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terça-feira, agosto 09, 2016

Simplesmente Amor


"...Me apaixonei por um olhar
Por um gesto de ternura
Mesmo sem palavra
Alguma pra falar..."

Na noite em que você nasceu estávamos exaustos, logo que sai da sala de parto dormi com você em meus braços. A primeira coisa que lembro de ti foi de te desenrolar de madrugada e ver você tentando morder as próprias mãos. Mesmo sem conseguir sentar muito bem te coloquei em meus seios e foi assim, que pela primeira vez nossos olhares se cruzaram, o que eu senti, simplesmente amor, de um jeito tão forte e puro que é impossível de explicar em palavras.
Desde então 10 anos se passaram, e hoje olho pra ti com orgulho, és a parte autônoma de mim que caminha tranquilo pela vida traçando o seu próprio caminho, e eu vou assim te seguindo como a mão amiga sempre estendida, o porto seguro para o qual sempre vai poder voltar quando a vida lhe maltratar.
Me orgulho de nossos passos juntos, de poder lembrar cada momento da sua vida, pois sempre estivemos um ao lado do outro. Sei qual sua comida preferida, como gosta de dormir, suas musicas queridas, seus amigos do coração. Me emociono de lembrar de seus primeiros passos, de lembrar da primeira bolinha que desenhou com o lápis de cor, da primeira palavra que, entusiasmado leu para mim... Tudo é tão mágico e bonito, tudo é tão pequeno e grandioso ao mesmo tempo, que só o que posso sentir é orgulho de tudo o que já vivemos juntos.
Aquele secreto medo que senti quando você dormiu depois da primeira mamada e eu chorei até dormir, ainda está aqui dentro de mim, porque a vida não nos dá, com um filho, o manual de instrução de normas e regras, e  o medo é natural para todos nós que temos filhos. Mas sabe, por mais que eu tema a maternidade e o tal fazer errado, eu nunca perderia seus momentos por nada.
Toda vez que te olho dormindo, me lembro da canção de Oswaldo Montenegro, a qual eu cantava para você dormir quando estava agitado e estávamos sozinhos em casa fugindo do inverno no qual você nasceu. Realmente é impossível explicar tudo o que sinto por ti, e que passem mais anos em sua vida, que cresça sempre cheio desse amor que é o que de mais puro eu posso lhe ofertar.
Cresce meu menino, e enquanto você anda pela vida eu fico daqui a te observar sempre, e a cada novo dia, me apaixonando por teu olhar.
TE AMO

segunda-feira, julho 04, 2016

Menina Voa

Fonte: Google Imagens

In Memória de Dayana Santos
13 de Junho de 2016

E lá vai ela, sorrindo, brincando entre as estrelas desfilando no seu. Mas esse vazio que fica em meio a noite fria só por hoje vai doer, e doendo vai me fazer lembrar das meninas brincando enquanto a gente crescia....
A beleza da boneca, tão bela com olhos castanhos cheios de vida, sempre foi uma das mais lindas meninas a desfilar na estrada da minha vida.
De ti sempre vou me lembrar da bela moça a passear, vivendo a vida na intensidade de quem sempre lutou por mais um brilho em seu caminho. E como a vida te fez brilhar, tanto que germinou deixando a todos a mais singela flor, herdeira dos teus olhos vivos, castanhos e brilhantes.
Vai menina, voar nesse céu, vai de encontro a Deus. No caminho não se esqueça de levar minhas letras para apresentar aos meus amigos poetas, virando a esquerda sei que os encontrará. Depois continua o teu caminho e lá de cima, serena vai sorrir e brilhar, sem dor, sem sofrer, menina vai descansar, vai longe ser o que só você sabe ser: luz pura a irradiar a noite de nossas vidas.


domingo, julho 03, 2016

Por Um Momento

Fonte de Imagem: Obvious

In Memória a Ana Silva,
02 de Julho de 2016
Ignorei a minha dor, deixei de lado meu sangue, peguei nos braços meus sentimentos e por um instante chorei tua ausência....
Quem eras tu pra mim? Quase desconhecida. Que eras tu para meus amores? Parte de uma vida...
Sou dotada de empatia e por conseguir sentir o sentimento alheio, choro tua ausência nessa noite fria onde o ar gelado me faz sentir que estou viva o que só aumenta minha dor.
Vai com os anjos, vai em paz. Busca no horizonte do desconhecido não perder o teu sorriso que mesmo apagado sempre será lembrado. Segue o céu de teus ideais, vai de encontro a tua paz, pois chegou o final da tua dor.
Vai alto virar lembrança, aos que ficam a esperança de como você conseguir sorrir até o dia em que partir seja a única alternativa. Eterniza, enraíza, vai morar no mundo da paz, não sentirás dor nunca mais. Eis o consolo final a todos os que te amaram em vida. Vai, Ana, descansar de tuas batalhas em sua merecida paz.

sábado, janeiro 09, 2016

Apenas Começamos

Por muito tempo me senti sozinha, na verdade desde que eu tinha 9 anos sentia um grande vazio em mim,nada parecia me preencher, foi então que comecei a escrever para que em minhas histórias eu pudesse encontrar refúgios seguros para não sentir tamanha e enorme solidão.
Sempre fui tão transparente que ao me ler podiam me enxergar e descobrirem a verdade por trás do meu belo sorriso: eu era sozinha e clamava por atenção.
E na minha dor escrevia, com meus escritos muitos se identificavam, pois no fundo compartilhavamos a mesma dor de um solitário existir. E foi assim que comecei minha saga rumo ao encontro de um companheiro(a). Nunca na vida quis ter um namorado, um marido, isso é fácil de se encontrar. Queria um alguém que pudesse crescer comigo,  dividindo a dor e a rotina e transformando pequenos momentos em pequenas alegrias que completassem a vida dando sentido ao nosso existir.
Foi assim que te conheci e no instante em que percebi que você me completava me entreguei sem medo a essa conquista diária que foi me tornar sua enquanto você se tornava meu. Você me salvou e eu te salvei de um destino lírico de ser apenas o que esperavam de nós: solitários e infelizes, mas sempre dispostos a perceber o melhor que os outros podiam esconder dentro do seu ser.
São cinco anos do resto de nossas vidas, tempo em que eu me entreguei e te recebi. Leis e costumes nunca conseguiram mensurar o que significa essa entrega diária, eterna de acordar no mais negros dos dias e se sentir completa por saber que tenho você ao meu lado.
Em mim um fato, tenho que aprender a escrever não para sentir que eu tenho companhia, não na esperança de que venham me decifrar. Tenho que aprender a escrever para todos aqueles que ousaram me ler e para, quem sabe, entre uma e outra ficção, mostrar aos solitários de coração que as letras podem e devem nos inspirar a procurarmos no mais profundo de nós a claridade de nossos corações, aquilo pelo que vale lutar: a esperança de uma vida que não se configure em branco.
Quanto eu e você, apenas começamos a viver e mesmo no fim de meus dias, tenho certeza que vou te olhar e ver que valeu a pena, cada lágrima, ou sorriso dado ao seu lado,pois tua presença é e sempre será a grande escolha da minha vida.
TE AMO

