Páginas

sábado, maio 05, 2007

Desabafo Mudo

Eu calo porque sei que todos ao meu redor estão surdos demais pra ouvir minha voz.
Eu ouso alcançar o céu em sonhos porque minha capacidade de acreditar não vai morrer pelo seu dom de me fazer sentir a tristeza na carne.
Hoje eu sou mais forte do que era ontem e amanhã certamente serei um pouco mais.
Porque nos dias dificies acordo mais mulher e em meio as minhas dificuldades descubro o quão grande é meu ser.

Eu só queria um pouco de amor....um toque....carinho.... mas não vou morrer por falta disso.

A minha vida é agora, a minha vida não esta no passado, não esta no futuro, ela está enraizada no momento presente onde eu não vejo nada nem ninguém ao meu lado.
Porque tem dias em que o cansaço faz com que eu me baste e tudo o que eu desejo é deitar e dormir, sou humana, preciso e quero sentir a necessidade de cumpir minhas necessidades vitais.

Meu verso é livre assim como minha vida, meus gestos, meus pensamentos. Não faço questão de rima, não procuro a palavra ideal, mas escrevo aquela que vem a minha mente.
Nem todas estão certas, um dia os interessados em letras iram criticar minha gramática pobre e falha, mas na verdade eu pouco me importo com eles.
Ajudas são sempre bem vindas, criticas são aceitas, mas em verdade eu sempre terei momentos de fúria onde o papel ira me pertencer e poucos olhos vão me compreender.

O ser é complexo, eu sou complexa como a flor que ousa nascer, crescer e aceita o tempo e a morte que vira, pois PRA SEMPRE não existe, rascunhos são mentiras, pois em verdade as chances são unicas, a vida é única e eu não quero perder mais tempo.



PS: Amanhã meu primo faria aniversário se não tivesse perdido a vida em plena juventude. Hoje uma criança que mal teve tempo de andar pelo mundo deixo o corpo...
São nessas horas que eu me pergunto:
O que estou eu fazendo da minha vida?
Tento me lembrar que só tenho essa chance para alcançar o que quero e deixar meu filho trilhando um caminho bom.
Choro os mortos porque amo a vida e porque ainda sou humana o suficiente para sentir.

3 comentários:

. disse...

uau.
adorei tudo o que você disse.. =)
e devo dizer também que AMEI a foto do último post, mto mto fofa!

sabe lê, essa complexidade toda não é nada quando a flor jaz na terra, ou quando o ser é..
tudo é mais simples quando a verdade impera (e os sentimentos acenam)

o problema é que a sociedade se acostumou com a mentira, e deu à complexidade um título culto, onde as lágrimas parecem ser frutos premeditados do que havia de ser.

Mas, sinceramente, não acredito..
lamentaremos essa fase, lamentaremos esse silêncio póstumo, mas enquanto vivermos devemos lembrar - e jamais renunciar, seja como for- que temos vida, e que a cantamos porque nossa voz não é produto, e nosso coração não é modelável.

beijos.

ps.:qnd sai nosso blog hein? tenho certeza que mais gente entraria se a gente fizesse um..

Anônimo disse...

Bem minha cara, este post merece algumas considerações especiais. Talvez se eu não tivesse perdido o texto que acabei de digitar seria mais interessante explanar sobre este teu conteúdo. Enfim, por mais que meu pensamento se assemelhe ao pensamente de Constantine (viajando um pouco), por vezes creio fielmente que temos algo a fazer por este caminho, e que muito além de nós mesmos, temos que evoluir juntos.
Por vezes momentos incríveis, por outros nem tanto, contudo como poderia ser diferente se diante de uma vida estranha algo seguisse uma linha teórica e certa!
A tênue linha entre o incerto e o desconhecido... É intrigante.
Por isso que não sou, e não serei um escritor profissional. É interessante estes conceitos. Enfim, não irei por este caminho (só um pouco chateado por não ser, como citou a senhorita Beth "regulamentado", e devido a tal, não poder integrar o grupo de criação). Chego próximo à idéia de que isto pertence exclusivamente à ti. Não a como lhe acompanhar por estes caminhos, pois em última instância a última coisa que imaginei ser necessária para a criação literária seria a regulamentação! Chega a ser engraçado, contudo...

Assim que possível lhe ligarei, para quebrar a rotina pela manhã!

Abraços,

Edson Bueno de Camargo disse...

Ás vezes bate uma triteza mesmo, não é fácil, o Buda nos diz que sofremos pelo desejo, deveríamos nos convenser da certeza da morte e aceitá-la naturalmente. Acredito que não estamos tão evoluídos assim, dói muito nossas ausências.
Falar ajuda muito, encarar de frente.