Convido todos para adentrar neste meu UNIVERSO PARALELO, repleto de fantasias reais e realidades encantadas.
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terça-feira, janeiro 24, 2006
O Toque
O Toque
Naquela noite nada foi dito, apenas olhavam-se mantendo certa distância.
Medo de um contato mais intimo?
Não, apenas confusão pelas palavras trocadas durante a madrugada inteira.
Agora estavam ali, um olhando no olho do outro esperando para ver o que iria acontecer.
Houve uma aproximação, um toque qualquer entre os dois,
como era bom sentir um ao outro novamente
Mesmo naquele simples gesto,
Sentia-se a calma até então procurada
Naquela noite se abraçaram, um abraço tão forte que parecia temer separação
Um abraço intenso demostrava loucura
Não que fosse um estado clinico grave
Era apenas a loucura que os sentimentos nos causam
Houve um beijo, um toque no rosto entre os dois
E foi bom de olhos fechados
Sentir que via teu rosto mesmo sem olha-lo
Naquela noite um toque provocou sensações profundas
Por momentos aqueles intantes duraram séculos
E por séculos sem fim te amei
Apenas mais uma reflexão
Sempre tive medo da resposta, pois maior que meu amor eram minhas privações para vivê-lo realmente.
Com mania de me achar poeta ( poetisa nunca me soou bem) me apeguei a solidão, esta parecia tão repleta de sensações novas e intensas que aprendi a viver pela metade.
Um ser programado para ser responsável, ser o melhor no trabalho, nos estudos, ser o mais belo. Mas que por conselho de seu pai nunca deixou lhe escapar a verdadeira alma, pena que está era guardada e limitava-se a não transparecer, seria um grande sinal de fraqueza mostrar-se então tão mulher...
Mas enfim, sou uma e nunca vou poder negar os meus anseios.
Por vezes me perguntei porque será que toda vez que eu amava esse meu amor se acabava, nunca entendi porque não conseguia odiar alguém que me fez sofrer. Agora eu sei o que houve, nunca de fato me entreguei de corpo e alma, buscava por um companheiro, mas não lhe dava companhia, sempre com a capacidade de estar do lado ao mesmo tempo que voando em outras direções.
Agora é tarde para pedir desculpas, por isso me resigno ao direito de não odiar, guardo o melhor de cada um, pois não fui capaz de mostrar o que de mais belo havia em mim a eles.
Tudo bem, não via com meus olhos, alias, nunca tinha sido capaz de ver com meus próprios olhos, via com os olhos da razão, sempre fui jogada em meio a fatos e não sentimentos.
É um tanto complicado adimitir a si mesma a perda de orgulho e de um apoio incondicional, de ver o que até então parecia sólido se desfazendo como dura pedra que foi vencida pela água...
Seria o começo de uma mudança?
Para falar a verdade não, nunca de fato precisei mudar o que sempre precisei foi de alguém que me fizesse enchergar com meus próprios olhos, alguém que me mostra-se que não é errado sentir nada, não é fraqueza mostrar-me aos outros como eu sou.Afinal, não vivo em meio a uma guerra para viver me defendendo dos ventos.
Deixo neste momento meu espirito de Dom Quixote, o cavaleiro andante, e me resigno a simplesmente ser eu mesma.
Sobre tudo isso só posso tirar uma ultima conclusão: Obrigada.
terça-feira, janeiro 17, 2006
Conversando com as Paredes
- Eu sempre tenho razão, por que agora estaria errada?
- ....
-Sei, sei o que vão dizer, sou muito egoista, só penso em mim e no meu modo de ver as coisas. Uma pessoa como eu deveria ficar sozinha, você não acha?
- ...
- Por que será que você nunca me responde?
- ...
- Não, não me olhe com esse ar de mistério, com essa cara de interrogação. Odeio perguntas, não as faça, por favor.
- ...
- Isso não é verdade, não pode ser verdade.
-...
- PARA, por favor, PARA!!!
-...
- Adimito que eu posso ter errado, mas me diz, o que fazer agora?
- ...
- Não, ele não me ouviria, tenho certeza.
- ...
- Não adianta, eu perdi, sei que perdi e não sei o que posso ou devo fazer agora.
-...
- A morte, seria uma alternativa muito boa se não fosse meu filho, nosso filho...
( Silêncio, logo ouve-se um grito)
-Socorro!!! Me ajudem por favor.
-...
- Eu sei, não adianta mais gritar, já é tarde e ninguém presta atenção nos gritos alheios.
-...
- Seria essa uma solução?
-...
- Talvez, começo a acreditar que tudo isso possa terminar de um jeito diferente. Será que reinventar o fim seria uma boa idéia?
-...
- Tenho medo...
-...
- Eu sei, não devo ter. Já não adianta ter medo, sei que tenho que me acalmar e pensar em ações lógicas, só me de um tempo para que essa dor de cabeça passe.
-...
- Posso te pedir uma coisa?
-...
- Dorme abraçada comigo esta noite, estou precisando adquirir um pouco da tua força e sinto necessidade de ter alguma companhia.
-...
- Obrigada, você sempre será um grande amiga..
