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terça-feira, agosto 09, 2011

Quem Cresce?

(Acervo Próprio)

Se eu voltar mentalmente há cinco anos atrás,poderia lhes dizer tantas coisas. Sendo otimista poderia lhes dizer que minha vida estava passando por uma doce transformação, na ótica pessimista poderia lhes dizer que a essa altura começava a sentir as dores mais horriveis que já senti na minha vida. Contudo, e como sou franca, prefiro lhes falar a verdade: EU SIMPLESMENTE NÃO SABIA O QUE SENTIR OU ESPERAR. Tanto que até sorri na hora em que finalmente tiraram meu filho de mim, mas quando fiquei a sós com ele um certo pânico tomou conta de mim e tudo o que eu consegui fazer, foi tirar o cobertor dele, passar minhas mãos pelo seu pequeno corpo observando como ele era perfeito e real, nesse instante ele agarrou meu dedo abriu os olhos e olhou bem para mim, quase chorei (não sei por que) e disse para o pequeno:

- Pois é, agora somos nós dois.


Acho que foi nesse momento em que a realidade me tocou mais profundamente e eu pude então refletir sobre o que seria minha vida dali para frente, visto que todo o tempo de gravidez me deixou meio anestesiada, era como se meu corpo mudasse drasticamente, mas eu não sabia explicar o porque e nem me importava em buscar resposta, era tudo rápido, violento, doce e novo para mim.

Pois é, cinco anos se passaram desde então, eu já tenho um filho de cinco anos, este que acreditava que nunca iria ter. E até hoje só pude fazer uma coisa realmente certa com o meu filho, cumprer com as minhas primeiras palavras a ele: Agora somos nós dois...

Cronologicamente um período de tempo muito curto, emocionalmente muito denso e cheio de mudanças pelas quais passamos o tempo todo juntos, pois esse é um compromisso que assumi para a vida inteira. Posso não vir a ser (e nem quero) uma mãe perfeita, visto que isso não existe, mas o papel de ser mãe e fazer meu filho crescer é todo meu, apesar de as vezes quando eu paro eu fico a refletir, nessa relação quem mesmo é que cresce?

Já não sou a mesma de cinco anos atrás, bem como meu filho não é mais um pequeno bebê, cada dia mais ele caminha rumo a sua independência, e eu o acompanho sempre tentado ampara-lo, mostrando que em meus braços ele nunca encontrará prisão, apenas a força de pequenas mãos que o ajudaram a crescer.


A MEU PEQUENO TODO O MEU AMOR E FRANQUEZA, POIS ISSO É O QUE HÁ DE MAIS BELO EM MIM.

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