Convido todos para adentrar neste meu UNIVERSO PARALELO, repleto de fantasias reais e realidades encantadas.
Páginas
sexta-feira, agosto 27, 2010
O Enigma do Guarda-Roupa
quarta-feira, agosto 25, 2010
Local de Passagem
segunda-feira, agosto 23, 2010
O que Sentir?
Dentro de mim guardo um sentimento tão forte e bonito que quando transformado em letras toca a alma de muitos, mas quando verdade assusta e afasta por tamanha intensidade. Mesmo assim não desisto de sentir e não me entrego facilmente somente ao desejo, porque nem sempre o que o corpo pede é o que a alma busca e a vida já me fez muito madura para eu perceber que todo desejo é passageiro quando não existe sentimentos.
Vejo os dias se passando,enquanto meu lado permanece vazio de parceiro, mas repleto de outros sentimentos e formas de amor. Minha solidão me faz forte, pelo fato de não ser completa, ao meu lado pessoas que torcem e esperam que eu seja forte, me lembrando o tempo todo que eu não posso chorar. Não choro, nem me desespero, apenas vivo e sigo acreditando que primeiro devo sentir em meus pés a poeira da minha estrada, para só depois poder com orgulho descansar num banco contando a minha história para quem estiver disposto a ouvir.
Não, a solidão não me desespera, prefiro senti-la ao ouvir uma bela canção tocando no rádio enquanto estou em minha casa sozinha a limpar a cozinha, do que dividir momentos de dor com uma pessoa que permanece ao meu lado somente para sentir que nãoe sta fisicamente sozinha. Quantos casais válidos existem que tentam sempre enxergar beleza no que não existe mais?
Deveria temer mais a solidão, mas o fato é que hoje posso ouvir canções de amor tendo a certeza de que se um dia eu realmente me entregar será a uma pessoa que vai saber me amar sem temer a força de tudo de belo que guardo aqui, dentro de mim.
De Janeiro a janeiro, em todas as estações da minha vida, desejarei nunca mais deixar de sentir meu ser completo como sinto agora, pois só assim poderei um dia ofertar meus passos e minha história a quem queira me amar.
Bienal do Livro
quinta-feira, agosto 19, 2010
Madrugada Adentro
terça-feira, agosto 17, 2010
Nossa Casa
Porque quadros vão ser sempre quadros, mesmo que o nosso desejo seja transformá-los em realidade, não há no mundo feitiço que faça o abstrato tornar-se real...
quinta-feira, agosto 12, 2010
Como Crianças
Silêncio
terça-feira, agosto 10, 2010
Sobre o Tempo
segunda-feira, agosto 09, 2010
Aprendendo
Meu Filho... Um anjo caído que encontrou em meu ventre morada, vindo do mundo dos sonhos possíveis para me ensinar que é possivel realizar utopias, basta apenas acreditar.
A quatro anos atrás, nascia meu filho e com ele uma nova mulher, não gosto de lembrar muito do que fui antes dele ter entrado na minha vida, justamente por achar que antes dele eu era um pedaço vazio de sonhos e sentidos, um alguém que não sabia para onde caminhar justamente por não ter o porque de lutar.
Ao passar pela experiência de mutilação causada pelo parto, senti como se tivessem retirado a melhor parte de mim e jogado no mundo. A quatro anos atrás, a meia-noite no quarto de hospital eu olhava aquele pequeno ser e chorava, sentia-me vazia, um tanto perdida e com medo de não possuir forças e capacidade para missão de me responsabilizar por uma vida. Peguei meu pequeno nos braços e comecei a observar cada detalhe de seu corpo, cada perfeito pedaço que o formava, foi quando ele abriu os olhos e olhou bem fundo dentro dos meus. nunca tinha sentido tanta doçura e tanto conforto num simples olhar. foi amor a primeira vista, entrega ao primeiro gesto. Naquele instante eu aprendi uma grande lição com ele, podiamos estar sós naquele quarto, mas minha vida jamais seria a mesma depois daquele encontro.
Hoje, quando me pego a ensinar algo novo para o meu filho fico a pensar, na verdade quem esta a aprender mais, eu ou ele? Isso não sei ao certo dizer, posso apenas afirmar que ele mudou minha vida, dando sentido e forças para uma menina, antes perdida, se encontrar.
Seguimos nossa vida, nessa doce brincadeira de ensinar e aprender, a passagem do tempo nunca vai me incomodar, antes me trara o orgulho em saber que cada novo ano é um novo passo que meu filho traça rumo a construção de seu próprio caminho. Um dia a melhor parte do mim vai caminhar sozinha, enquanto isso aproveito nossos dias e lado a lado andamos sem temer o que vai acontecer com a certeza de que juntos sempre chegaremos lá onde nossos sonhos queiram nos levar.
sexta-feira, agosto 06, 2010
De Passagem
Andar pelo beco durante o dia é como escolher trilhar pelo caminho das coisas simples, é fugir da escura noite que dá ao beco o toque de horror e fantasia precisos para se escrever uma bela história de terror.
- Porque será que Claudia só pensa em histórias melancólicas e noturnas? Será que ela ignora o fato de que a luz e mais assustadora que a escuridão, pois sempre nos mostra as coisas como elas realmente são... - Falava para si mesmo Davi, enquanto lia uns poucos papéis deixados em cima de sua escrivaninha.
Na noite em que Claudia foi embora, deixou para trás todos seus tolos rpapéis de rascunhos, onde ela jogava suas letras na esperança de que um dia ele pudesse entende-las. Mais o entendimento nunca aconteceu, eram muito diferentes para se reconhecerem nas entrelinhas. Claudia era noite e reflexão, Davi era concreto e simples como todos os detalhes do beco onde morava. Enquanto ela queriaver a lua, ele se contentava em olhar pela janela as trepadeiras da parede do vizinho. Se tentavam conversar na rua, ele sempre se perdia a contar ladrinhos. Achava o seu espaço tão simples e seguro que acabou por acreditar que tudo o que lhe cercava fazia parte integral de seu corpo. Tanto amava o seu beco e sua simples segurança, que acabou por se fechar para tudo que o rodeava, viu Claudia partir e não correu atrás, ela era escuro demais e ele só queria a bela luz simples que seus olhos gostavam tanto de enxergar.
Dez anos se passaram, de Cláudia restaram apenas as letras, tão negras e enigmáticas letras.
- Ela quis mudar meu beco, por isso teve que partir...
Quanto ao futuro de Davi? Os poucos e antigos moradores só sabem dizer, que um dia enquanto caminhava de cabeças baixa a contar ladrinhos, foi até o fim do beco, olhou para a parede de tijolos velhos dourados, sorriu e chamou por Cláudia. Como ela não respondeu, sentou no chão e se deixou morrer.
Um pintor que morava do outro lado da rua, achou o corpo, chamou a emergência e ficou a observar o trabalho dos homens que carregavam o corpo do finado senhor Davi. Meses depois vendeu um quadro intitulado "De Passagem", que mostrava um senhor que viveu por sua paisagem e se tornou um de seus eternos e seguros tijolos.