Convido todos para adentrar neste meu UNIVERSO PARALELO, repleto de fantasias reais e realidades encantadas.
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sexta-feira, novembro 26, 2010
Estrada
A vida e suas mudanças... Como gosto de pensar na metáfora da estrada que segue sempre em frente, independente da direção que escolhemos andar.
Quando eu era pequena pensava apenas em crescer e me casar, mais tarde, ao me decepcionar com meu primeiro amor, vi que tinha que pensar em um novo objetivo para alcançar. Foi assim, que aos 16 anos resolvi que sempre tentaria chegar o mais longe que pudesse.
Mas aquela estrada que a gente segue, por vezes se enche de obstáculos, e como um dia no meio do caminho o poeta encontrou uma pedra, aos 22 anos eu encontrei uma criança que faria com que minha vida nunca mais fosse a mesma.
Pensar por dois, viver por dois, pode ser extremamente doloroso por vezes, contudo, se no fundo do ser guardamos um sonho bonito, desses que te mantem com os pés no chão e com os olhos abertos, toda dor se transforma em força para que continuemos a seguir em frente.
Hoje quando a porta para uma nova realidade se abriu para mim não pude deixar de chorar. Chorei por tudo que passei, por tanto que me entreguei para mostrar o melhor de mim.
No meio da minha estrada muita coisa eu perdi, por vezes quase desisti,mas como meus sonhos sempre foram plantados no chão, agora posso colher os frutos do meu trabalho e mais uma vez posso ter em mim a certeza de que é possível sonhar e mais do que tudo realizar.
Tipos
Quando falam em violência contra a mulher, logo nos remetemos a agressões que marcam o corpo e destroem a auto estima do ser feminino. Contudo para mim não existe agressão pior do que a mania de catalogarem as mulheres dividindo elas em tipos distintos, como se uma mulher só pudesse desempenhar um papel ao longo de toda sua vida.
Quem já não ouviu falar sobre as ditas mulheres feitas para casar e as mulheres feitas para transar? Por acaso nunca lhes passou pela cabeça que não existe relação amorosa onde não se faça sexo e que a mulher feita para gozar pode amar com sinceridade e verdade?
O que, raios, seria as mulheres de família? Acaso vivemos em meio ao Admirável mundo novo e nascemos de profetas e não de relações sexuais? Familia como se entende, pai, mãe, todo ser humano possui, esse é o principio básico para se existir.
Outro mito referente ao universo femino é o de que existem as mulheres feitas para cuidar de casa e as que nasceram para trabalhar. Outro ledo engano, ou vocês acham que as mulheres que ficam em casa, só porque não ganham nenhum salário, nunca vno trabalham duro ao longo de sua vida,?
Por outro lado, quem disse que a mulher que trabalha não sabe cuidar de um lar? Quantas não são as mães de família que saem cedo de casa para o emprego, e quando voltam ainda encontram disposição para cuidar de seus filhos, demonstrar carinho ao seu parceiro e organizar sua morada como todo ser humano?
Ser mulher é ser tudo o que se quer, não comprar o rótulo que atribuem a você. E quando alguém tentar te decifrar, defore-o, pois somos o que escolhemos ser, vivemos as experiências que escolhemos viver. Não somos bonecas, nem putas, somos o que devemos ser: MULHERES PELA VIDA A VIVER.
Ao longo dessa semana, feministas blogueiras-tuiteiras-interneteiras uniram-se para promover cinci dias de ativismo digital pelo fim da violência contra a mulher. Infelizmente não pude participar ativamente como desejava. Contudo não poderia deixar de contribuir, emprestando minhas palavras, sentimetos e desejos. Que essa ação possa ser passada adiante para que o ativismo não vire modismo, mais sim medida de conscientização.
http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=108463617
FOTOS DESTA POSTAGEM: ACERVO PRÓPRIO.
Quem já não ouviu falar sobre as ditas mulheres feitas para casar e as mulheres feitas para transar? Por acaso nunca lhes passou pela cabeça que não existe relação amorosa onde não se faça sexo e que a mulher feita para gozar pode amar com sinceridade e verdade?
O que, raios, seria as mulheres de família? Acaso vivemos em meio ao Admirável mundo novo e nascemos de profetas e não de relações sexuais? Familia como se entende, pai, mãe, todo ser humano possui, esse é o principio básico para se existir.
Outro mito referente ao universo femino é o de que existem as mulheres feitas para cuidar de casa e as que nasceram para trabalhar. Outro ledo engano, ou vocês acham que as mulheres que ficam em casa, só porque não ganham nenhum salário, nunca vno trabalham duro ao longo de sua vida,?