terça-feira, março 03, 2015

Bebida Quente

Existem várias pessoas que tentam definir o amor e sua essência, tentam estudar e dissertar acerca de um sentimento tão complexo e inexplicável como é este. Há quem o compare com um fogo intenso que arde sem que possamos ver, outros que encontram o amor em linhas paralelas que se cruzam no fim do caminho onde o destino sempre faz com que se encontrem...
Eu tenho apenas uma palavra para definir o que sinto por ti, meu amor é como bebida quente, dessas que a gente toma num dia frio e que parece esquentar todo o nosso corpo, aquela que aquece os meus lábios, invade o meu corpo e faz com que  mesmo um dia ruim se transforme em um bom momento depois que encontro você.
És confortável e confiável , um momento de alegria como a hora do café, um calor que invade o meu corpo deixando-o febril mesmo sem doença Estar longe de ti para mim é como tomar chá gelado no inverno, sem sentido ou conforto meu ser se vê vazio sempre que estou sem teu carinho e tua presença para me confortar.
Minha bebida quente, meu momento de paz, para mim nosso amor e simples desse jeito, por isso cresce no peito cada dia mais, porque na simplicidade de nossas horas é que encontrei a paz para enfrentar a vida com suas pequenas batalhas e rotinas. 

Sangue Guerreiro - Um conto de amor Mandaloriano

À meu companheiro Vlademir


Porque quando a vida limita suas escolhas a única saída digna que se tem é lutar...
Corria desesperada em meio a floresta, queria fugir para longe daquele lugar onde era tratada como mera carne que satisfazia os desejos alheios. Ela não tinha mais identidade, não tinha nome, apenas a missão de dançar e encantar seu senhor e a quem ele quisesse lhe emprestar.
Fazia uma semana que havia conseguido fugir daquele covil, utilizando como arma sua sensualidade, seduziu um piloto e prometendo que seria sua conseguiu roubar sua nave e fugir para longe.
- Não me orgulho de ter tirado a vida dele tão facilmente, mas também não me arrependo de fazer algo por mim, lembrando que eu também sou alguém.
Aquela altura, os servos de seu senhor já estavam atrás dela, que acabou caindo naquele estranho planeta da Orla Exterior, queria muito fugir, tinha apenas em sua mente o desejo de sobrevivência e a vontade de voltar a pertencer a si mesma. Mas sua força estava se esgotando, a corrida sem rumo fez com que suas pernas, já cansadas, ficassem cheias de arranhões, o sangue escorria de suas feridas, as pernas tremiam e ela insistia em não desistir daquela empreitada maluca, afinal, se não lutasse seu único destino seria a morte, e mais do que nunca tudo o que ela queria era viver para experimentar a sensação de ser livre.
Esbarrou em um galho e caiu exausta ao chão, os guardas de seu senhor chegaram até ela, tudo o que ela pode fazer foi fechar os olhos e esperar por sua execução.
- Ao menos morrerei livre.
Foi então que ouviu o tiro, um disparo por entre as árvores, um dos guardas caiu imediatamente ao chão, o outro tentou avançar nela segurando-a pelos braços, ela se debatia e o mordeu, levou um soco no estomago e caiu, ouviu mais um tirou, dois tiros enquanto caia no chão. E, de repente, tudo se fez silêncio.
Quando acordou estava dentro de uma caverna, seu corpo antes quase nu  estava devidamente coberto por uma capa. Ficou assustada quando ao limpar os olhos na tentativa de ver direito, viu um vulto caminhando em sua direção. Era tão alto e forte que tudo que ela pode fazer foi esperar pelo pior. Olhou a sua volta, viu um punhal que fora posto em seu lado, o pegou nas mãos e gritou.
- Não se aproxime, ou eu acabo com você, eu posso até morrer junto, mas te levarei comigo.
Só o que pode ouvir foi uma risada alta, era como se ela tivesse contado uma piada. Mesmo se sentindo dolorida, com as pernas tremulas ela levantou e continuou apontando o punhal para a figura que caminhava ao seu encontrou. Ele então parou a uma curta distância dela, tirou seu capacete e disse.
- Acalme-se, vocês esta sem força, não conseguiria me ferir nem que tentasse muito. Ès tão forte como um verdi’ka em treinamento, não conseguiria me fazer mal algum.
Mesmo assim ela correu em sua direção e tentou ataca-lo.
-Não me ofenda, conheço teu povo vendido, não vais me devolver por dinheiro nenhum aquele monstro novamente, seu ordinário sem princípios, mercenário lacaio do inferno.
- Mais quem disse que eu vou te vender? Essa não é a minha missão. Logo não tenho nada haver com isso. Estava apenas concertando a minha nave para voltar para o meu planeta quando resolvi te ajudar porque lhe achei interessante. Consegue compreender que eu realmente só estou lhe ajudando ou já se tornou um animal como o seu senhor?
Falando isso segurou rápido em suas mãos, derrubou ela no chão imobilizando-a com cuidado de não feri-la, tamanho era seu estado físico de desgaste. Aos poucos ela se acalmou, encostou o rosto no peito do homem e começou a chorar. Ele sem saber o que fazer apenas a apertou em seus braços enquanto acariciava seus cabelos.
Aos poucos ela foi se acalmando, a sensação de estar nos braços de alguém que tentava lhe confortar parecia estranha, não sentia aquela sensação desde o dia em que se separou de sua mãe que a apertou forte nos braços enquanto a levavam embora, pois fora vendida por seu pai para pagar uma divida de jogo. Desde então ela jurou que nunca mais usaria seu nome visto que se envergonhava de saber que aquele monstro era o seu pai.
Depois de algumas horas nos braços do homem que diante da ação da mulher se manteve em um misto de embaraço e encanto, ela se afastou envergonhada com sua atitude infantil. O homem lhe sorriu um sorriso largo e disse:
- Sou Jurir, e qual seria o seu nome?
- Eu não tenho nome.
- Como assim não tem nome? Devem te chamar por algum nome, qual seria?
- Pouco importa, eu sou uma escrava, só vivo para dançar e encantar os olhos alheios, não tenho direito a um nome, sirvo apenas para dar prazer momentâneo.
- Mas nasceu escrava? Antes disso nunca te chamaram por nenhum nome.
Ela pensou em sua mãe, lembrou de seu passado e de cabeça baixa disse apenas:
- Brile
- Brile? Nome interessante, mais um pouco pequeno.
- Tenho nojo do meu outro nome, prefiro apenas esse que me trás alguma recordação e não acho que preciso de outro.
