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sábado, maio 28, 2011

Postagem Meme

Recentemente recebi a seguinte proposta de uma das leitoras do meu blog, a Mary Farah, autora do blog Marycota Online , eu deveria utilizar os selinhos e memes que recebi para ilustrar uma brincadeira que esta circulando pela blogosfera atualmente. A Brincadeira é a seguinte: eu tenho que falar sobre sete coisas que ninguém sabe sobre mim para todos e em seguida tenho que responder um questionário que foi enviado junto com um selinho.
Bom, que a primeira brincadeira comece.

Com este selinho tenho que contar 7 coisas que ninguem sabe sobre mim.Bom, costumo ser bem honesta sobre tudo o que se passa bna minha vida, mais creio que para tantos que não me conhecem pessoalmente e até para alguns que me conhecem vai ser no mínimo interessante essas revelações.

1- Eu repeti a segunda série do ensino fundamental porque não sabia ler.
E com a vida é irônica, hoje sou não somente escritora como professora alfabetizadora, vai entender essa vida, né?

2- Até meus 10 anos quem cortava meu cabelo era meu pai.
Minhas fotos de infância com a franja torta estão ai para provar, além disso essa foi a época onde meu cabelo se mantinha sempre longo.

3- Tinha o hábito de roubar livros da biblioteca do bairro.
Mas como ficava com a consciência pesada, sempre fazia doações depois.

4- Eu já dei aulas de catequese.
Pois é, fazia isso junto com o meu pai quando tinha 18 anos, mas só durou com a primeira turma, depois as tias me expulsaram da pequena comunidade porque não me achavam muito boa influência.

5- Meu primeiro beijo aconteceu porque minhas amigas duvidaram que eu teria coragem.
Tinha então 14 anos e fiquei com tanta vergonha do rapaz depois que só ficava fugindo dele.

6- Eu nunca tive um amor de infância
Sabe aquelas paixonites que todos tem quando crianças? Pois é, eu nunca tive, e se um menino me elogiava demais batia nele.

7- Fugi da escola para assistir um show de Black Metal no centro da minha cidade.
O difícil foi voltar a tempo para a casa, claro que não consegui e fiquei de castigo por tempos em casa.
Agora, com este selinha, tenho que responder a um pequeno questionário que me foi proposto.

01. Pegue o livro mais perto de você, abra na página 18 e encontre a 4ª linha:
" ... a unidade de um ser e de se sentido". (do livro O Que é Ideologia - Marilena Chauí)

02. Estique seu braço esquerdo o mais longe que puder. O que você encontra?
Uma pilha de livros

03. Qual foi a última coisa que assistiu?
Um episódio de Dragon Ball Z com o Nick, meu filho

04. Sem olhar o relógio, que horas você acha que são?
01h15

05. Agora, olhe no relógio. Que horas são?
00h58

06. Sem contar o barulho do computador, o que mais está ouvindo?
Minha mãe cantando na cozinha enquanto lava louça

07. Quando foi a última vez que saiu? Onde foi?
Hoje a tarde fui em um Congresso

08. Antes de começar esse questionário, o que estava fazendo?
Bocejando enquanto checava o twitter.

09. O que tá vestindo?
Blusa de lã e calça jeans.

10. Você sonhou a noite passada?
Se sonhei não me lembro, pois capotei por exaustão.

11. Quando foi a última vez que você deu risada?
Há algumas horas atrás, conversando com a minha irmã

12. O que acha da pessoa que te indicou este desafio?
Uma moça simpática da qual não posso falar muito por ter conhecido recentemente

13. Viu alguma coisa esquisita há pouco tempo?
Por incrivel que pareça, hoje não.

14. Qual foi o último filme que você assistiu?
O Motoqueiro Fantasma

15. Se você se tornasse milionário da noite para o dia, o que compraria?
Uma casa para ter o que dar futuramente para o meu filho.

