a eternidade somos seres cronológicos e limitados pelo tempo de existência.
E são nas horas de dor que desejamos nos jogar nos braços de Kairos, para que certos momentos simples nunca se apaguem:
Dois bons amigos caminhando e trabalhando juntos, um casal que vive à anos em harmonia, um dia especial divido entre familias, desejos de bom dia a um antigo vizinho...
E de repente tudo se torna lágrima diante da confirmação da fragilidade, nesses momentos em que os Deuses nos mostram que somos livres, mas não gozamos da eternidade, choramos como crianças porque não sabemos e nem queremos perder.
Nunca vou saber lidar com a morte, afinal, posso suportar uma vida de solidão e sofrimentos particulares, mas não aguento pensar na tristeza ou fim daqueles que são importantes para mim.
Por isso que diante noticias de morte me entrego a minha fragilidade e desejo um terno e suave abraço de Kairos para que o tempo do meu ser nunca coloque um ponto final naqueles que me são caros.

segunda-feira, setembro 06, 2010

Quando Eu Aprender

Lembro do tempo em que eu era criança e tinha sede de conhecer o mundo, aprendia sempre com meus piores erros, conseguia aproveitar os tombos que levava, fazendo de cada arranhão, marca, cicatriz, uma lição de força para seguir em frente. Assim aprendi a falar, andar, ler, escrever e sonhar.

Agora adulta me vejo no meio de uma estrada a contemplar as maravilhas que a vida me reservou. Agradeço cada momento feliz, cada vestígio de dor, porque tudo me fez ser quem hoje eu sou e como sou grata pelos caminhos que trilhei.

Tenho tanta coisa, outras tantas me faltam... Contudo a falta não quer dizer ausência, ao contrário, a falta se dá quando os sentimentos resolvem transbordar sem direção para onde possam vazar, isso acaba deixando meu ser repleto de sentimentos que deveriam ser repartidos e que por vaidade não jogo ao vento.

Tudo parece triste, por vezes, mas isso, em verdade é viver. Caminhar entre sorrisos e lágrimas, entre tombos e abraços, entre letras velhas e novas canções, tudo isso faz parte de mim e eu nunca negarei o que sou, por isso quando o desespero da solidão me ataca, choro sozinha, depois fecho os olhos,respiro fundo e consigo enxergar o que escondo aqui dentro de mim. Vejo que guardo algo belo que eu nunca quis mostrar, mantenho tudo isso seguro até o dia em que eu possa ofertar com segurança a alguma outra pessoa.

Quando eu aprender e me permitir sentir vou tirar tudo isso de dentro de mim, colocarei tudo numa bandeja para lhe servir de sobremesa no banquete de nossas almas. E enquanto você não aparece, vou temperando minhas emoções para que nosso futuro amor possa ter dos banquetes divinos o sabor.

Espero-te com o corpo forte e coração puro e se acaso não te encontrar nessa vida, ofereço aos deuses minha alma para que ela possa ser comprada por alguém que tenha em si o desejo de nascer com a vontade de quem deseja a verdade acima do medo de se estar só.

sábado, setembro 04, 2010

Calma


Acordou em meio a madrugada sentindo ao seu lado a presença de um alguém, contudo estava como sempre sozinha, ao seu lado apenas lembranças passadas que fizeram ela despertar com vontade de ter o que já não possuia.

Estava calor, por isso ela se levantou e caminhou até a cozinha a procuro de água e enquanto abria a geladeira, novamente aquela sensação de companhia voltou a invadi-la. Estranhou seu estado de nostalgia, mas logo pensou:

- Deve estar precisando de um abraço.

Mas quem precisava dela? Isso ela não sabia dizer...

Voltou para cama, deitou novamente em meio ao escuro e enquanto olhava para o teto pensou nas imagens que guardava de alguns momentos de tertura, contudo estava há tanto tempo sozinha que se acostumou a solidão,tanto que acabou transformando todas suas lembranças em flashs borrados que não lhe diziam nada, pareciam cenas roubadas de um filme antigo e desconhecido aos seus olhos.Ao perceber tal falta de lembranças pensou:
- Triste... Nenhuma imagem para recordar...
Uma lágrima quis brotar de seus olhos e foi justamente nesta que aquela sensação de companhia lhe invadiu por mais uma vez. Imeditamente fechou os olhos para ver se conseguia tocar o seu companheiro invisivel, de olhos bem fechados esticou a mão e conseguiu acariciar o rosto do homem que chorava ao seu lado.
Somente quando o tocou foi que se lembrou de que lugar do passado ele vinha se arrastando a procura de um abraço. Esticou seus braços e, num gesto de carinho, levou sua cabeça ao peito para que ele sentisse toda a calma e carinho guardados dentro deles.
Ao sentir mais uma vez o perfume da mulher, seu toque, calor e carinho, ele se recuperou e finalmente dormiu sabendo que existem sentimentos maiores que a razão, que ultrapassam tempo e espaço sempre para dizer que quando se acredita em alguém de verdade não é preciso ter para mostrar que a vida pode caminhar parelelamente, basta que os dois lados possam assim acreditar.
Acordou no dia seguinte sozinha em sua cama, porém quando abriu a janela deixando o primeiro vento matinal entrar notou que nem mesmo sua solidão poderia acabar com aquela doce calma que em seu peito veio morar. Finalmente tinha chegado a hora de transformar suas mágoas em doces lembranças que fariam seu coração caminhar cada dia mais no caminho do perdão, perdoaria toda a dor passada por saber que não havia outro meio de se deixar crescer.
Agora não seria mais um botão bem guardado, era flor magnifica a perfumar o ar com o doce cheiro da menina que se tornará naquele mesmo instante mulher.
Estejas sempre bem, hoje, amanhã e em todos os dias de sua vida, doce lembrança de meu tempo de criança.

sexta-feira, agosto 27, 2010

O Enigma do Guarda-Roupa


Por Sergio Simka

O Enigma do Guarda-Roupa é o primeiro volume da série Horror, composta por cinco titulos independetes, cujo o objetivo é proporcionar calafrios de medo no leitor, mediante histórias arquitetadas no sobrenatural e nas profundezas da mente humana.
Com enredos simples, capítulos curtos e linguagem rápida, sem rodeios, os livros pretendem alcançar o público que não dispõem de tempo suficiente para leituras áridas, menos ainda o de fazer longos exercícios de imaginação.
Pretendem, também, transformar o ato de ler em momentos inesquecíveis, de modo que estes despertem o interesse, a curiosidade e motive o leitor a encantar-se com o universo da leitura.
Em O Enigma do Guarda-Roupa, o sobrenatural comparece da primeira à última página.
A história é contada de forma nua, crua, sem requintes, por uma adolescente que terá sua vida completamente virada de cabeça para baixo quando sua familia resolve mudar-se para um sinistro casarão.
Lá depara-se com um antigo guarda-roupa que, conforme a última moradora, é mal-assombrado.
No ínicio, atribui a história a boatos. Mas após uma sucessão de bizarros acontecimentos, começa a perceber que há uma presença macabra à espreita.
Será que a adolescente conseguirá desvendar a tempo o enigma do guarda-roupa?
Sérgio Simka
É professor universitário e escritor. Coordenador do curso de letras das Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP) Seu site: www.sergiosimka.com
Luana McCain
Cursa Letras na UNIESP (antigo IESA), em Santo André-SP
Seri
É jornalista e ilustrador. Trabalha no jornal Diário do Grande ABC, de Santo André-SP