- Entendo. Bom, apresentações feitas, sugiro que você se cubra novamente, a noite esta chegando e vai esfriar muito por aqui. Vou procurar algo para comermos. Não tenha medo, comigo estará segura e vai demorar ainda alguns dias até que venham atrás de você novamente.
Colocou o capacete e saiu da caverna rapidamente, deixando-a para trás.
Ela ficou olhando na direção em que ele se foi e pensando no que faria com a sua vida a partir daquele momento. Lembrou-se de como aquele estranho havia resgatado ela tão facilmente, se sentiu tão fraca, desejou ser como ele, ter a força dele, quem sabe a vida não lhe seria mais leve. Pensou por tanto tempo que acabou adormecendo novamente.
Acordou com os primeiros raios de sol batendo em seu rosto, olhou em volta e notou que o homem dormia ao seu lado, ficou sentada e observou o espaço por mais tempo, notou que ele havia trago um pouco de comida e resolveu preparar uma boa refeição como recompensa antes de ir embora.
Jurir acordou com um cheiro tão bom, não sabia bem dizer o que era, só sabia que há muito tempo não sentia tanta fome como que o aroma despertou nele. Foi para frente da entrada da caverna e encontrou a moça mexendo no fogo. Era realmente uma mulher muito bonita, suas pernas expostas chamavam muito atenção, tanto que ele sentiu o rosto avermelhado ao perceber que olhava com desejo para ela
- Bom dia. – disse ela com o sorriso.
- Bom dia. – respondeu com a cabeça baixa
 - Não sabia que existiam mandalorianos tímidos.
- E eu não sabia que você conhecia meu povo[l1] .
- Minha mãe contava histórias sobre um povo onde homens e mulheres eram  todos guerreiros e iguais onde a honra e a superação dos medos ajudava a formar um verdadeiro espírito guerreiro.
- Sua mãe conhecia Mandalor?
- Não, apenas foi apaixonada por um de seu povo, pena que quando o pai dela descobriu a vendeu para o meu pai que a tomou como esposa tamanha era sua beleza, por isso não me orgulho do meu nome.
- Entendo... Se o passado incomoda que ele não exista mais a partir de agora.
- Concordo com você. Vamos comer?
Os dois se sentaram para comer e enquanto comiam o homem olhou mais uma vez para mulher ainda seminua a sua frente e mais uma vez, envergonhado, lhe disse
- Você não gostaria que eu lhe emprestasse roupas, não ficaram bonitas, mas lhe deixaram mais confortável.
- Se tiver lhe agradeceria, já estava começando a ficar com frio.
Depois de comerem ele entrou na caverna e saiu com uma muda de roupas e deu nas mãos da mulher que correu para dentro da caverna para se trocar. Já estava quase totalmente vestida quando ouviu o som de luta vindo de fora. Jurir havia sido atacado por muitos homens de seu senhor e o levavam para uma nave.
O medo tomou conta dela, por um minuto sentiu vontade de ficar escondida para sempre naquela caverna e deixar o homem a própria sorte,mas ela o havia envolvido nisso, ele a ajudou sem precisar, logo, quem ela seria se o deixasse morrer. Sabia que não possuía a força e nem o treinamento dele, mesmo assim optou por não deixar com que ele morresse sozinho. Sua vida sempre valeu muito pouco, ao menos agora poderia morrer com dignidade.
Pegou o punhal que o homem tinha deixado ao seu lado e correu se escondendo em meio a mata com o objetivo de resgatar o seu salvador. Perto de uma clareira, duas naves estavam pousadas, uma ela já conhecia muito bem, era a que pertencia aos homens de seu senhor, a outra, certamente deveria ser a de Jurir.
Ficou por algumas horas tremendo e imaginando como poderia agir, até que viu dois homens saírem da nave desconhecida com Jurir , o amarraram em uma árvore e  entraram novamente para dentro da nave.
Nesse momento ela tentou se aproximar e soltar Jurir, pena que ela não notou que um dos homens se aproxima dela, quando sentiu alguém puxar seu braço teve tanta raiva que puxou o punhal e cortou a mão do homem que caiu gritando. Mau o infeliz havia caído, ela investiu o punhal três vezes contra seu peito.
O barulho fez com que, tantos os homens que estavão na nave mandaloriana como três que estavam na outra saíssem correndo na direção da floresta. Brile, correu na direção oposta do corpo e subiu no alto da copa de uma árvore para se defender, as lagrimas escorriam por Jurir, mas ela não temia sua morte, ao contrário sempre a desejou.
Quando a localizaram e iam atirar ela fechou os olhos esperando por seu fim, mas ao contrário do que pensava não encontrou sua morte..
- Mas como?
- Um mandaloriano nunca esta desarmado se tem sua armadura, além do mais eu só me deixei capturar para roubar as peças que faltavam para a minha nave. Venha, desça dessa arvore agora.
Pousou com a mulher em frente aos cinco homens  que o olhavam com ar de espanto, sendo que um deles gritava de dor pelo tiro que havia levado em sua mão. Olhou para mulher, estendeu o punhal novamente e disse:
- Agora vamos acabar com tudo isso.
Lutar ao lado dele, ver ele matando aqueles canalhas enquanto ela se defendia com o punhal, estar ao lado dele, em meio aquele caos, se sentia forte como nunca. Era como se os dois fizessem uma dança magnífica, era como se fizessem amor em meio ao caos.
E foi assim que Brile descobriu que queria ser forte como aquele homem, que queria pertencer aquele homem de todas as formas que deveriam pertencer um ao outro.
Passada a batalha, com todos os homens mortos ela lhe falou:
- Me ensina a ser como você? Sei que nunca vou ter o sangue de guerreira, mas não quero sentir mais medo, quero viver esses momentos de batalha e caos que parecem que me trouxeram sentido a vida. Me deixa ser sua?
Ele olhou bem em seus olhos, pegou em suas mãos e disse:
Repita comigo:
- Mhi solus tome. 
- Mhi solus tome. 
- mhi solus dar'tome, 
- mhi solus dar'tome, 
- mhi me'dinui an, 
- mhi me'dinui an, 
- mhi ba'juri verde.
- mhi ba'juri verde.
- O que isso quer dizer, Jurir?
- Que agora você é minha mulher, nos somos um só e te levarei comigo para que possas aprender a minha cultura, conhecer meu clã e completar a cerimônia de nossa união.
E foi assim que Brile se tornou uma Shev´la, uma das espiãs mais fortes e frias do clã e uma das mais honradas guerreiras que sempre cumpria suas missões e trazia consigo troféus para oferecer aos seus filhos enquanto lhes contava histórias sobre suas missões.