16. Uma coisa sobre você que eu não saiba.
Nunca me convide para comer, despesa na certa.

17. Seu estado de espírito agora.
Cansada modo HARD

18. Se você pudesse ser qualquer mulher famosa, qual seria?
Clarice Lispector.certamente.

19. Imagine que seu primeiro filho seja uma menina, como a chamaria?
Analuz

20. Imagine que seu primeiro filho seja um menino, como o chamaria?
NICHOLAS (rs)

21. Você pensa em morar fora?
Sim

22. O que você mais quer agora?
Tomar banho e dormir…

23. Qual a pessoa mais importante na sua vida?
Meu filho Nicholas

24. Qual seu sonho para curto prazo?
Conseguir realizar a minha pesquisa da melhor forma possível para merecer todos os créditos que me foram dados.

Bom, a brincadeira termina por aqui, comigo, é claro, pois tenho ainda que escolher algumas pessoas para continuarem com a brincadeira, então vamos lá:

Minha amiga Luana McCain dona do blog O Enigma do Guarda-roupa Essa vai ser pura provocação, só para ela fugir um pouco dos temas horripilantes. rs

E uma das minhas mais queridas leitoras a Bah dona do Bah Blog Porque ela é sempre tão sincera, vai ser legal ver essa brincadeirinha por lá.

Desculpe o longo post, mas pedido de leitor é sempre uma ordem. rs

segunda-feira, maio 23, 2011

Armadilha Materna

Acervo Próprio

Quando uso esse espaço para falar do meu filho, sempre acabo passando uma imagem maravilhosa sobre o que é ser mãe. Contudo, como tudo na vida a maternidade tem dois lados e, por vezes, as coisas se complicam, a gente acaba se frustando tentando cometer o menor numero de erros possiveis . E quando se é mãe e pai ao mesmo tempo essas dificuldades aumentam, não que eu não receba nenhum tipo de ajuda na criação do meu pequeno, muito menos me acho melhor que as mães casadas, mas ,as vezes, estar sozinha diante de uma criança é algo assustador, pois te faz ser o exemplo e o carrasco ao mesmo tempo sem folga para um lado só.
Por que iniciei essa discussão? Por um simples fato que esta me incomodando, meu pequeno esta demonstrando uma aversão imensa pela escola, desde o levantar ao ter que voltar na segunda-feira está fazendo ele peder cada dia mais o entusiasmo por este espaço. Sei que ele não esta tendo problemas na escola, já conversei com a professora que disse que tudo esta bem, já o questione sobre possíveis inimizades que possam fazer ele se desinterresar, mas nada, ele conversa e se relaciona bem até demais com seus amigos.

Depois de tanto investigar e fazer perguntas sobre o espaço escolar, decidi mudar de foco e fui analisar o que eu, enquanto mãe, estou fazendo para que isso aconteça. Quando estavamos brincando no quarto perguntei:


- Nick, por que você não gosta da escola?


- É porque toda vez que eu estou lá eu fico longe de você...


Pois é, essa é a grande armadinha pela qual algumas mães solteiras passam. Ao mesmo tempo em que me sinto bem com o fato do meu pequeno gostar tanto de mim, sinto também que preciso fazer algo para que essa necessidade de estar ao meu lado em tempo integral passe, afinal, não crio o meu filho para mim, muito menos acredito na existência da terra do nunca, sei que o meu menino tem que crescer e se desapegar tanto de mim, mas a situação não deixa de ser desconfortável. A certeza de que vou frustrar ele faz meu coração doer, mas a necessidade de fazer isso para que ele entenda que a vida nem sempre pode correr do jeito que desejamos é maior. Prefiro sempre ser o carrasco para que no futuro ele tenha motivos para me agradecer.

