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segunda-feira, dezembro 29, 2008

O Ano das Viagens e Mudanças

Comecei o ano de 2008 em outro estado, Curitiba, foram, então, minhas primeiras férias em familia, ou pelo menos foi o lugar onde eu me senti mais mãe. Me encantei com a cidade, dei boas risadas da má sorte da minha família turista, passei fome, comi em boteco. mas não poderia ter me sentido melhor, não fosse o desanimo pelo trabalho que me cansava e pelo fato do meu filho só querer andar no meu colo.
Esse, foi também o ano das metas a serem alcançadas, o ano em que eu mais lutei para evoluir em meus objetivos, mas tãmbém foi o ano em que eu, pela primeira vez na vida, fiquei de DP na faculdade, tudo bem, nem tudo são flores na vida.
Foi também o ano onde eu realizei um antigo sonho, o de publicar algum de meus escritos, no dia 31/05 chorei de alegria a noite em meu quarto, folheando as páginas da antologia ENTRELINHAS, onde podia ver meu nome até mesmo na capa. Também foi o ano em que fui convidada pelo Professor Sergio Simka para participar de mais um livro o CONTOS PARA SE LER NA UNIVERSIDADE, esse me causou uma emoção maior, pois foi a primeira vez onde eu decidi não deixar minhas homenagens somente nas entrelinhas e dediquei minhas letras a alguém.
Também foi o ano onde meu filho conheceu seus bisavós da Bahia, essa viagem foi extremamente importante, pois se a que fui até Curitiba me fez sentir-me parte de uma familia que estava começando, esta teve um gosto de certeza de que família era o que eu queria para mim e para o meu filho. Eu precisei viajar para outro estado para descobrir que eu já não era a mesma menina de antes, nem a que roubava goiabas e muito menos a que ficava na praça paquerando os moços bonitos. Agora eu me sentia mais segura comigo mesmo, não chorava por perder festas, pois estava com o meu filho e é isso o que me importava.
Voltando para casa decidi passar um tempo com o meu querido companheiro, pena que fui estendendo esse tempo demais, mesmo tendo ficado desanimada com o que minha ausência tinha despertado nele. Creio que errei feio por pensar que poderia arrastar uma situação somente porque eu me sentia preparada. É, também fui muito egoista, principalmente com o meu filho e com a minha família.
Na faculdade fortaleci minhas amizades antigas e fiz novas, consegui enxergar em pessoas que me pareciam distantes anteriormente algo magnifico: Novas amigas com que poderia contar nas horas mais dificeis.
No campo profissional não poderia ter sido mais feliz, vivênciei experiências fabulosas que me fizeram crescer, compartilhei momentos magnificos com pessoas adoráveis. Vi meu trabalho fazendo a diferença de um jeito magnifico em crianças que todos julgavam sem chance.
Entrei num grupo de estudos que tenho certeza que me ajudará muito no futuro, comecei meu curso de inglês, mas creio que terei que retoma-lo com mais determinação depois.
Por fim, perdi algo muito impotante, meu amor, tudo ocorreu de um jeito tão egoista e frio que não tinha outro remédio senão cair em profunda tristeza e dor no espirito.

Começei o ano em outro estado e terminarei ele em outro, dessa vez novamente na Bahia, procurando sossego para o que me aguarda, calma e serenidade para enfrentar esse ultimo sonho perdido: o de ter um família com duas pessoas e um filho.
Nem sempre as coisas saem do jeito que queremos, mesmo assim não posso dizer que esse ano foi ruim, afinal, no meu lado particular fiz muitas conquistas, só espero ter a mesma força para conseguir aceitar a vida com suas mudanças inevitavéis.Mesmo assim, cada passo, sentimento, ação valeram a pena, nunca pensarei o contrário.

Desse ano guardo meu crescimento pessoal e a subida em mais um degrau rumo ao topo dessa escada sem fim chamada vida.

terça-feira, dezembro 16, 2008

Tempos

Houve um tempo onde eu me orgulhava dos meus cabelos longos
OS CORTEI
Houve um tempo onde eu achava que meus olhos eram puros
CHOREI
Houve um tempo onde meu sorriso era o gesto mais marcante do meu rosto
PAREI
Houve um tempo onde eu tive medo
CRESCI
Houve um tempo em que eu adimirava a Lua
AMANHECEU
Houve um tempo em que eu amei sem limites
PASSOU....

Hoje os tempos são outros, não há mais espaço para cabelos compridos, olhos puros, sorrisos, medos, adimirações ou falta de limites.
Estamos vivendo no tempo do crescimento, no tempo onde pessoas são sozinhas por não conseguirem se entregar a outros, mostrando a todos não somente seus defeitos, como suas qualidades.
Vivemos no tempo das paredes sexuais, onde só nos enconstamos por um unico objetivo: cumprir com as necessidades corporais, nada além. Sentimentalismo mata qualquer tesão, por isso todos fecham bem os olhos e cumprem seu sagrado dever.

È, os tempos são modernos, insanos, e eu vou me adaptando a este mundo como posso e apesar de tudo nunca vou deixar de viver a intensidade das coisas, pois o mundo pode ser desumano, mais eu não abro mão da minha essência.

quarta-feira, dezembro 10, 2008

Loucura Particular

Nunca acreditei na felicidade plena e bela, por isso vivi muito tempo me apegando a pequenos momentos felizes que valeram a pena.
Nunca acreditei na completa liberdade, pois somos presos por natureza, nem que seja a nossos próprios ideais estamos presos e não podemos fugir.
Fico observando as pessoas que passam por mim e fico feliz de saber que alguma marca deixo nelas. Bondade em excesso? Creio que seja coragem o suficiente de ser o que sou idependente do espaço onde eu me encontre.

