Após passar anos a analisar a obra a metamorfose, de Kafka, finalmente consegui compreender o porque de comparar o ser humano confuso a um inseto repugnante, pois é exatamente desse jeito que me senti,quando descobri que enquanto eu me sentia um lixo, tinha um inseto gigante ao meu lado.
Não culpo ele por ter se instalado ao meu lado, se você se reduz a lixo só pode atrair mesmo insetos, seres nojentos que evoluiem desses para lavas.
O pior foi ter a certeza de que naquela noite de palavras malditas, não participei de um ato de amor, apenas copulei como um animal caçado que se entrega por não possuir forças.
Meu grito interior é bem mais alto, bem mais forte do que aquele que saiu da minha garganta como um ato de libertação.
Nunca se sabe ao certo quando se conhece alguém, neste mundo não vale a pena sonhar, nem sentir nada por ninguém. Nesse enorme açougue em que vivemos, onde o homem é lobo do homem, todos se preocupam com o seu bem estar e passam por pessoas como se estas fossem pedras em seu caminho.
Devagar vou me libertando daquela cama e deixando a grande barata para trás, com os pés para cima, sem movimento corporal algum, só palavras que saem da sua boca nojenta a falar de coisas impossiveis, fatos improváveis, metas que nunca irá alcançar por causa de seus braços curtos e sua instabilidade.
Se ao menos ela soubesse voar, mas nem pra isso ela serve, visto que é mais comodo permanecer em seu estado de inércia, sendo alimentado, cuidado, sem sequer se esforçar.
Agora entendo Kafka, me considero sua amiga intima, pois assim como ele eu vivi essa metamorfose. Mas esqueçam minhas palavras, esqueçam Kafka, vamos viver como seres indiferentes que se importam simplesmente, com aquilo que adimiram no espelho.
Um comentário:
oii
vim no seu blog por acaso e que visão de Kafka interessante. Sempre tinha visto como que se o próprio Kafka tivesse acordado como um baratão cascudo e não como alguém ao lado dele. Mas é interessante a tua visão.
Desculpe a invasão
boa filosofia
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