Costumo comparar o momento do parto com uma mutilação, pois arrancamos a melhor parte de nós e jogamos no mundo para que ela cresça independente dos nossos desejos, e nesse momento sinto mais uma vez a dolorosa contração de saber que a cada empurrão rumo a autonomia que eu der no meu pequeno o afasta fisicamente de mim, mas se esse ato fazer com que ele possa crescer, já me sinto mais feliz mesmo em meio a tamanha confusão.

segunda-feira, maio 09, 2011

Estar



Acordar, trabalhar, estudar, cumprir a agenda do dia, tudo parece menos monotóno e cansativo quando você começa a contar os dias que faltam até o próximo encontro.
Estar apaixonada e não se sentir sozinha, mesmo quando distante, é uma das melhores sensações da vida. É como sentir que tudo, até a lágrima mais dolorida, valeu a pena, pois me preparou para que eu pudesse aceitar toda a beleza que estava por surgir na minha vida
Não precisar mais chorar, ganhar um abraço, terminar uma noite rindo e não indiferente e calada no escuro, poder se olhar no espelho sem se sentir nojenta e cansada... Tudo isso me faz tão bem que começo a pensar que antes eu não estava neste mundo, eu vivia por viver, contando as horas para que mais um dia acabasse e fosse menos um de dor na minha vida.

Começo a pensar que agora eu estou... Estou no mundo e para o mundo começo a ser mais eu para conseguir ser um pouco de você.

Antes eu estava pela metade e ainda me dividia em mil fragmentos para poder fazer a vida andar com passos mais ligeiros enganando a solidão pela falta de tempo vago. Hoje me sinto inteira pela certeza de me saber metade que se sente inteira apenas ao teu lado, apenas em seus braços.

Ser sua plena e totalmente me faz perceber que antes de te conhecer eu era no mundo, agora eu estou nesse mundo com a missão de lhe fazer sentir a mesma alegria e prazer que sinto ao estar com você


A Vlademir Dorigon, que a quatro meses consegue me fazer a cada dia uma mulher mais feliz. Te Amo.

sexta-feira, maio 06, 2011

O Primeiro Dia de Muitas Vidas



Hoje acordei com um sorriso renovado e com uma nova esperança no olhar, meus olhos que sempre mudaram de cor, hoje acordaram multicolor e olharam para o céu repletos de uma nova esperança.

O reconhecimento da união homo afetiva como estância familiar trouxe nova esperança a minha calada alma revolucionária, bem como me fez perceber os meus preconceitos em relação aos ministros que compõem o Supremo Tribunal Federal. Não deixou de ser bonito meu engano e mais belo ainda foi assistir nesses dois ultimos dias, pessoas que considerava preconceituosas reconhecendo que as mudanças na constituição são necessárias.

Por que tamanha alegria, visto que sou heterossexual?

Simples, nesse Brasil no qual estamos somos todos minorias, e quando uma parcela "pequena" da população conquista um direito básico não deixo de ficar alegre, pois a conquista se torna coletiva e a revolução mostrasse coerente, visto que conquistada pelo bom senso.

Sei que tal decisão pode ser vazia de todo esse encanto que me toma e que pode ser uma decisão unanime por seu caráter de pressão popular. Bem como o racismo é considerado criminoso e ainda tratamos tantos como "neguinhos", assim como a mulher não é mais considerada intelectualmente incapaz e ainda sim continua ganhando salários mais baixos e sofrendo maus tratos.

Vejo a decisão com bons olhos por saber que o seu simbolismo é de uma importância impar na evolução da nossa sociedade. Mesmo com a certeza de que hoje não acordamos menos preconceituosos e que ainda veremos muitas noticias de intolerância contra os homossexuais, não deixo de me alegrar, pois um primeiro passo foi dado e essa conquista ninguém faz nos tirar.

Aos poucos nos libertamos das amarras do passado e reconhecemos que o mundo e as pessoas mudam e isso nunca há de ser ruim.

Por todo o povo brasileiro, que entre milhões de pessoas continuam a ser minorias, olho hoje para os céus e sinto uma felicidade tamanha, pois hoje é o primeiro dia da história das vidas de tantos casais que podem se considerar finalmente livres para amar.

domingo, maio 01, 2011

Confusões - Discussão sobre o 1º de Maio



" Minha dor é perceber que apesar de termos feito tudo, tudo o que fizemos,

ainda somos os mesmos e vivemos como os nossos pais..."

