Quando a casa começa a dormir é minha hora de acordar, pois na noite encontro tudo aquilo que sou.
A noite as ideias flutuam, se jogam nas paredes imaginárias da minha mente, nas madrugadas me ocupo em ser eu e pensar em soluções para ser(parecer) mais feliz.
Nas noites sou terrivelmente mulher e desejo um simples abraço que guie meus passos, alguns bons sentimentos nessa vida miserável, a noite eu sou toda luz pra que eu nunca me perca dentro de mim mesma.
Olhando pela janela, o céu nublado me chateia, noites limpas são bem vindas, algo de puro na minha vida. Contar estrelas posso até amanhecer, pois no dia que virá ninguém irá se importar com minhas belas olheiras.
A noite eu sou toda melodia, me sinto como nota musical que consegue por segundos fugir do real e enncontrar forças na insana e clandestina felicidade.
Quando esta escuro posso me ver menina conversando com a lua por me achar sozinha, sorrindo no escuro dos sonhos que abandonei.
Quando o dia na sua arrogância nascer minha luz vai se apagar, irei me levantar e enfrentar o inferno de uma vida sem sonhar.