Páginas

quinta-feira, novembro 02, 2006

Não mais

Não mais dançarei em grandes palcos imaginários
Perdi no tempo meus sapatos
Não mais declamarei versos com tom de fúria
Foi-se embora a rebeldia
Não mais ouvirei Rock'n'Roll na garagem com os amigos
Eles cresceram e foram trabalhar
Não mais escreverei poemas dedicados a amores inexistentes
Meu platonismo passou no tapa
Não mais farei aquele curso dos meus sonhos
Tenho que replanejar meus passos
Não mais visitarei aquela cidade
Criaram raizes os meus pés
Não mais sonharei com flores amarelas
Sei que já não me serão oferecidas
Não mais cantarei alto pra espantar a tristeza
Minha voz tornou-se feia, ninguém há de adimirar meu canto...

Crescer é cumprido, crescer é tão duro que a cada centimetro e ano derrubo uma nova lágrima.
Sei que o que fui um dia não mais serei agora, o mistério está em descobrir em que me transformarei.
Será que nu futuro disante meus cabelos vão estar tão brancos e minha vida tão esquisita que ao me olhar no espelho não verei nada?
Não sei dizer...

Resta-me apenas a esperança de saber que entre tudo que não mias farei uma delas eu me orgulho, não mais verei a Lua sozinha, pois já não sou solitária e sei que no final por mais que a vida me corrompa restará algo de bom: O AMOR, este que me acompanhara mesmo quando eu estiver só.

Que venha a vida com sua foice, quem já enfrentou a morte não tem medo de viver.

3 comentários:

Mundo da Filosofia disse...

Letícia, vc escreve mto bem..adorei seus textos!!! estou morrendo de saudades..tanto tempo, neh? QQ coisa, pode sempre contar comigo, te adoro!! Bjus par vc e sua family!!!

Ps: meu priminho eh fofo d+!!!

Mundo da Filosofia disse...

É, depois que a gente faz uma mancada não pode voltar atrás, dói d+, mas agora está tudo bem. Precisamos combinar de sair qq dia, tenho saudades de vc!!! Bjs...

Anônimo disse...

Eis um texto teu que certamente o faria. Um dos poucos que podemos corpartilhar em pensamentos...