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quarta-feira, outubro 06, 2010

SOBRE (não) TER




Porque não importa o tempo que passe, quando caminhar em meio a chuva sei que vai lembrar de mim. Nos momentos em que a solidão for o teu caminho, sei que vai caminhar sozinho pela rua mais movimentada que achar e no meio do seu passeio sei que vai me encontrar nem que seja no sorriso de outro alguém. Tudo isso porque eu fui tua verdade e vida, fiz você renascer e pisar num mundo de possibilidades que teus sonhos entre nuvens desconhecia, eu te criei e presentei o mundo com a melhor pessoa que pude criar: VOCÊ.

Catarina pensava no bilhete de despedida que tinha deixado em casa no dia em que deixou Pedro para sempre. Apesar de sentir constantemente a falta do ex parceiro não reclamava da vida, sabia que tudo tinha o tempo exato de durar para ser inesquecivel. Sentia apenas por saber que mesmo tendo sido a pessoa mais verdadeira que podia, ele nunca iria conhecer ela, seriam para sempre desconhecidos caminhando por cidades de países diferentes.
O trem parou, finalmente Catarina havia chegado a sua estação e pelas ruas da Itália iria se perder até o dia em que pudesse encontrar um outro estranho a quem amar. Contudo sabia que alguma coisa de Pedro sempre iria morar dentro de si e em todas as noites escuras iria dormir sabendo que seus olhos a observavam, pois eles sempre foram capazes de enxergarar no escuro.


Um comentário:

poeta e palhaço disse...

Transes assim fazem a vida valer a pena. Um segundo tempo, e que importa a solidão depois?
Basta lembrar e saber que foi bom.