Não, eu não ando pelas ruas a procura de um momento, de uma história, de alguém...
Eu ando pelas ruas como quem tem presa de chegar a um encontro consigo mesma. Tenho em mim a ansiedade costumeira da mulher que muito quer da vida além de suas poucas alternativas.
Casada ou solteira? Ser mãe ou não ter filhos? Ter amor ou amantes?
Todas questões tolas, não vale a pena responder nem ao menos desejar. Acredito no fator inevitavel da vida, sempre teremos aquilo que aguentamos ter, se somos fracos conosco nunca aguentaremos criar um filho, se nunca soubermos pedir perdão sempre seremos sozinhos, se nunca me entregar a ninguém nunca saberei o que é amar, de certo não irei me machucar, mais todas as noites após voltar para casa serei um pouco mais sozinha que antes.
Minha vida não é feita de procura, minha vida é repleta de caminhadas que me levam rumo ao nada que se possa desejar e ao tudo que eu posso viver.
Um comentário:
Bom, me sinto exatamente assim no momento. Eu não estou à procura de nada, apenas caminhando. Não desejando, apenas recebendo. Li a sua resposta no comentário anterior. Sobre a sua doença, graças a Deus hoje em dia ela é vista como controlável e não mais com preconceito como antes. Claro, não é muito fácil conviver com isso, mas fico feliz que pelo menos ela está bem quietinha no seu canto e vc pode aproveitar esse momento para caminhar.
Kisu!
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