Por outro lado, quem disse que a mulher que trabalha não sabe cuidar de um lar? Quantas não são as mães de família que saem cedo de casa para o emprego, e quando voltam ainda encontram disposição para cuidar de seus filhos, demonstrar carinho ao seu parceiro e organizar sua morada como todo ser humano?
Ser mulher é ser tudo o que se quer, não comprar o rótulo que atribuem a você. E quando alguém tentar te decifrar, defore-o, pois somos o que escolhemos ser, vivemos as experiências que escolhemos viver. Não somos bonecas, nem putas, somos o que devemos ser: MULHERES PELA VIDA A VIVER.
Ao longo dessa semana, feministas blogueiras-tuiteiras-interneteiras uniram-se para promover cinci dias de ativismo digital pelo fim da violência contra a mulher. Infelizmente não pude participar ativamente como desejava. Contudo não poderia deixar de contribuir, emprestando minhas palavras, sentimetos e desejos. Que essa ação possa ser passada adiante para que o ativismo não vire modismo, mais sim medida de conscientização.
http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=108463617
FOTOS DESTA POSTAGEM: ACERVO PRÓPRIO.
domingo, novembro 21, 2010
Apenas
Porque hoje acordei com essa musica na cabeça e queria compartilhar. Aceitem, então, minha canção e vamos continuar a sonhar.
sábado, novembro 20, 2010
Pertencimento
Durante a semana, quando levo meu filho para escola, ele gosta de passar pela pequena praça que fica perto da minha casa. Quando chegamos nela, meu filho sobe nos contornos de concreto que protegem a grama e as árvores, abre os braços e começa a andar como um equilibrista. Neste pequeno instante, aquele pequeno mundo lhe pertence, e eu fico de fora a observar os doces prazeres que encontramos na infância que não me pertence, mas que me faz feliz.
segunda-feira, novembro 15, 2010
Cega Demasiadamente Cega
Sempre que pensamos no futuro, seja no meio politico ou em caracter pessoal, a primeira preocupação que nos vem a cabeça é a luta por uma educação de qualidade para nossas crianças que faça nossos filhos crescerem sábios e nação avançar rumo um explendido desenvolvimento. A educação é tão importante que é um das unicas áreas de estudo que aceita a intervenção e opinião de tantas outras áreas, afinal, a educação é para todos, democrática e por isso deve ser discutida por todos os envolvidos no processo.
Dentro desses debates sobre a educação, sempre costumam dizer que a educação esta falida, pauta que eu, como Pedagoga, não costumo levantar como bandeira. Contudo, com base nas ultimas noticias sobre atos homofóbicos publicados na midia, tenho que concordar que a educação realmente esta falida, mas ao contrário do que possam imaginar esse fato não esta acontecendo dentro das escolas publicas, como também em várias instituições renomadas que são responsáveis por formar os filhos da elite do nosso país.
Como levar a sério uma mãe que tenta explicar a grotesca atitude de seu filho "menor de idade" que agrediu três pessoas friamente, justificando que foi apenas uma atitude infantil tomada pelo filho? Como se apenas a visita a um especialista ou um bom castigo, diminuissem a gravidade do ato. Ainda tentando mostrar como seu filho era um bom rapaz, ainda nos declara que ele sempre tirou boas notas. Por fim, o que são notas boas diante de atitudes baixas como essa? Parece que a formação nas escolas dos grandes bairros esta tão voltada para as "boas notas" que esqueceram de ensinar valores indispensáveis a uma vida em sociedade.
Como se não bastasse esse incidente, na ultima quinta (11/11) postaram no blog da folha o Manifesto Presbiteriano sobre a Lei da Homofobia, onde a Universidade Mackenzie utilizando várias citações biblicas e argumentos retirados da nossa constituição, mostrava sua posição contraria a aprovação da lei que torna crime posturas homofóbicas, alegando que eles possuem o direito de instruir seus alunos a não praticarem o homossexualismo. Argumento fraco, uma fez que homossexualismo não é nenhuma doutrina que possa ser pratica e sim uma opção sexual adotada por algumas pessoas.
Uma instituição respeitada, que vende camisetas, mochilas, entre outros objetos com a marca "Mackenzie Solidário" não consegue ser laica a ponto de respeitar as opções adotadas por algumas pessoas para sua vida.