 [l1]

quinta-feira, janeiro 08, 2015

Horizonte de Mim

Dedicado ao meu marido Vlademir, que me fez reaprender a gostar de mim.
Isso foi tudo o que aconteceu na minha cabeça, quando decidi te conhecer.

Dezembro de 2010....
Engraçado como a gente se acostuma com tudo, até com aquilo que não nos faz bem. Finais de ano sempre abrem minhas feridas e jogam sal em cima das minhas esperanças, porque todo ano eu escolho me renovar e por isso mesmo mato o que eu era para começar a ser o melhor que eu posso.
Voltar naquela praia e vislumbrar mais vez aquele belo horizonte, naquele local onde eu fui feliz por sete dias, esses que me roubaram anos de vida. Eu precisava daquele sol na pele, sentir minha cor morena brilhar com a alegria de se mostrar aos céus. Tinha necessidade de entrar naquele mar sentir a água salgada temperando meu corpo e levando para longe toda vergonha escondida na carne, todo o suor derramado em vão, bem como cada lágrima que agora parecia nunca ter feito parte de mim. Eu tinha necessidade de tudo aquilo, só não precisava mais de você, se é que um dia eu realmente precisei.
Alguns amores sofridos acabam na cama, outros com um até logo que teme o adeus, o meu acabava ali na praia com o gosto de algo que nunca existiu. Essa ideia que outrora me fizera chorar agora vinha como brisa aliviar o meu coração, era como se eu tivesse me livrado de uma prisão onde eu escolhi me prender.
- Acho que não importa o que aconteça, nós sempre vamos terminar juntos.
No dia em que ouvi isso de sua boca todo meu sentimento morreu, e neste instante deixei de te amar, só tua vaidade não percebeu...

Meia-noite, é Natal, recebo uma mensagem, a angustia me invade e a unica coisa que consigo pensar: - Espero que não seja ele.
E não era ele, meu coração palpitou, tentei responder, nada, sem créditos. Deitada dentro da barraca, olhando para o teto enquanto meu filho dormia pensava naquela mensagem, daquela pessoa que mal conhecia, me chamava de senhorita e me tratava como uma dama. Eu achava isso engraçado,estava tão remendada em mil pedaços , mas você não me via aos trapos, conseguia enxergar para além das minhas palavras e isso me fazia querer estar com você, me fazia querer te olhar nos olhos nem que fosse para agradecer todo o tempo perdido com alguém tão perfeitamente ferido.

 8 de Janeiro de 2011- Os dias se passaram, malas prontas é hora de partir e me despedir daquele belo lugar que um dia me fez sacrificar três anos da minha vida na esperança da repetição de sete dias que, ao teu lado, nunca chegaram. 
No caminho para casa olhava para o meu celular, relia aquela simples mensagem e tinha vontade de encontrar logo com o destinatário olhar em seus olhos e dizer: Obrigada por entrar na minha vida tão naturalmente.
Chegando em casa, liguei para você, marcado encontro para o dia seguinte, pensava em tudo que havia deixado e do qual eu consegui me livrar, agradecia por saber que estava pronta para recomeçar a viver minha vida do jeito que agora eu escolhia sem precisar pisar ou machucar ninguém, livre de alma e coração para lhe deixar entrar. Naquele noite depois de conversarmos dormi de exaustão, sonhei que sentia o toque da suas mãos nas minhas, te olhava nos olhos e com um belo sorriso dizia:

- Estou pronta, me ajuda a escrever uma história a quatro mão

segunda-feira, dezembro 15, 2014

Entre Livros


Em memória de Edson Bueno de Camargo

Onde mora a memória do poeta? Quando ele se vai podemos encontra-lo em suas letras, perdida entre livros tua essência que sempre e tão bem me encantou. Entre livros numa biblioteca a certeza de que quando a saudade apertar naquele espaço eu sempre vou lhe encontrar.
Lembro do dia em que te conheci, tinha então quinze anos e toda energia do mundo, estava triste na porta de uma biblioteca ouvindo musica numa tristeza que mal cabia em mim. Vi você se aproximando e depois que passastes por mim fiz a seguinte obsevação:
- Esse pensa que é Fernando Pessoa, com esse chápeu preto ridiculamente grande. - ri com meu amigo e voltamos a ouvir musica.
Mas foi naquele sarau que, mesmo em meio a tantas poesias, escolhestes logo a minha para elogiar. Aquele ato mudou algo dentro de mim, me envergonhei de ter pensado mau de ti, e mesmo decidida a nunca mais escrever poesias, prometi que nunca deixaria de escrever.

