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quinta-feira, março 22, 2007

Corpo Presente


Deitados lado a lado com as mentes vagando por outros espaços, mas com
um objetivo em comum: Tentarem se enganar.
Instantes depois estavam abraçados, se acariciavam como quem deseja
sentir algo forte por mais uma vez. Entre beijos fortes e ardentes o
desespero de quem tentava não ter que desistir, mas toda a relação
estava tão mecânica, tão perturbadora, que por mais que houvesse algum
esforço nada além das necessidades corporais, fora saciada.
Naquela noite, dormiram abraçados tendo em si uma única certeza,
jamais seriam os mesmos.
Naquela noite ele transformou-se em silencioso racional e foi viver,
enquanto ela em seus braços jazia morta, morrera interiormente para a
vida em seu último suspiro de amor.

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