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sábado, junho 09, 2007

Segredos Profundos



Não, você não sabe quem eu sou,
Meu poder de dissimular é imenso,

Assim como o meu dom para o amor


Não, você não sabe o que é sentir dor

Eu fui feita para aguentar a dor

E a carrego no peito como um segundo coração


Meu ser fora transpassado, num passado não muito distante,

Por um objeto gelado chamado descaso

Nunca mais eu fui a mesma


Dentro de mim existem tantos segredos

Tantos como as estrelas no céu

Que ninguém vê por falta de olhar para cima


Dentro de mim a arte pulsa

Uma arte tão pura

Chamada, injustamente de vida


Minha condição humana

é a maldição que me atribuiram

Desde os meus tempos uterinos


Não, você não sabe quem eu sou...

Não, eu não sei dizer ao certo quem eu sou

Apenas sou, e não posso deixar de ser



Pequenas palavras inspiradas por um grande nada. A musa inspiradora não existe e nem me sopra nada aos ouvidos, o que existe é minha necessidade de escrever para não viver a chorar, pois quando eu escrevo ligo tanto as palavras aos meus sentimentos que me faço verdade quando todos se preocupam em ser tão artisticamente falsos.
Para ilustrar, um quadro de Frida Kahlo, uma grande artista que pintava sua própria realidade de maneira extraordináriamente bela












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