Quantos anos se passaram, me vejo em meio a essa biblioteca, que pode não ser a mesma em que nos conhecemos, mas ela esta repleta de você. Decorado com tuas letras, com tuas fotos, tua presença esta no toque suave da flauta transversal que faz as lágrimas chegarem aos meus olhos. Mas a lembrança de ti é sempre boa, delicada e cheia de risadas. E naquele instante em que o pano desce e leio o seu nome na porta penso e tenho em mim a nítida certeza: Não podia existir melhor homenagem em sua memória.
Olho para o chão, minha filha pequena beija tua foto e aponta para o avô que ela sempre vai se lembrar, ergo os olhos e pela janela entram os últimos raios do sol, mais um belo por do sol na cidade de sua vida e coração, os raios iluminam teu nome na porta e uma felicidade aos poucos invade meu coração ainda triste por tua ausência, pois entre esses livros sinto tua presença e por esses caminhos mais uma vez a promessa de nunca parar de escrever, pois assim sempre estaremos juntos no meio de um sarau repleto de musica, poesia e palavras bonitas.
Obrigada por ter feito parte da história de minha vida.



terça-feira, outubro 28, 2014

Ao Que Rema



 Em memória de Edson Bueno de Camargo

Através da palavra eternizada, do ideal semeado, da fé na luta que nunca acaba, podemos dar fim a uma jornada, e mesmo assim continuarmos vivos.
Um dia nos encontraremos do outro lado desse rio.

Honro a memória de quem, por amizade, me fez encontrar minha felicidade. Que os Deuses do Norte te recebam em teus braços, meu caro amigo e poeta.

quinta-feira, setembro 04, 2014

O Dia em que Beijei Outra Mulher

Não me envergonho, admito, beijei mesmo ela e não tinha como ser diferente, ela me encantava de tal maneira que só dizer o quanto gostava dela não seria o suficiente.
Ela me encanta de tantas formas, que eu não podia deixar de demonstrar o quanto a queria sempre perto de mim. Seus olhos sempre encantadoramente claros e sinceros, sua boca delicada, dona do sorriso mais lindo que já vi na minha vida, cabelos negros como a noite mais bonita de luar. Como eu poderia ao menos, não pensar, na hipótese de lhe beijar?
Além de toda sua beleza, havia também a louca admiração que eu sentia por aquela mulher que era tão guerreira e tão simples em seus atos, meu encanto por ela, ao longo dos anos em que a conheci foram gradualmente aumentando como sempre acontece nos grandes casos de amor a primeira vista. Por ela eu era platônica, romântica, exageradamente apaixonada. Como não encontrar em seus braços a calma e paz que eu precisava em horas de aflição. Como não desejar beija-la quando tudo o que ela fazia era me encantar, dia após dia, me levando a admira-la e seguir como exemplo de força e vida. Aquela encantadora mulher-menina não podia ter nada além do meu amor. foi por isso que no dia do seu aniversário, fui ao seu encontro, bati em sua porta, ela me sorrio tão lindamente que não pude me conter e foi nesse momento, tão docemente que a beijei...
Um beijo de amor no rosto de minha mãe, a mulher mais encantadora que já fez parte da minha vida, desde os meus tempos de menina, até os dias de hoje como mulher, tudo o que posso fazer é aplaudi-la de pé, por ser tão simplesmente a pessoa que ela é: MINHA MÂE.


terça-feira, agosto 26, 2014

Primeiro Ano

Foto: Cecília Camargo

Hoje acordei com vontade de celebrar, afinal, há um ano atrás, nos casamos pela vontade dos nossos corações, pois essa é a união mais importante antes dos homens ou qualquer Deus em que se possa crer.
Ganhava um novo filho, casa, obrigações, rotina, vida.
Hoje tenho um casa modesta onde posso guardar e dividir meus livros, um quarto pequeno de espaço e repleto de amor, brinquedos espalhados por todos os cômodos, filmes que nos fazem querer passar a tarde abraçados no sofá.
Tenho companhia para tomar um bom chá, e por mais pesado que seja o dia e nossas rotinas, a noite sempre a mesma declaração de amor é dita ao pé do ouvido e a tua presença ao meu lado que salva m,alma da solidão noturna a qual estava acostumada.
Da minha janela consigo ver o pôr do sol mais lindo e por todas as tarde, enquanto vejo a noite chegar em mim mora  a mesma certeza de que se um dia tivesse que escolher uma nova companhia, por mil vezes escolheria você.
Com você me caso quantas vezes for preciso, no cartório ou na igreja, não importa se celebrada em português, klingon ou mando'a. A certeza é que não me canso de te amar e de declarar ao mundo que ao seu lado sou uma pessoa muito melhor. Pois minha vida começou a existir desde o dia em que, timido, você se despediu de mim no meu portão, deixando um pequeno presente, levando consigo meu coração.

" ...juntos, eu e você , criaremos guerreiros", que serão fortes, pois serão criados sabendo o que é o amor.

sexta-feira, junho 27, 2014

Intimidade Feminina

Porque quando te vejo sempre penso: por que gosto tanto assim de ti?
Deve ser porque quando olho pra você consigo me enxergar. E como se olhar num espelho gigantesco com vários tons de dor e um pingo de tinta clara no fundo que esconde toa a essência e beleza que nunca vão roubar de nós.
Creio que o segredo a vida não está apenas em dividir alegrias, antes esta na capacidade de se superar e ser feliz. Quantas noites não choramos sozinhas ansiosas por um abraço de compreensão e ternura para nos acalentar, não tendo a esperança e doçura e culpar as estrelas por nossos erros de perdição e que foram propriamente nossos.
Nascemos com a maldição de, ousadamente sermos mulheres, tivemos caminhos difíceis por causa do desejo alheio que via em nossos traços delicados um mundo de prazeres. Entendo seu sofrimento, pois quando me olho no espelho sempre tenho vontade de chorar por saber que meus olhos nunca mais vão ser tão brilhantes com foram outrora.
Dizem que roubo e um crime grave, então porque sofremos tanto ao longo da vida com o roubo de nossas escolhas? Quando vamos parar de tão prematuramente iniciarmos nossa vida sexual achando que escolhemos, quando nos escolhem por termos corpos mais firmes e desejáveis? Quando podemos agradecer uma pessoa que nos ache somente bonita, se, por vezes, por trás do elogio se esconde a idéia de que não precisamos estudar, trabalhar, viver, se podemos apenas nos casar mais facilmente encontrando assim a felicidade.
Queria muito abraçar você e lhe dizer: Te amo, porque você existe e tem coragem para acreditar em dias claros. Deixando todo o conceito de gênero de lado, pois o amor costuma ser maior que isso, bem como costuma ter várias faces. O que lhe tenho sempre será terno e fraterno,como aquele dividido por irmãos.
Espero ver a cada novo dia, teus olhos brilharem encobrindo o estigma dos tantos traumas que a vida resolveu nos dar. Divido com você a minha dor, tocando na tua feridas só para lhe mostrar que na vida não estás sozinha, pois somos muitas, milhares de vozes femininas que tentaram roubar, mas com força conseguimos nos levantar do nosso leito de meninas para renascermos fortes e mulheres. Dessas que todos os homens desejam, mas poucos merecem ter.
Não se esqueça, eu amo você, pois em ti vejo muito de mim.

