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segunda-feira, julho 04, 2016

Por que Me Julgas? Sobre a Maternidade que Não lhe Interessa

Ser mãe...
Mãe que é pai, solteira, trabalhadora, casada, do lar. A maternidade te dá a opção de escolher ser tudo, menos não ser mãe.
- Deu porque quis.
- Não queria, não abrisse as pernas.
- Você estragou minha vida.
- Nossa, não conhece pílula (camisinha).
- Você vai estragar sua vida...
- Parabéns!
E assim nascem as mães, diante da incoerência, ou mesmo do involuntário medo que lhe dá de tantas mudanças em seu corpo que te assusta,  mas mesmo assim você continua sorrindo feliz, afinal, ser mãe é padecer no paraíso... O paraíso dos potinhos de conserva que servem somente como recipientes para a criação da vida de outro ser, que mesmo quando não pode ser considerado humano parece ter mais direitos que você.
Dai chega o belo dia em que a criança nasce...  Na cabeça da mãe o medo de saber se vai conseguir ser uma boa mãe, o desespero de saber se somos ou não capazes de tomar conta de uma vida que não nos pertence, mas pela qual somos responsáveis. Mesmo assim continuamos a seguir com a criança no colo, mudando nossa vida radicalmente porque esse é o nosso dever e nossa obrigação.
Mais é uma benção a visita depois que saímos da maternidade, no caso do primeiro filho:
- Meus parabéns.
- Filho é benção.
- Você nunca vai sentir amor tão verdadeiro.
Mas se acaso você teve a infeliz ideia de ter mais um filho.
- Que lindo, quando vai operar?
- Muito fofo, mas dois já tá bom né?
- Mais que belezinha... Hoje em dia é difícil criar mais de dois filhos, né?
Se você tem mais de dois filhos então.
- Essa é louca.
- Deve estar tentando ganhar uma bolsa família.
Não bastasse o julgamento eterno, se você é mãe você perde o direito de defender aquelas mulheres que escolheram não ser mães, se você defender o aborto então, certeza que é uma puta que maltrata os filhos e deixa a avó ou qualquer outro estranho criar. Se você abandona a criança com o pai, imediatamente ele se torna um santo e você a grande puta sem coração que abandonou sua cria.
Tem sempre aquelas que nada sabem da maternidade senão a ideia, a teoria, e mesmo assim insistem em julgar a mãe solteira, a mãe que defende o aborto, entre outras pautas que uma boa mãe não deve exercer. A essas mulheres apenas minha solidariedade e desejo que um dia evoluam e consigam enxergar além de suas próprias expectativas e posa desenvolver a empatia necessária para se viver em sociedade.
Toda vez, caro leitor(a), que você tiver a necessidade de falar sobre maternidade, pare, analise a consideração que vai fazer, e se não tiver certeza que sua liberdade de expressão não prejudica a liberdade do outro, pode falar, pois assim, certamente, será  somente a sua opinião.
Fonte de Imagem: Acervo Próprio

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