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quinta-feira, agosto 09, 2007

O Grito Principia o Belo Canto


Um desconforto pela madrugada, um suor sem hora nem porque escorrendo pela testa. Pela manhã, café e espera. O que será que aconteceria?
Uma viagem de carro, curta e longa ao mesmo tempo. Aquela viagem era sem volta, pois mesmo retornando para casa eu nunca mais seria a mesma pessoa.
Uma dor começa me rasgar o corpo, parecia a dor da morte, mas sabia que era a vida que se anunciava. Sentia uma ansiedade que aos poucos transformava-se em medo, a cada minuto que se passava queria dar um fim naquela situação, mas não conseguiu. Descobri minha maior fraqueza naquele dia, quem diria que logo eu não suportaria o fato de ficar sozinha.
Foi a mão que me apoiou, um rosto conhecido e presente me deu forças para aguentar a confusão, misturada ao extase da espera, ao desejo de possuir algo novo, vida nova.
Passaram-se horas, pela janela eu via o tempo passar, e a cada minuto o desejo de não perder a coragem, a força, mas toda vez que aquela mão se ausentava um novo desespero brotava em mim. A loucura nos meus olhos era medo e desejo, e ninguém além de mim pode senti-la.
Oito horas, a hora marcada para o grande momento, já não conseguia andar direito, já não conseguia raciocionar direito, tudo que eu queria era que tudo aquilo acaba-se. Mas nova história ai se iniciou, me privaram da unica coisa que me dav apoio, daquela mão, daquele rosto que eu nunca mais ei de esquecer.
Resultado, não tive forças, não queria ter forças se não fosse junto daquela presença. Eu flertava com a morte, a olhava nos olhos e a única coisa que desejava era a força de mãos que não eram as minhas, nem aquelas que me cobravam força.
Quando olhei para o lado e lhe vi, tudo em mim se acalmou, sua mão quente na minha, seu olhar ansioso a me olhar. Não sei de que profundidade, se da alma ou do corpo, tirei mais um vestigio de força e num grito que parecia ser o maior que eu já dei em minha vida minha missão eu cumpri.
Quando todos sairam e fiquei por uns instantes sozinha minha vontade foi a de chorar, mas quando avistei ele com aquela figura tão pura conhecida-desconhecida nós braços sentia algo parecido com a felicidade dos deuses.
Naquele momento em que eu olhei o fruto do meu trabalho pela primeira vez, nos braços de uma presença tão amada, foi como se eu ouvisse tocar uma música, uma bela melodica ao longe. Se eu pudesse pararia minha vida naquele instante, pois naquele dia eu fui uma com a força de dois que esperavam de mim simplismente amor.

Hoje faz um ano que de presença no mundo, me transformei em alguém com sentido e objetivos para viver. Dou graças a existencia do meu filho Nicholas, fruto do amor mais puro e sincero que já vivi. Se hoje vejo sentido na vida, vejo porque teus puros olhos me fizeram crescer e desejar algo maior.

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