Após terminar de escrever a carta, Clarice, lacrou o envelope, lacrou e endereçou a sua amiga, Luiza, pois no fundo sabia que ela tinha algo que a incomodava e ela precisava falar, talvez para esquecer ou somente se livrar a culpa. Ela mesma vem sabia o que era ter pesadelos noturnos, e como não acreditava na máxima de que todas mulheres são inimigas, resolveu se abrir a amiga para ajuda-la a não sofrer o mesmo tempo que ela .
Colocou a carta na cômoda, abriu a janela e deixou o sol entrar, desejando do fundo do coração mais dias claros por vir e muitos motivos para sempre sorrir.

quinta-feira, fevereiro 06, 2014

Retalhos I

Sentiu que estava sendo observado, caminhou ate a janela para fe.char as cortinas,  som da mulher que chorava e chamava por sua mãe era perturbador , ter vontade de gritar com ela, mas desistiu e caminhou para janela. Foi quando se deparou com o seu o seu observador e por um segundo os dois se olharam fixamente.
O que será que essa porra pensa?
Mas cedo, naquele mesmo dia o homem do lado de fora descobria como acontecia a morte de um grande amor.

- Querido, esta doendo demais essa mordida, quando o Paulinho se acalmar temos que levar ele no psicólogo. Sabia que ficaria triste OM a morte do seu cachorro, mas não imaginava essa reação.
- Depois pensamos nele, agora minha preocupação e você, amor. Ele esta e vai ficar bem.
A sala de espera do pronto atendimento estava lotada, sentados de frente para o  casal estavam um casal de idosos, a senhora tinha tanto carinho por seu marido que era bonito de se ver.
- Quero envelhecer ao teu lado desse jeito, amor. Tão bonito carinho assim, mesmo depois de anos juntos.
- Vou te amar pra sempre, querida, sempre.
O homem se aproximou da mulher para beijar ela, quando de repente  o senhor que estava sentado na frente deles caiu ao chão, espumando pela boca. Enquanto sua esposa corria atrás de um médico, o jovem casal se levantou na tentativa de ajudar o senhor idoso. A moça colocou seu ouvido bem perto do coração do senhor e foi nesse exato momento que ele acordou e começou a morder como um animal o pescoço da moca que olhava para o seu marido pedindo socorro enquanto gritava de dor.
O medo paralisou o moço que observou em choque a morte de sua amada. Só recobrou os sentidos quando viu o corpo da mulher cair sem vida no chão enquanto a senhora voltava com o médico que como ela ficou horrorizado ao ver o senhor debruçado sobre o corpo da moça arrancando pedaços de sua pele e carne.
- Corram, ele está louco.
O moço, o médico e a senhora começaram a correr  em busca de uma saída daquele inferno. Enquanto a senhora tentava correr o mais rápido possível, chorava pensando em como quarenta anos de casamento tinham terminado daquela maneira. O moço só pensava na sua covardia diante do sacrifício de sua jovem esposa e, por um instante se lembrou de seu pequeno filho, será que ele estava bem?
Saindo do hospital encontraram um caos imenso, pessoas se jogavam das janelas por desespero, e isso acontecia em todos os prédios ao redor.
O moço abandona o médico e a senhora e sai correndo em direção a sua casa que fica a três quadras do hospital. Chega com certa dificuldade, sempre desviando dos monstros que atacam os pedestres. Ao abrir o portão de casa não ouve barulho algum, caminha até o canto da garagem e pega um martelo na caixa de ferramentas, abre a porta da sala e vê seu filho parado em frente a televisão,  e quando pensa em respirar aliviado vê que seu filho não esta assistindo, ele come uma mão humana que, pelo anel, pertencia a sua tia. Horrorizado ele caminha sem fazer barulho  em direção ao menino e quando vai martelar sua cabeça e surpreendido pela rapidez da criança que vira e lhe da uma mordida na mão. Mesmo com essa surpresa ele consegue golpear o menino que cai sem vida ao chão.
Tudo terminado ele se senta no chão da sala e começa a chorar desesperado enquanto a dor toma conta de seu corpo. Chora até seus olhos adquirirem uma cor de leite e toda vida e racionalidade desaparecer. Assim ele caminha na direção da rua vagando em busca de carne humana para saciar sua fome voraz.
Chegando ao final de uma rua de um bairro simples vê um homem dentro de um casa e só consegue pensar em como poderia se aproximar mais para alimentar se com sua carne.

Enquanto isso, o homem fecha as cortinas e volta a se irritar o a mulher em choque e com a situação bizarra na qual se encontra.
O que vai acontecer? Quem nesse mundo há de saber?

quarta-feira, janeiro 16, 2013

Ser ou não ser Feliz?