( A garota levanta da sua cama, encosta na parede, fecha os olhos e adormece, acalmando o espirito, adquirindo forças para um novo dia).
segunda-feira, janeiro 16, 2006
Murmúrio e um Pequeno Fragmento - Cecília Meireles
Traze-me um pouco das sombras serenas
que as nuvens transportam por cima do dia!
Um pouco de sombra, apenas,
- vê que nem te peço alegria.
Traze-me um pouco da alvura dos luares
que a noite sustenta no teu coração!
A alvura, apenas, dos ares:
- vê que nem te peço ilusão.
Traze-me um pouco da tua lembrança,
aroma perdido, saudade da flor!
- Vê que nem te digo - esperança!
- Vê que nem sequer sonho – amor
"Há pessoas que nos falam
e nem escutamos,
há pessoas que nos ferem
e nem cicatrizes deixam
mas há pessoas que simplesmente aparecem
em nossa vida
e nos marcam para sempre."
( Cecília Meireles)
Um pouco mais de Neruda
Não te quero a não ser porque te quero
e de te querer a não te querer chego
e de te esperar quando não te espero
passa meu coração do frio ao fogo.
Só te quero porque é a ti quem quero,
sem fim te odeio, e com ódio te peço,
e a medida do amor meu, viageiro,
é não te ver e amar-te como um cego.
Talvez consuma a luz de janeiro,
seu raio cruel,meu coração inteiro,
de mim roubando a chave do sossego.
Nessa história só eu morro
e morrerei de amor porque te quero,
porque te quero, amor, a sangue e fogo.
Pablo Neruda
segunda-feira, janeiro 09, 2006
Dois Amantes - Pablo Neruda
Dois Amantes
Dois...
Apenas dois
Dois seres...
Dois objetos patéticos
Cursos paralelos
Frente a frente
...Sempre...
...A se olharem...
Pensa talvez:
"Paralelos que se encontram no infinito"
No entanto sós por enquanto
Eternamente dois apenas...
DOIS - Errante
Diálogo Com Meu Filho
Diálogo Com Meu Filho
Sabes,pequeno, tentarei ser a ti o que até hoje não consegui ser:
Eu mesma sem tanto orgulho.
Pretendo lhe ensinar a ser bom e a enxergar o que eu não fui capaz de ver.
Sei que seras puro e belo, apesar da concepção no erro, te farei ser meu único acerto.
Meu pequeno amor, peço a ti desculpas todos os dias por me encontrar tão deprimida te fazendo sofrer comigo.
Prometo que mais uma vez serei forte, por ti e para ti o serei. Pois vejo em você, que ainda nem conheço a face, o único amor puro e completo que em vida aceitei.
Não prometo que serás uma Princesa ou um Rei, só quero que sejas você livre e puro pedaçinho de meu amor.
Te aguardo ansiosa, pois sei que uma vez você em meus braços poderei voltar a ser feliz.
Vem, meu bem, lhe aguardo ansiosa desejando adimirar teus puros olhos a olhar dentro dos meus.
Sentença
Medo...
Erro...
Sentença:
Encontrar-me sozinha
Um tanto vazia
Por saber que errei
Nunca mais sentir teu cheiro
Não poder ver teus olhos
Ou acariciar os teus cabelos
Enquanto adimiro teu sono
Viver no desespero
Da minha vida programada
Achando que me basta
Encontrar forças no orgulho
Tudo cinza...
Tudo Escuro...
Neste caminho que eu mesmo escolhi
Nãos estas sendo fácil seguir...
Sem Ti
Vendedor de Flores
Minha última utopia?
Desejava encontrar uma flor,
mas em meio a tantos jardins
Nada achava a mim.
Seria minha alma cega
Ou incapaz de encontrar o belo?
Na minha desesperança
Encontrei-me mergulhada no inverno
No frio que castigava meu corpo
Encontrei você
Que gentilmente veio vender
A mim tantas flores de amor.
Não consegui enxergar em você
A beleza que emanava de tuas flores
Enterei todas na areia
Tornei minha alma cinza e feia
Como pude deixar as flores morrerem?
Você ir embora...
Resta-me agora
Só o medo e o vazio do erro.
Adeus...
Vá vender tuas flores em outras estações.
sábado, janeiro 07, 2006
Uma Pequena Reflexão
Sempre tive dúvidas e respondia qualquer coisa perante essa pergunta, afinal, meu lema quase sempre foi calar. Calar por não saber o que dizer...
Quando é chegado o tempo de mudar?
Nunca tinha parado para pensar nisso, sempre achei que tudo estava bom do jeito que estava. Eu conseguia me interpretar, saber o que queria, por fim, julgava me conhecer por completo e sozinha me bastar.
Eis que encontrei o amor e com ele o desejo de não ficar mais sozinha.
Com ele também encontrei o desafio de falar, o desafio de mudar. Tive medo e por medo quase matei um sentimento tão puro, tão bonito...
Agora me encontro confusa, com vontade de falar, com vontade de mudar. Não sei ao certo por onde eu vou começar, Só sei que por você e pra você ei de ser melhor e menos só do que até então fui.
Moços e Moças, esse foi apenas um desabafo da minha alma, estou realmente tentando ser uma pessoa melhor. Espero conseguir e logo escrever a vocês novas histórias inspiradas na minha realidade, porém mais doces do que as que escrevi até então.