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sábado, outubro 09, 2010

Sem Bandeiras

Manhã de sábado de um pré feriado, 185 jovens militantes de esquerda e representantes de vários sindicatos se reunem em um espaço para discutir as teorias de Marx. Em que ano estamos? 2010.
Sim, em pleno século vinte e um, marcados pela intensa globalização e crises ideológicas, jovens se reunem para discutir teorias socialistas, o que não deixa de ser irônico visto que estamos tão mergulhados e presos aos modelos capitalistas que qualquer discussão fora desse modelo de pensamento parece ser ultrapassado ou mesmo ilusório.
A sala onde acotneceu a reunião estava enfeitada com muitas bandeiras, entre o seleto grupo militantes do MST, representantes do Sindicato dos Bancários, Engenheiros, Funcionários Publicos, Representantes Educafro, movimentos negros, ONGS e até mesmo a ilustre presença de alguns representantes da torcida organizada Gaviões da Fiel. Todos em perfeita harmonia e silencio a procura de conhecimento e respeito entre si e suas diferenças ideológicas.
Porque um encontro desse teve tanta importância? Simples, a esquerda do nosso país tem sido um tanto mal interpretada desde tempos mais antigos, pois em seu meio existem tantas interpretações e ideologias diferentes que acabam fazendo com que pessoas que lutam pelos mesmo principios não vivam em harmonia entre si.
O dia do encontro foi um dia mágico, e apesar do frio e cansaço pude sentir em mim o orgulho de quem acredita que através da educação possamos encontrar o verdadeiro caminho para a construção de uma sociedade mais justa e verdadeiramente democrática.

Entre essas bandeiras qual é a que eu defendo? Sinceramente, nenhuma. Sou apenas uma jovem educadora que acredita que através da educação é possivel mudar o mundo. Simpatizo com os ideais de esquerda justamente por eles estarem mais proximos da minha realidade e a de tantos outros brasileiros e creio que no meio de tantas bandeiras, prefiro levantar nas mãos uma rosa vermelha e pedir a todos dialógo para que possamos caminhar rumo a paz.

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