A minha amiga Priscila Zanetti  

Caminhava apresadamente pela rua com ar de quem estava atrasada demais para tentar admirar qualquer paisagem pelo caminho. Naquela manhã sentia como se estivesse com a vida vazia de sentindo, lembrando-se da hora em que se olhou no espelho e viu apenas a imagem vaga de um ser perdido em meio a uma antiga fotografia de tempos atrás. Sabia que não era mais a mesma, mas ao mesmo tempo sentia-se mau por não saber quem realmente agora era.
- Será que não sou mais que uma recordação?
Pensou cismando consigo mesma em busca de uma resposta pertinente, afinal, como todo ser humano desejava ser feliz, mas não sabia onde poderia ir para começar a buscar sua felicidade. 
-Vou me dar ao luxo de ser infeliz, talvez isso me traga mais felicidade.
De fato, naquela manhã caminhando sozinha sentia que poderia se dar ao luxo de ser infeliz, afinal, felicidade é um conceito vendido em comerciais de margarina e ela era uma pessoa real demais para se distrair com tudo aquilo. 
Esse louco pensamento fez com que uma paz surpreendentemente grande tomasse conta de todo o seu ser, e quando estava se aproximando do parque Trianon-Masp  e começou a chover, ao contrário dos outros visitantes não correu, deixou que os pingos molhassem seu corpo, revelando aos poucos os contornos de se corpo que, molhado, parecia mais seu do que nunca. A sensualidade do momento não dividido, a liberdade de poder se sentir infeliz, fez com que num piscar de olhos borboletas voassem em seu estômago e a fizessem sentir um sentimento tão puro, tão intenso que podia se aproximar do que parecia ser a tão procurada felicidade.
- Então estar feliz é isso, apenas se permitir não buscar pela felicidade?
Sorriu para si mesma e continuou a caminhar por entre as árvores do parque, desde aquele momento com uma unica certeza em si : Para se conhecer, primeiro precisamos nos perder para num gesto simples podermos encontrar, os fragmentos dessa tal felicidade pela qual todos aprendemos a lutar.

Ser feliz é uma consequência, não uma solução.
Crescer é um caminho longo demais que pode ser percorrido ao longo de toda uma vida, com grandes chances de morrermos ainda criancinhas.

quinta-feira, janeiro 10, 2013

Pra Sorrir


Ao meu companheiro Vlademir Dorigon da Silva. 
Um amor pra toda vida.


Uma mensagem... A espera que pareceu eterna... A resposta... A promessa... Um encontro...
Foi assim que no momento em que finalmente te conheci só pude sorrir e me entregar a um primeiro beijo seguido de uma grande felicidade no caminho de volta para casa. E foi assim que finalmente eu te conheci. Contista de histórias mórbidas, dei inicio a uma bela e longa história que ao invés de lágrimas sempre trazia sorrisos no final.
De que me adiantaria tantas conquistas solitárias sem ter ninguém com quem compartilhar minhas pequenas vitórias?
Que sentido teriam os dias sem ter alguém com quem conversar nos finais de noite?
O que esperar do futuro se não tivesse ninguém para estar no final ao meu lado para aproveitar as maravilhas de uma vida tranquila?
Hoje  sinto orgulho da bela história que conseguimos escrever nos últimos 730 dias que estivemos juntos, uma história que me permite visualizar um longo futuro ao seu lado, pois a medida que o tempo passa meu amor por ti só aumenta fazendo com que o meu desejo de ficar ao seu lado só aumente e me faça todos os dias quando lhe vejo, quando acordo pela madrugada e posso te ver ao meu lado, ou mesmo quando você vem ao meu pensamento , eu nunca deixe de relembrar aquele instante de nervosismo depois do primeiro beijo quando finalmente ao te olhar eu pude sorrir francamente, um sorriso que estava preso no fundo da minha alma e que queria dizer que a partir daquele momento eu seria apenas, e somente de você.
Que o nosso amor não tenha data, nem tempo para durar, pois sentimentos podem se estender ao longo de toda uma vida, por isso empresto ao nosso amor a eternidade das minhas palavras que vão durar mesmo quando eu não estiver mais nesta terra. Te empresto meu ventre que vai fazer nascer o fruto de um amor que um dia vai se multiplicar levando para sempre, nas feições de um pequeno ser tudo o que de mais bonito há em nós.
TE AMO como tenho que te amar: EM TODOS OS DIAS DA MINHA VIDA.

sexta-feira, junho 15, 2012

Para te perdoar


Para te perdoar tive primeiro que te odiar, tamanha foi a dor que me causou. Contudo tanto tempo já se passou, tanto a vida me mudou que passei a questionar se realmente valia a pena te odiar só para não lhe dar o gosto da desculpa, que por fim nunca alivia o coração de quem foi machucado, apenas redime a alma de quem o machucou para que esse possa se livrar da culpa e dor.
A amargura quase fez meu coração se fechar e só depois de encontrar alguém que eu pudesse novamente amar e que me ensinasse qual o gosto de ser amada, consegui olhar para o passado e perceber que entre os nossos tantos erros um dos grandes foi manter essa estranha e louca cresça de que um dia irias crescer. Hoje sei que nunca vai ser tão grande como eu te idealizei, pois nunca chegara aos pés dos teus sonhos que de tão bonitos se misturaram a você e fizeram com que seu eu real se desmanchasse em frente a mim.
Todas as lágrimas que um dia derramei por ti, todas essas letras que mesmo a mim direcionadas sempre foram tão suas, tudo tentava me dizer que você nunca iria me entender, muito menos me pertencer, afinal, nunca fui um dos teus sonhos, apenas uma inconveniente verdade a te atormentar.
Hoje sei que te perdoei como não havia de ser diferente, uma das minhas maiores virtudes é a minha honra com as palavras e isso me fez, depois de anos de ódio, lembrar que um dia prometi lhe ajudar, por isso hoje ao te perdoar cumpro em definitivo minha promessa, me livro de todos os sentimentos ruins ligados a você, me dando ao luxo da indiferença com tudo o que aconteceu, pois sempre fui de esperar pelo o que virá, nunca por tudo que se foi.
Espero que seja feliz, que com o meu perdão possa reencontrar um pouco de paz a um espirito ainda tão confuso, mas que busca progredir.
Deixei de acreditar em ti para que você mesmo possa começar a acreditar em você, não espero sua amizade, não espero nada de ti. Apenas te desejo vida e uma estrada nova cheia de novos sonhos, que espero, que sejam todos possíveis de se realizar.


sexta-feira, dezembro 09, 2011

Você

(Fonte:Google Imagens)

Quase um ano, o inicio de uma vida que não posso viver sozinha. Intenso como os primeiros dias da maternidade é o nascimento do amor verdadeiro, esse que chega sem pedir licença,pedindo ao nosso coração paciência, pois cada segundo sempre vai valer a pena.
Não somos raros, nem superficiais, não nos idealizamos, apenas nos aceitamos e tentamos aproveitar cada segundo de nossas vidas para que o caminho possa valer a pena e não nos maltratar.
Quando estou em seus braços só consigo desejar que os segundos se congelem para eu poder ficar, sempre quente junto a ti, pois tua força me traz paz e meu desejo toda ternura guardada há tempos dentro de mim. Cada gesto, cada toque, uma nova certeza, um querer ficar, imortalizado nos segundos em que posso esquecer de tudo e me concentrar em ser apenas sua e lhe sentir sempre meu.
Bom saber da sua existência, bom sentir tua presença, que mesmo longe sempre esta comigo, pois não se separa o corpo do coração.
Deixe o tempo passar, enquanto eu conto as horas, agradecendo pelos segundos e por tudo que passei, pois dentre as poucas certezas agora sei que toda dor passada foi necessária para que minha alma pudesse merecer tua presença na minha vida.
Longe de ti, choro, mas a tristeza não é por sentir dor, antes e por sentir o calor de um sentimento bonito que cada dia mais cresce em mim e me faz querer ser mais eu, por ser também você.

