Páginas

sábado, abril 24, 2010

Sobre o Amor


O amor é abraçar e só isso mesmo. NICHOLAS


Para alguns um sentimento extraordinári0 capaz de nos transformar em pessoas melhores e mais felizes. Para outros a constante dor no peito que causada por uma imagen adorada, mas nunca tocada, sempre distante e por isso mesmo sempre bela e terna.
Outros amam somente o que conhecem, os amantes seguros só se entregam para aqueles que sabem onde eles são capazes de chegar e tudo o que podem fazer.Contrário a estes existem os que amam o desconhecido, sentem-se fatalmente atraidos pelo que este representar: tudo o que nunca serão.
Ainda há aqueles que confundem amor com sexo, conseguem enxergar amor somente nos peitos e nunca no olhar de uma mulher.
São tantos os tipos de amor e as formas que podemos escolher para amar. não existe um certo ou errado que possa nos explicar qual é o mais seguro, o mais puro. Devemos amar da mesma forma então.
Hoje conversando com meu filho sobre o amor ele me disse que amor é abraçar, só isso. Eis a poesia e filosofia que nós todos não deveriamos esquecer. Acima de tudo amar é tocar e através do toque não precisar de palavras para explicar a existência de tal sentimento dentro de nós.
A poesia da infância é capaz de explicar todos os sentimentos da vida.


domingo, abril 18, 2010

Todas as Pessoas (Meu Mundo)


O que são as horas passadas senão a ditadura da vida querendo demarcar tua existência?

Ser livre é não basear tua vida em sonhos frustados, em horas perdidas, em dias onde a vida te transformou em mais um em meio a uma multidão de solitários que vagam pelo mundo a procura de amor.

Somos tão tolos quando resolvemos procurar um amor, amor não é algo que se procure é algo que se vive, que acontece. Sofremos tanto com nossas tentativas frustadas de preencher nossos espaços vazios que por vezes deixamos de viver momentos que seriam plenos se tivessemos aceitado que não há dificuldade em se entregar.

Conseguimos ser tão tolos e inseguros que passamos parte da nossa vida pensando no coletivo sempre se esquecendo que somos seres individuais, com sonhos opostos, metas opostas, vidas opostas.


Quando, por esse semana senti minha vida ameaçada, tudo o que passava pela minha cabeça eram as pessoas que, de algum modo, entraram em minha vida e como eu queria abraça-las forte naquele momento. As vezes ter força é nossa pior maldição e quando nos cobram uma força além das nossas possibilidades, tudo o que podemos fazer é respirar fundo e pensar em todas as pessoas queridas de nossa vida, elas sempre vão nos esperar, seja em casa, online ou em pensamentos.

Após o medo passado ficou em mim um enorme vazio, a vontade de ganhar um abraço, ver um sorriso que me desse segurança. Sou tão humana quando sinto solidão que assumo que tudo que preciso são de braços que me envolvam e me mostrem que tudo está bem.

Agradeço a vida por todos que já passaram por ela, por aqueles que me fizeram chorar e sorrir, por todas as horas de conversas e trocas de carinho. Pois isso é viver: tocar as pessoas e deixar que toquem você.

Hoje, sinto-me mais viva que antes, vejo meus sonhos pouco a pouco se transformando em realidade e agradeço a vida pela vida que tive até agora, pela mulher que hoje eu sou e por tudo que um dia eu serei. Com um companheiro ou não ao meu lado nunca me sentirei sozinha, pois todas as pessoas da minha vida, fazem com que eu esqueça o que é a solidão.


segunda-feira, abril 12, 2010

Procura

Não, eu não ando pelas ruas a procura de um momento, de uma história, de alguém...
Eu ando pelas ruas como quem tem presa de chegar a um encontro consigo mesma. Tenho em mim a ansiedade costumeira da mulher que muito quer da vida além de suas poucas alternativas.
Casada ou solteira? Ser mãe ou não ter filhos? Ter amor ou amantes?
Todas questões tolas, não vale a pena responder nem ao menos desejar. Acredito no fator inevitavel da vida, sempre teremos aquilo que aguentamos ter, se somos fracos conosco nunca aguentaremos criar um filho, se nunca soubermos pedir perdão sempre seremos sozinhos, se nunca me entregar a ninguém nunca saberei o que é amar, de certo não irei me machucar, mais todas as noites após voltar para casa serei um pouco mais sozinha que antes.
Minha vida não é feita de procura, minha vida é repleta de caminhadas que me levam rumo ao nada que se possa desejar e ao tudo que eu posso viver.

segunda-feira, abril 05, 2010

Tempo de Mudanças


Porque o Ipiranga não me faz lembra apenas de história e cultura, ele me traz recordaçõs de alguns momentos da minha vida que são como retalhos de recordações que me fazem ser o que hoje sou.
Foi enquanto passeava em seus jardins que tentava aceitar novamente minha condição de paciente, lutava contra um fantasma passado que se fazia presente, uma doença que era misteriosa e certa em minha vida. Retirava forças do fundo do meu ser para reiniciar uma batalha da qual eu tinha acabado de sair achando que tinha vencido uma guerra. Pobre de mim, pois retornava ao campo de batalha pela terceira vez.
Foi também no Ipiranga que num certo dia 09, eu adimirava da sala de cirurgia as árvores ao longe no parque. Ao dar a luz experimentei o amor verdadeiro pela primeira vez e ao olhar nos olhos de meu filho foi que aceitei um novo futuro que eu não sabia onde iria me levar, só tinha em mim a certeza de que apartir daquele dia a minha vida nunca mais seria a mesma. Me orgulhava de mim mesma pela força que demosntrei quando todos ao meu redor, preocupados, esperavam uma queda, mas eu mostrei ser mais forte e determinada do que podiam imaginar, dei vida e fiz minha vida mudar.
Anos depois estava de votla novamente ao Ipiranga, tinha acabado de sair de uma consulta com o Neurologista e em seus jardins eu chorei, chorei um choro de dor de quem se despede de uma etapa, de um sonho. Na minha cabeça as palavras.
- Eu não te amo...
Um velhinho que me olhava de longe, se aproximou de mim e me ofereceu uma bala, eu peguei,, enxuguei minhas lágrimas e sorri. Enquanto o doce adoçava meu paladar decidi que aquele seria um tempo para recomeçar. Enxuguei novamente minhas lágrimas e voltei para a minha velha casa que sempre estaria de braços abertos para mim. Foi dificil, mais não impossivel sufocar a dor em busca de dias melhores a vir.
Agora estou eu aqui novamente, adimirando essa paisagem e com uma questão na cabeça, nova decisão a tomar. Nos meus ouvidos as palavras de uma gentil doutora que me diz:
-Você vai diminuindo o rémedio aos poucos até parar de vez.
A possibilidade de viver uma vida normal sem meu fantasma em comprimido todos os dias as 8H00 da noite me dava um certo frio na espinha, um pouco de contentamento e felicidade, em outro ponto de insegurança por já ter guardado anteriormente esperanças que se acabaram um ano depois.
- O que devo fazer? - perguntava a paisagem bucólica sem ouvir nenhuma resposta.
DEpois de refletir por um longo tempo decidi:
- Vou tentar, se a vida é para frente eu não tenho o que temer, quem não se arrisca não evolui e eu não quero perder os meus sonhos por medo.

Tirei essa foto e sai correndo para mais um dia de trabalho, para mais uma tarde de vida onde eu poderia subir mais alguns degraus até o topo de mim.