Diante dessas noticias, me afasto da minha literatura e olho para o mundo com os olhos de quem ainda quer enxergar um belo futuro para a educação do meu país, mas tudo que sinto é que como a justiça a educação esta cega, pois não quer ver o quanto de contéudo estão ensinado e o quanto de valores estão deixando de pregar. Sinto como se as grandes instituições que sempre foram tão adimiradas por muitos jovens de classe média formacem pessoas demasiadamente cegas para tudo o que possa lhes parecer diferente e terrivelmente oposto.
Uma pequena pausa, sinto como se minhas mãos se aproximassem do mastro da bandeira da desmotivação, contudo, espero me manter confiante a ponto de esperar por melhores noticias nos dias que viram.
Dentro desses debates sobre a educação, sempre costumam dizer que a educação esta falida, pauta que eu, como Pedagoga, não costumo levantar como bandeira. Contudo, com base nas ultimas noticias sobre atos homofóbicos publicados na midia, tenho que concordar que a educação realmente esta falida, mas ao contrário do que possam imaginar esse fato não esta acontecendo dentro das escolas publicas, como também em várias instituições renomadas que são responsáveis por formar os filhos da elite do nosso país.
Como levar a sério uma mãe que tenta explicar a grotesca atitude de seu filho "menor de idade" que agrediu três pessoas friamente, justificando que foi apenas uma atitude infantil tomada pelo filho? Como se apenas a visita a um especialista ou um bom castigo, diminuissem a gravidade do ato. Ainda tentando mostrar como seu filho era um bom rapaz, ainda nos declara que ele sempre tirou boas notas. Por fim, o que são notas boas diante de atitudes baixas como essa? Parece que a formação nas escolas dos grandes bairros esta tão voltada para as "boas notas" que esqueceram de ensinar valores indispensáveis a uma vida em sociedade.
Como se não bastasse esse incidente, na ultima quinta (11/11) postaram no blog da folha o Manifesto Presbiteriano sobre a Lei da Homofobia, onde a Universidade Mackenzie utilizando várias citações biblicas e argumentos retirados da nossa constituição, mostrava sua posição contraria a aprovação da lei que torna crime posturas homofóbicas, alegando que eles possuem o direito de instruir seus alunos a não praticarem o homossexualismo. Argumento fraco, uma fez que homossexualismo não é nenhuma doutrina que possa ser pratica e sim uma opção sexual adotada por algumas pessoas.
Uma instituição respeitada, que vende camisetas, mochilas, entre outros objetos com a marca "Mackenzie Solidário" não consegue ser laica a ponto de respeitar as opções adotadas por algumas pessoas para sua vida.
Diante dessas noticias, me afasto da minha literatura e olho para o mundo com os olhos de quem ainda quer enxergar um belo futuro para a educação do meu país, mas tudo que sinto é que como a justiça a educação esta cega, pois não quer ver o quanto de contéudo estão ensinado e o quanto de valores estão deixando de pregar. Sinto como se as grandes instituições que sempre foram tão adimiradas por muitos jovens de classe média formacem pessoas demasiadamente cegas para tudo o que possa lhes parecer diferente e terrivelmente oposto.
Uma pequena pausa, sinto como se minhas mãos se aproximassem do mastro da bandeira da desmotivação, contudo, espero me manter confiante a ponto de esperar por melhores noticias nos dias que viram.
domingo, novembro 07, 2010
Sobre o Orgulho
(Acervo Próprio)
Presa em meio a escrita de um projeto de pesquisa nem pude opinar sobre a lamentável estudante de direito que falou tão mau do povo nordestino após o nordeste eleger Dilma como a nossa próxima presidente.
Mesmo não podendo opinar, enquanto lia, fazia fichamentos e escrevia pensava no por que eu faço tudo isso?
Simples, minha vida não é só minha, me entrego ao trabalho assim como meu pai um dia se entregou fazendo seu melhor dentro de uma fábrica para garantir que seus filhos nunca vivessem as mesmas terríveis experiências dentro de uma mesma indústria metalurgica. Escrevo por minha mãe, que na quinta série abandonou os estudos porque uma professora gostava de lhe falar o quanto ela era incapaz. Mesmo assim, foi ela que sempre ensino seus filhos a acreditarem em si e nos seus sonhos, mas sempre com os pés no chão.
Estudo pela minha avó materna que se alfabetizou porque invadia as aulas que seu pai ministrava aos meninos filhos da elite, e também o faço por minha avó paterna que morreu sabendo apenas assinar o nome, mas que era dona de uma sabedoria magnifica, que só o povo que sofre e luta sabe ter na vida.