AO MEU QUERIDO VLADEMIR DORIGON, COMANDANTE DO MEU CORAÇÃO. rs

segunda-feira, setembro 19, 2011

Minha Sorte


"Se eu sentir frio,eu fico acordado, fico ao seu lado até não ter vento,
folhas jogadas, minhas pegadas, vão caminhando até você.."
(Frio - Monique Kessous)

Mas o que é a sorte, afinal? A minha sorte foi me deixar perder, para só assim te conhecer e poder me encontrar.
Tenho a sorte de um amor tranquilo pela manhã, intenso na solidão dos teus braços, um sentimento seguro que me dá chão quando me sinto cansada demais com as exigências da vida que corre como se não existisse o amanhã. Desde que te conheci, vivo assim, contando os dias para que as horas logo se passem e eu possa te encontrar, seja para bater um papo ou simplesmente ficar em teus braços, cada dia mais vou entendendo que o importante é simplesmente estar junto de ti, e quando os compromissos não deixam, mesmo assim posso te sentir em mim, no meio do apressado dos meus passos.
Para alguns a sorte é dinheiro, para outros o prazer, há os que acreditam no poder dos títulos e outros que a sorte é sofrer, pois assim tornam-se fortes para poder amadurecer. A minha sorte foi me atirar de cabeça na vida, saindo do fundo e me erguendo ao mais alto do meu ser só para poder enxergar, que na vida não há topo que se possa alcançar sozinho, sem a companhia de alguém que torne nossa vida especial.
Meu amuleto, meu trevo de quatro folhas, o vento que brinca com meus cabelos e me faz sorrir, tudo encontro agora em mim e no mundo de possibilidades que só seu amor de verdade foi capaz de me trazer, fazendo com que eu aprendesse que o amor não tem que ser tormenta para se sentir, antes é algo que nos traz paz e nos faz feliz só pelo simples fato de ser simplesmente amor.


segunda-feira, agosto 29, 2011

O Livro

Á Graça Graúna

Ganhei um livro...

Mais um amontoado de palavras ao longo de várias páginas para minha coleção. Ele cheira a novo, novidade, ele agora faz parte daquela beleza escondida que eu consigo enxergar na minha estante a todo instante em que resolvo me entregar a um novo mundo que as páginas dos livros sempre me trouxeram.

Sou agora sorriso, alegria, emoção, afinal, um livro é sempre uma passagem só de ida em busca do conhecimento. Além disso, eles sempre serão parte do que sou e do que me faz sentir feliz.

Ele tem cheiro de novo, não de fumaça, ele é quente de carinho e não de fogo, um simples livro vem me traze o reinício de uma biblioteca repleta de sonhos que um dia perdi. Nela tinham livros já lidos, alguns não visitados, em meio a eles tantos trabalhos que na infância escrevi. Eram dicionários, livros de literatura, religiosos, sociológicos, de poemas, infantis, cartilhas, cartas. Eram livros dados, roubados, comprados, eram todos meus e agora não são mais nada além de poeira e carvão.

Quando ganhei um livro e fui chamada de forte, senti as lágrimas dentro de mim com uma forte vontade de sair, lembrei do primeiro livro que consegui ler, daqueles que ganhei e gostava da capa, dos que me emocionaram, dos que me entediaram, de todos que meus olhos e mãos já tocaram. No momento em que fui chamada de forte, sentia-me tão fraca, com uma fraqueza própria da criança que ganha um presente a muito esperado.

Ganhei um livro, ganhei meu primeiro brinquedo, ganhei o recomeço de uma biblioteca de sonhos que num dia triste perdi, mas que a vida irá me trazer novamente, exemplar por exemplar, pois tenho a vida inteira para empilhar meus sonhos numa estante que será doada um dia, como herança de histórias para o meu filho.

Ganhei um livro e com ele um motivo para sorrir, sempre.

segunda-feira, maio 09, 2011

Estar



Acordar, trabalhar, estudar, cumprir a agenda do dia, tudo parece menos monotóno e cansativo quando você começa a contar os dias que faltam até o próximo encontro.
Estar apaixonada e não se sentir sozinha, mesmo quando distante, é uma das melhores sensações da vida. É como sentir que tudo, até a lágrima mais dolorida, valeu a pena, pois me preparou para que eu pudesse aceitar toda a beleza que estava por surgir na minha vida
Não precisar mais chorar, ganhar um abraço, terminar uma noite rindo e não indiferente e calada no escuro, poder se olhar no espelho sem se sentir nojenta e cansada... Tudo isso me faz tão bem que começo a pensar que antes eu não estava neste mundo, eu vivia por viver, contando as horas para que mais um dia acabasse e fosse menos um de dor na minha vida.

Começo a pensar que agora eu estou... Estou no mundo e para o mundo começo a ser mais eu para conseguir ser um pouco de você.

Antes eu estava pela metade e ainda me dividia em mil fragmentos para poder fazer a vida andar com passos mais ligeiros enganando a solidão pela falta de tempo vago. Hoje me sinto inteira pela certeza de me saber metade que se sente inteira apenas ao teu lado, apenas em seus braços.

Ser sua plena e totalmente me faz perceber que antes de te conhecer eu era no mundo, agora eu estou nesse mundo com a missão de lhe fazer sentir a mesma alegria e prazer que sinto ao estar com você


A Vlademir Dorigon, que a quatro meses consegue me fazer a cada dia uma mulher mais feliz. Te Amo.