Fonte: Acervo Próprio
Quando deitava no chão para admirar o desenho das nuvens parecia que a vida tinha mais sentido, eu ali sentindo o sol no corpo a me esquentar e a alegria de quem queria conquistar o mundo. Girar de braços bem abertos para sentir o movimento da terra era tão bom, tanto que depois de muito rodar caia tonta rindo no chão. Tudo era mágico e belo,até o dia em que depois de muito rodar fiquei tonta e cai, quando abri os olhos o que senti não se assemelhava em nada com alegria. Foi assim, num susto, que cresci.
O engraçado de tentar lembrar do passado é que sempre vamos ver a infância como algo mágico e belo, sem nos darmos conta de que o que realmente sentimos falta não são dos jogos, brincadeiras ou amizades, sentimos falta apenas de quando tínhamos todo o tempo do mundo para crescer e um mundo de oportunidades a nossa frente.
Assim como muitos já desejei voltar no tempo para mudar algo que fiz, apagar algumas situações que vivi, mas se acaso eu fizesse isso deixaria de ser quem hoje sou, prefiro o risco da dor do que a incoerência da fuga. Aceito meu tempo como um presente, e sempre que a saudade de ser criança me enche a cabeça, sempre que estou perto de fugir para dentro de mim, costumo olhar ao meu redor para perceber que mesmo que o riso tenha mudado, que meus traços tenham se alterado, eu não poderia ser diferente do que hoje sou, pois sou minha própria construção, a história mais bonita que já escrevi em vida foi a minha, esse livro de embaraços, lágrimas, brincadeiras e amor, sou toda eu em palavras, com letras bem desenhadas e parágrafos por começar.
Tudo o que hoje sou devo aquela menina de cabelos negros, olhos brilhantes e sorriso largo que apaixonada pelo céu não teve medo de crescer. Esse é o único apego com passado que sempre levarei dentro de mim. Afinal, a vida é seguir, em busca do que? Certamente um dia eu irei descobrir.
Assim como muitos já desejei voltar no tempo para mudar algo que fiz, apagar algumas situações que vivi, mas se acaso eu fizesse isso deixaria de ser quem hoje sou, prefiro o risco da dor do que a incoerência da fuga. Aceito meu tempo como um presente, e sempre que a saudade de ser criança me enche a cabeça, sempre que estou perto de fugir para dentro de mim, costumo olhar ao meu redor para perceber que mesmo que o riso tenha mudado, que meus traços tenham se alterado, eu não poderia ser diferente do que hoje sou, pois sou minha própria construção, a história mais bonita que já escrevi em vida foi a minha, esse livro de embaraços, lágrimas, brincadeiras e amor, sou toda eu em palavras, com letras bem desenhadas e parágrafos por começar.
Tudo o que hoje sou devo aquela menina de cabelos negros, olhos brilhantes e sorriso largo que apaixonada pelo céu não teve medo de crescer. Esse é o único apego com passado que sempre levarei dentro de mim. Afinal, a vida é seguir, em busca do que? Certamente um dia eu irei descobrir.
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