Quero avançar na vida pelo meu avô materno, que pagava pessoas para escrever cartas para minha avó demonstrando o seu amor e luta para lhe dar um futuro bom, também o faço pelo meu avô paterno, homem forte e sofrido que mesmo sabendo apenas poucas letras e operações simples soube criar seus filhos com valores que faltam a muitos ditos intelectuais.
Agora tento avançar também pelo meu filho, pedaço mais caro e bonito de mim, para que ele possa um dia sentir o mesmo orgulho e respeito que aprendi a ter por minha família nessa minha vida.
Acho que esqueci de mencionar, tirando minha mãe e meu filho, todos que fizeram com que eu me transforma-se no que sou hoje são nordestino, todos tão diferentes mais com algo em comum: a força de quem dá valor as pequenas coisas.
Em meu sangue levo uma herança de lutas , não um conjunto de bens materiais, afinal, viver do que eu não conquistei é fácil demais, tanto que até me sobra tempo para gastar com ofensas desnecessárias que não nos levam a nada, além de um minuto de fama e uma vida de exclusão.
Tenho orgulho de ser um pouco desse povo que não é uma raça, mas deve ser respeitada por toda sua força e por tudo que durante anos criou. Afinal, existiria um Paulista de sangue puro, sendo que na região sudeste não há cidade mais nordestina? E mesmo antes deles migrarem o que havia aqui eram tantos descendentes de europeus, na maior parte italianos, todos imigrantes com um pé em outro continente e outro nas fazendas e chãos de fábricas.
O ruim dessa história toda é ver que as pessoas continuam achando que não possuem uma história própria, e que se querem fazer parte da história, primeiro devem aparecer nas pesquisas do Google.
PS: Foto da Casa onde meu Pai nasceu e onde por longos anos, foi feliz com seus irmãos
Mesmo não podendo opinar, enquanto lia, fazia fichamentos e escrevia pensava no por que eu faço tudo isso?
Simples, minha vida não é só minha, me entrego ao trabalho assim como meu pai um dia se entregou fazendo seu melhor dentro de uma fábrica para garantir que seus filhos nunca vivessem as mesmas terríveis experiências dentro de uma mesma indústria metalurgica. Escrevo por minha mãe, que na quinta série abandonou os estudos porque uma professora gostava de lhe falar o quanto ela era incapaz. Mesmo assim, foi ela que sempre ensino seus filhos a acreditarem em si e nos seus sonhos, mas sempre com os pés no chão.
Estudo pela minha avó materna que se alfabetizou porque invadia as aulas que seu pai ministrava aos meninos filhos da elite, e também o faço por minha avó paterna que morreu sabendo apenas assinar o nome, mas que era dona de uma sabedoria magnifica, que só o povo que sofre e luta sabe ter na vida.
Quero avançar na vida pelo meu avô materno, que pagava pessoas para escrever cartas para minha avó demonstrando o seu amor e luta para lhe dar um futuro bom, também o faço pelo meu avô paterno, homem forte e sofrido que mesmo sabendo apenas poucas letras e operações simples soube criar seus filhos com valores que faltam a muitos ditos intelectuais.
Agora tento avançar também pelo meu filho, pedaço mais caro e bonito de mim, para que ele possa um dia sentir o mesmo orgulho e respeito que aprendi a ter por minha família nessa minha vida.
Acho que esqueci de mencionar, tirando minha mãe e meu filho, todos que fizeram com que eu me transforma-se no que sou hoje são nordestino, todos tão diferentes mais com algo em comum: a força de quem dá valor as pequenas coisas.
Em meu sangue levo uma herança de lutas , não um conjunto de bens materiais, afinal, viver do que eu não conquistei é fácil demais, tanto que até me sobra tempo para gastar com ofensas desnecessárias que não nos levam a nada, além de um minuto de fama e uma vida de exclusão.
Tenho orgulho de ser um pouco desse povo que não é uma raça, mas deve ser respeitada por toda sua força e por tudo que durante anos criou. Afinal, existiria um Paulista de sangue puro, sendo que na região sudeste não há cidade mais nordestina? E mesmo antes deles migrarem o que havia aqui eram tantos descendentes de europeus, na maior parte italianos, todos imigrantes com um pé em outro continente e outro nas fazendas e chãos de fábricas.
O ruim dessa história toda é ver que as pessoas continuam achando que não possuem uma história própria, e que se querem fazer parte da história, primeiro devem aparecer nas pesquisas do Google.
PS: Foto da Casa onde meu Pai nasceu e onde por longos anos, foi feliz com seus irmãos
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