Esses livros todos que nos cercam são tão belos,pois não nos pertencem, são pensamentos alheios, sonhos de outros, por isso parecem tão mais bonitos. Já lemos tantos livros e continuamos a ser a pior espécie de ignorantes, aqueles que julgam que sabem mais que os outros.
Sempre conversei com as pessoas mais simples, não por me ver maior ao lado delas, apenas por estas conservarem uma beleza tão pura que eu jamais voltarei a ter em mim. A gente sempre evolui, mas as vezes em direção oposta aos nossos desejos.

Quanto a morte... não gosto de falar no fenomeno em si, sei que é algo que acontecerá um dia e não preciso ficar criando metáforas para lhe propriciar beleza, ela vem, ela vai, assim como muitas coisas na nossa vida.

Quando digo que estou morta é porque uma parte da minha vida foi encerrada e outra há de vir. O que me aguarda no futuro? Não sei, se soubesse não seria futuro.

quinta-feira, dezembro 04, 2008

SÓ - Oswaldo Montenegro

Vontade de ser sozinho
Sem grilo do que passou
taça do mesmo vinho
Sem brinde mas por favor
Não é que eu não tenha amigos, não
Não é que eu não dê valor
Mas hoje é preciso a solidão
Em nome do que acabou

Vontade de ser sozinho
Mas por uma causa sã
Trocar o calor do ninho
Pelo frio da manhã
Valeu a orquestra se valeu
Agora é flauta de Pã
Hojé é preciso a solidão
Com a benção do Deus Tupã, ô menina
E a quem perguntar quando o vento sopra
Responda que já soprou
Mas o vento não traz resposta Acabou

DA flecha que passa rente
Cantor implorando um bis
cara que sempre mente
A feia que quer ser miss
Gaivota voando sob o céu
A letra que eu nunca fiz
Tudo é a mesma solidão
Mas dá pra se ser feliz, ô menina

E a quem perguntar quando o vento sopra
Responda que já soprou
Mas o vento não traz resposta
Acabou
E todo mundo é sozinho
ai de quem pensar que não
A moça com seu vizinho
Soldado com capitão
E resta a quem tá sem seu amor
Amar sua solidão

Hoje é preciso um uivo
De lobo na escuridão, ô menina
E a quem perguntar quando o vento sopra
Responda que já soprou
O vento não traz resposta
AcabouA
a quem perguntar quando o vento sopra
Responda que já soprou

quarta-feira, dezembro 03, 2008

LOST CAUSE

Sabes, eu tive um sonho...
Sonhei que teria um final onde pudessemos rir ao invez de chorar,
Sonhei com dificuldades que nos fariam perceber o quanto somos importantes um para o outro,
Acreditei na possibilidade de me transformar em um unico ser unindo-me a você.
De fato pensei que minhas letras poderiam ter sentindo, fazer sentido a mais alguém além de mim.
Queria envelhecer com dignidade ao lado de alguém que pudesse olhar cada marca do meu rosto e saber que em cada uma delas existia uma história de esforço compartilhado.
Mesmo em tempos de maior crise, acreditei nos pequenos momentos de futilidade, onde a gente se sente tonto, até mesmo imbecil por fazer tal coisa, sem saber de como essas coisas são profundamente importantes e significtivas.
Acreditei em milhares de letras desconexas, em tantos fundos de poços com a esperança de que eles nos levassem para cima, além da nossa compreensão.
Mas de fato, você não pertence a esse mundo e eu sou uma flor amarela e simples demais para se arrastar por ai.
Meu erro foi entregar-me de um modo tão completo e verdadeiro, agora sinto-me extremamente cansada, perdida, morta...

Lembro-me de um canção antiga, de fato, sinto que perdi as causas pelas quais lutei, sinto que esta doendo de uma forma que eu jamais esperei, mesmo tendo sido feita pra sentir dor.

http://www.youtube.com/watch?v=0GNcpuQePPA

segunda-feira, dezembro 01, 2008

No Parque

Sozinha como a muito tempo não me declarava, uma sensação estranha no estomâgo, seria a falta de comida? Provavelmente, quando o espirito se cansa o corpo responde e o meu no momento grita.

Mas o fato é que sentada ali, sozinha adimirando as pessoas, as águas das fontes que sempre são as mesmas mais se renovam, buscava encontrar forças para seguir.

O que me espera em casa?

Coisas novas, pois eu já não sou a mesma de ontem e amanhã não serei a mesma de hoje, essa é a vida a prosseguir.

Comendo uma açai (coisa banal), senti o gosto da sua saliva. Seria saudade?

Talvez, o costume unido ao desejo de não guardar rancor. Sou melhor que você? Não, apenas diferente, assim como a menina que faz pose para foto é um outro ser totalmente oposto a mim.

O que ficou de mim nesse final absurdo, se bem que tudo foi estranhamente absurdo, como poderia esperar um fim relativamente normal?

A luz do sol me deixa tonta, sinto meu corpo numa fraqueza impar. Naquela tarde me entregei a morte e vou seguir com a minha vida.

Caminho em direção ao ponto de ônibus para que possa conseguir chegar ao trabalho, na lata de lixo, junto com o pote jogo meu coração, já não precisarei dele para seguir.

Naquele parque morri dentro de mim.