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quinta-feira, junho 12, 2008

Entre as Mãos


Uma náusea no estomago, nervosismo puro, em suas mãos um papel, uma folha dobrada, ela abre a folha e começa a falar:

-Podia lhe falar da beleza de tantas coisas, queria lhe mostrar que mesmo a vida sendo dura ela pode ser boa, queria tanto que você soubesse sobre tudo que eu sinto, que apesar do pranto toda dor está sumindo, e no lugar do incomodo que tomava o meu ser, esculpi um retrato teu pra poder sempre lhe ter.

Somos tão diferentes, mas quem nessa vida é igual? Seria tão banal ser apenas mais um casal, mas temos objetivos, metas e planos futuros, e com nossas formas construiremos nosso mundo.

Não eu não sou sonhadora, só mantenho esperanças, de poder levar da vida algo mais que simples lembraças, quero fazer sentido e ser sentida por alguém, pois nessa vida o que me salva é ser amada por alguém.

Você entrou na minha vida pra me dar sentido, e agora tudo que me importa é lutar e ficar contigo, se você me permite agora vou me declarar, mostrar a ti quanto te amo e sempre ei de amar.

Ele ri dos versos tão infantis, trata a garota até que certa irônia no olhar, ela não responde a suas eternas provocações, entrega a folha ao rapaz e sai andando em direção a lua que começa a aparecer no horizonte.

Curioso abre a folha pra ler novamente aqueles versos infantis, mas graciosos longe dos olhos dela, pra pensar sobre o assunto com mais calma. Qual não foi sua surpresa ao abrir a folha e notar que ela estava em branco. Ali, apenas uma alternativa: o recomeço

O que ele vez com a folha? Não sei dizer, apenas posso afirmar que a estação ainda não acabou.


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