Como Nossos Pais -Belchior


Esse final de semana foi marcado por discussões e reflexões politicas das quais participei, sendo uma mais formal e a outra informal. Primeiro no sabádo, dia que antecedeu o dia do trabalho, fui para uma palestra com três lideres sindicais de diferentes sindicatos. Apesar do meu cansaço ocasionado pelo estudos, foi uma manhã proveitosa, contudo um tanto desanimadora, porque naquele momento, ao ouvir os palestrantes com suas opiniões tão divergentes, pude notar algo que já vem me incomodando há algum tempo: o fato da crise ideológica da esquerda, que se remete o tempo inteiro ao passado, esquecendo que a luta não pode mais ser travada do jeito que foi antes, afinal, os tempos mudaram, os dias também. Sei que não podemos esquecer nunca das lutas travadas no passado, mas não podemos esquecer que temos todo um futuro e que ver os sindicatos tão partidários dá um certo desânimo, afinal, como podemos pensar em um sindicato unificador se a maioria se divide no terreno de suas próprias vaidades e não por seu ideal coletivo.

No domingo acordei já era hora do almoço, meu pai então chegava da missa dos trabalhadores da qual ele participa todos os anos na Igreja Matriz de Sâo Bernardo do Campo. Ele entrou no meu quarto dizendo o quanto a missa foi boa, só que ele não entende a parte dos shows, por isso sempre volta para casa após a celebração. Depois do rápido bate papo ele me entregou um folheto que me chamou muito atenção para uma séria reflexão:

"Por que realizamos nossa missa de 1º de Maio na região do ABC?

Para homenagear a memória dos lutadores de 1886 e lembrar que a classe trabalhadora deve sempre continuar lutando por seus direitos, até conquistar vida digna e plena...

Essa parte do folheto me fez relembrar não só do debate do dia anterior, mas antes da razão pela qual meu pai um dia participou de greves, se filiou a um partido e ainda hoje participa de várias discussões politicas na nossa cidade: Ele ainda tem a consciência do poder coletivo.
Vivemos em tempos tão áridos, onde nos descaracterizamos como classe, no mundo do trabalho somos individuos, temos tanto medo de ser somente mais um número que a todo momento precisamos nos fazer notar como seres individuais, depois nos juntamos em grupos para reclamar dos estranhos rumos que nossa politica toma.

A dita esquerda sonhou tanto em chegar ao poder, que uma vez no poder começou a entrar em crise existencial. Afinal, o que fazer quando conseguimos realizar um dos nossos grandes sonhos? O mais lógico seria começar a sonhar com algo novo para a vida não perder o sentindo, contudo, o que noto em meio as dicussões da esquerda hoje em dia é a velha confirmação filosófica de que não sabemos ser livres, por isso não sabemos lidar com nossas grandes conquistas, porque elas nos pedem grandes responsabilidades. Triste fim para uma visão politica na qual acredito com tanto empenho, mas não deixa de ser verdadeiro.

Outra crise politica é essa insegurança direitista que, acostumada com as vitórias sobre tantos utópicos, com a derrota presidencial em mais uma campanha começou a se descaracterizar. Mostrar visíveis desse fato são as crises de um dos partidos de maior representação nessa linha politica, o PSDB, que começou a fazer propagandas(veja o video postado no inicio do blog) que lembram muito as feitas por seus opostos. A criação de novos partidos que são ideologicamente vazios, bem como a falta de um papel claro sobre a função da direita atual e sobre o fato de quem, hoje, pode ser considerado de direita?

Nesse primeiro de maio, dia que relembra lutas tão importantes que foram históricamente travadas, creio que o meu maior desejo seria poder acordar num país que respeita a sua história, mas tem a consciência de que o mundo evolui, e que esses velhos idealistas que estão a frente de tantos sindicatos e partidos contraditórios deveriam apostar numa máxima: na formação politica de jovens representantes da direita e da esquerda. Afinal, política é vida, e como toda vida segue um ciclo, nenhum de vocês, enquanto indíviduo, vai permanecer para sempre a frente das representações sociais.

- A qual movimento você pertence mesmo? - me perguntaram.

- A nenhum, sou apenas uma estudante de educação.

Penso que deveria ter respondido agora de outra forma: Represento o futuro por algum tempo, até que meu filho possa crescer e tomar o meu lugar.